A baixeza vil dos Aiátolás
O produtor do filme que irou os islâmicos não é
israelense nem judeu, mas egípcio copta.
Beatriz W. De Rittigstein
O regime iraniano aproveitou a
onda de protestos no mundo árabe islâmico em consequência do filme "A
inocência dos muçulmanos", para acusar Israel de ter provocado uma colisão
com o Ocidente.
A zombaria de personagens e
símbolos religiosos não se justifica e merece uma repulsa enérgica. Os
muçulmanos, sensíveis e zelosos na defesa da sua religião, têm o direito de
exigir respeito, mas também têm o dever de respeitar a fé dos outros, coisa que
na maior parte das vezes não fazem.
Apesar de já se ter esclarecido
que o produtor do filme ofensivo não é nem israelense, nem judeu, mas, sim, um
egípcio copta, os cabeças da teocracia islamofascista iraniana continuam
acusando Israel e encobrindo o objetivo de seu ódio por trás do fim do
sionismo.
O aiatolá Ali Kamenei, em sua mensagem de condenação do filme, disse:
"O que se esconde por trás dessa corrente malvada é a política hostil do
sionismo... Que tenta fazer com que as jovens gerações no mundo islâmico percam
a deferência pelas santidades do Islã... O número um dos culpados é o
sionismo".
Ahmadinejad completou:
"para salvar-se da ruína, os sionistas realizam seus complôs com a
intenção de incendiar enfrentamentos religiosos no mundo"
("acusem-nos de fazer exatamente aquilo que fazemos", lembram-se de
Goering?). Haniyé, líder do Hamas, em seu discurso durante as orações de sexta-feira,
atribuiu o filme a Israel, afirmando que este país quer declarar uma guerra
contra o islã. Se assim fosse, teria que começar prendendo e talvez matando os
milhares de muçulmanos que hoje vivem em trabalham em Israel onde gozam de
completa liberdade e respeito dos judeus para professarem sua fé maometana.
Na Venezuela, certos grupos e
mídia interessados em promover o ódio antijudeu, insistem em desconhecer a
realidade e impor a ideia de que Israel e os judeus são responsáveis pelo filme
blasfemo, com o propósito de agitar os sentimentos muçulmanos e envolver os EUA
numa crise para complicar o panorama eleitoral de Obama; ou seja, a velha
estória de culpar o mesmo bode expiatório por conspirações inexistentes, o que
tem causado tantas tragédias.
Texto: Beatriz W. De Rittigstein para o jornal venezuelano EL UNIVERSAL
Título e Tradução de Francisco Vianna
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