Para aqueles que, após cinco
anos de austeridade (e aumento da dívida), se desesperam a respeito de como promover o crescimento social, ou seja, político e econômico,
o livro “Paraíso na Terra” (Heavens on
Earth) é indispensável como leitura de cabeceira ou de salas de reuniões.
Nele, o autor J.P. Floru investiga oito países que têm transformado suas
economias criando crescimento importante e duradouro. Em épocas e lugares
diferentes, os métodos usados para fazer a mudança da escassez para a fartura
têm sido marcadamente similares. Às vezes, o método é surpreendente: quem
pensaria que existem grandes correlações entre a Revolução Industrial ocorrida
na Grã-Bretanha, a revolução capitalista na China Comunista de 2013, o pós 2ª
Guerra Mundial na América e a era Pinochet no Chile?
“Se Júlio Cesar tivesse conhecido George
Washington em 1760, ele teria encontrado o mundo muito pouco mudado. Teria sido
servido à mesa por escravos e comido comida preparada por escravos numa mansão.
A expectativa de vida seria de vinte e oito a trinta e cinco anos. A apenas 250
anos mais tarde o imperador romano teria ouvido conversas sobre missões ao
planeta Marte...” Então, o que aconteceu? O livro traz tais argumentos à luz
com abordagens como essas.
Conhecer “Sideline Stan”, o
novo Ministro do Trabalho da Nova Zelândia, quem sistematicamente se recusou a
intervir em conflitos sociais em seu país. Ser apresentado a John
Cowperthwaite, de Hong Kong, quem enviou estatísticos provindos de Whitehall no
primeiro avião de volta para onde tinham saído: as estatísticas serviriam
apenas para interferir e lesar a economia. Ao mesmo tempo, ‘Paraíso na Terra’
explica os principais conceitos econômicos que são relevantes hoje em dia: a
Curva de Laffer, da Economia Austríaca, a sabedoria de Adam Smith (sem
coincidência por ser J.P. Floru um membro do Instituto Adam Smith) e os
trabalhos da Economia Keynesiana (ou melhor: porque eles não funcionam).
Muito embora ideias existentes
bem conhecidas e citações sejam usadas, às vezes o livro exibe uma grande
originalidade: “A Falência da Espiral Regulatória” é a situação bastante comum
de governos centralizadores tentando corrigir fracassos de regulamentos com
mais regulamentos. A “Santíssima Trindade” de governos perdulários: “taxar,
emitir e pegar dinheiro emprestado” é extensivamente identificada e desancada
em críticas. Como dito antes, os elos entre culturas econômicas tão
profundamente diversas podem parecer surpreendentes. Alguns podem também se
surpreender ao tomar conhecimento de que a preocupação com os pobres permeia
todo o livro. A pobreza não é apenas um estado em que as pessoas vivem, ela tem
que ser criada: é criada principalmente pela opressão econômica e a ignorância,
Só o livre mercado e o investimento maciço em educação e ensino
profissionalizante pode acabar com a pobreza e melhorar a cidadania e a
sociedade. O que os governos têm que fazer é apenas garantir que a economia
seja livre para crescer segundo suas regras próprias e empregar todos os meios
a seu alcance para que as pessoas se eduquem e se tornem profissionais
competentes ou mão-de-obra qualificada. A grande evolução do capitalismo ao
longo do século XX foi a de, finalmente, considerar o trabalho competente tão
importante quanto o capital investido na geração de riqueza.
“Paraíso na Terra” tem como
subtítulo “Como Criar Prosperidade em Massa?”, e é tratado no capítulo 9º, mas
não busca dar qualquer receita. O livro é completo, esclarecedor e divertido, e
uma leitura para os dias em que estamos vivendo.
Heavens on Earth – How to Create Mass Prosperity, de JP Floru é publicado pela Biteback e disponível na Amazon.com.
O lançamento oficial ASI é em Westminster em 18 de março próximo.
Título e Texto: Lydia Ellis
Tradução: Francisco Vianna
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