sexta-feira, 5 de abril de 2013

Reino Unido enterra a cabeça na areia

Segundo um novo relatório oficial, a vaga de imigração búlgara e romena em 2014 não deverá ser tão elevada como indicavam algumas estimativas anteriores. Mas o facto não é razão para se ignorarem as consequências que a imigração de longo prazo terá sobre o urbanismo e os serviços sociais, escreve o conservador “Daily Telegraph”.
The Daily Telegraph

Passageiros esperam pelos autocarros internacionais que partem da estação central de Sófia, Bulgária. Foto: Daniel Berehulak/Getty Images-AFP
Em 2014, quando forem levantadas as restrições temporárias impostas quando os dois países aderiram à União Europeia, o Reino Unido e outros países europeus abrirão os seus mercados de trabalho à Roménia e à Bulgária. Os ministros [britânicos] deixaram claro que não podem fazer nada para impedir a entrada aos migrantes que queiram entrar no país: até a ideia de uma campanha publicitária destinada a convencer os candidatos a imigrantes de que, afinal, o Reino Unido não era propriamente um paraíso foi posta na prateleira.
Portanto, a questão não é como impedir novas chegadas mas sim se estaremos a fazer o suficiente para nos prepararmos para elas. Nessa matéria, a resposta é um categórico não. É evidentemente difícil fazer estimativas realistas quanto à amplitude do afluxo, mas a última tentativa, realizada pelo Instituto Nacional de Investigação Económica e Social a pedido do Governo, leva a ineficácia ao extremo. Os autores concluem que “o Reino Unido não é um dos destinos preferidos” dos búlgaros e romenos, mas acrescenta que a situação poderá mudar.
E, sem apresentar nada que se assemelhe a uma estimativa de números, transmite a sensação global de que o número de entradas será bastante inferior às 50 mil por ano, previstas pelo grupo de reflexão Migration Watch UK, e que não há motivos para grandes preocupações.
Menos grandiloquência e mais planeamento
O que é perigosamente complacente. Apesar de não se conhecer de facto qual o número de entradas, é sem dúvida melhor estar preparado demais do que não estar preparado. Mais uma vez, estamos em consonância com a falta de preparação mais genérica para as consequências da imigração. Por exemplo, o elevado número de nascimentos alimentado pelas novas entradas submeteu a pressões terríveis as vagas nas escolas: mesmo sem um único visitante a mais, vindo de Sófia ou Bucareste, a Inglaterra continuará a precisar de 400 novas escolas primárias por ano, para resolver o problema. O mesmo se pode dizer em relação aos serviços públicos.
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Título e Texto: PressEurope, 05-04-2013

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