sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Indicadores do Banco de Portugal apontam para melhoria da economia

Pedro Crisóstomo

Foto: Nuno Soares
A economia portuguesa voltou a registar, em Setembro, alguns sinais de melhoria de conjuntura. Depois de o Instituto Nacional de Estatística (INE) apontar para uma recuperação do consumo privado e do clima económico em Agosto, dados do Banco de Portugal publicados nesta sexta-feira mostram que o indicador coincidente da actividade passou a terreno positivo em Setembro.

Ao crescer 0,1% face ao mesmo período do ano passado, o indicador interrompeu um ciclo de 29 meses de queda. É a primeira variação positiva desde o mês em que Portugal pediu o resgate financeiro internacional que marcaria a entrada da troika no país e a aplicação do actual programa económico e financeiro.

O indicador estava em queda desde Abril de 2011 e só começou a recuperar depois de atingir um pico negativo de 3,8% em Janeiro do ano passado. Em Agosto, estava ainda em queda (de 0,6%), registando agora uma variação positiva.

Já o consumo privado continua a diminuir e apresenta, no indicador do banco central, uma queda homóloga de 1,1% em Setembro. Num movimento idêntico ao que aconteceu com o indicador de actividade quando este estava em terreno negativo, o consumo privado tem vindo a abrandar a contracção. No mês anterior, estava nos 1,7% negativos.


Outros dados mostram que, com a crise económica e financeira, o recuo do consumo privado superou mesmo a diminuição do rendimento disponível. Isso mesmo aconteceu no ano passado, levando a taxa de poupança para níveis históricos.
Indicadores do INE, que recorre a uma metodologia de conjuntura própria, indicavam na quinta-feira que tanto o consumo privado, como a actividade económica haviam regressado a terreno positivo já em Agosto.

Também esta semana, o Núcleo de Estudos de Conjuntura sobre a Economia Portuguesa (NECEP) da Universidade Católica estimou que o Produto Interno Bruto terá crescido em cadeia no terceiro trimestre, ao registar uma variação positiva de 0,5% face ao trimestre anterior. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia terá continuado a recuar, com uma queda de 0,8%, segundo a previsão dos economistas daquele gabinete de estudos.
Título e Texto: Pedro Crisóstomo, Público, 18-10-2013

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