Há ocasiões na vida em que nos
perguntamos: por que estamos neste mundo? Por que existimos? Talvez, a maioria
de nós tem esses questionamentos. Mas, por que surgem? Creio haver algo de
nostálgico pelo qual ansiamos e que está por detrás dessas inquirições. Talvez
seja isso um despertar para a vida de como ser feliz.
A par desses questionamentos
acima, questionamo-nos, inclusive, se toda bagagem cultural e religiosa que nos
foi inculcada pelas instituições e pela sociedade ao longo da história de
nossas vidas, nos tenha tornado pessoas com discernimento para enxergar o
sentido da vida. Será que não nos sentimos fortemente dependentes de crenças
impostas pela sociedade, pela escola, pela religião com o único intuito de uma
conduta moral, mas sem alcançar o objetivo principal da vida: a liberdade de
espírito, sermos nós mesmos? Será que não nos sentimos amarrados, condicionados
a fatores que tolhem nossa liberdade na busca de nossa própria identidade, do nosso
eu verdadeiro? As normas da sociedade não nos imputam um eu diferente do nosso?
Portanto, o que fazer para
ficar livre desses condicionamentos aos quais fomos sujeitados através dos
anos? Tenho eu que aceitar as crenças que outros me propuseram para ser feliz?
É fácil desvencilhar-se de uma hora para outra de todo este acúmulo de
influências e crenças alheias? Como desprogramar-se?
A questão crucial, pois, é
como conquistar a liberdade de espírito. E o que me ocorre no momento é a
lembrança daquela época de criança em que a vida apresentava-se sob uma única
face: a face da inocência, alheia de imposições condicionantes, mas, sob o
olhar da vida, do amor.
No entanto, não podemos ficar
estacionados na infância, mas dizer sim à vida no seu impulso evolutivo. Mas,
que seja um sim para um despertar e encontrar o eu verdadeiro e saboreá-lo como
a realidade que só sabe o que é vida (amor) e nada mais. E, assim, despertar
para a felicidade e contribuir para a felicidade dos outros sem inculcar idéias
mirabolantes de como ser feliz; despertar para a liberdade sem medo de jogar
fora o acúmulo de crenças promissoras da vida feliz; querer simplesmente ser e
despertar para a vida. Que a Filosofia seja um meio!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 15-02-2014
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