sábado, 15 de fevereiro de 2014

Filosofando…

Valdemar Habitzreuter
Há ocasiões na vida em que nos perguntamos: por que estamos neste mundo? Por que existimos? Talvez, a maioria de nós tem esses questionamentos. Mas, por que surgem? Creio haver algo de nostálgico pelo qual ansiamos e que está por detrás dessas inquirições. Talvez seja isso um despertar para a vida de como ser feliz.


A par desses questionamentos acima, questionamo-nos, inclusive, se toda bagagem cultural e religiosa que nos foi inculcada pelas instituições e pela sociedade ao longo da história de nossas vidas, nos tenha tornado pessoas com discernimento para enxergar o sentido da vida. Será que não nos sentimos fortemente dependentes de crenças impostas pela sociedade, pela escola, pela religião com o único intuito de uma conduta moral, mas sem alcançar o objetivo principal da vida: a liberdade de espírito, sermos nós mesmos? Será que não nos sentimos amarrados, condicionados a fatores que tolhem nossa liberdade na busca de nossa própria identidade, do nosso eu verdadeiro? As normas da sociedade não nos imputam um eu diferente do nosso?

Portanto, o que fazer para ficar livre desses condicionamentos aos quais fomos sujeitados através dos anos? Tenho eu que aceitar as crenças que outros me propuseram para ser feliz? É fácil desvencilhar-se de uma hora para outra de todo este acúmulo de influências e crenças alheias? Como desprogramar-se?

A questão crucial, pois, é como conquistar a liberdade de espírito. E o que me ocorre no momento é a lembrança daquela época de criança em que a vida apresentava-se sob uma única face: a face da inocência, alheia de imposições condicionantes, mas, sob o olhar da vida, do amor.

No entanto, não podemos ficar estacionados na infância, mas dizer sim à vida no seu impulso evolutivo. Mas, que seja um sim para um despertar e encontrar o eu verdadeiro e saboreá-lo como a realidade que só sabe o que é vida (amor) e nada mais. E, assim, despertar para a felicidade e contribuir para a felicidade dos outros sem inculcar idéias mirabolantes de como ser feliz; despertar para a liberdade sem medo de jogar fora o acúmulo de crenças promissoras da vida feliz; querer simplesmente ser e despertar para a vida. Que a Filosofia seja um meio!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 15-02-2014

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