sábado, 15 de fevereiro de 2014

Ui! Fogueira com ele!

 
Vitor Cunha
O João Miguel Tavares escreveu um texto intitulado “A vergonha do aborto gratuito”. Independentemente do conteúdo, basta o título para iniciar o processo: poucos – mas existem – tentarão rebater a argumentação; os restantes gritarão, batendo no peito com a soca, vociferando a ferocidade do “fássismo” moderno. Até na arte do ad hominem há diferenças no pré- e no pós-troika: antes bastava o “fásssista”; agora é necessário evidenciar que o autor de tamanha blasfémia à seita do politicamente correcto é também ignorante, bruto, indigno e ao serviço de uma força oculta ultraneoliberal-ultraneoconservadora-fascizante cujo objectivo é a destruição da sociedade e da civilização através do comentário, provavelmente através de profissão obtida horizontalmente ao serviço do inimigo internacional.
Independentemente do teor do artigo, que não vou comentar (já aqui disse o que tinha a dizer sobre o assunto), expresso desde já a minha empatia para mais um deglutido pela liberdade de expressão em países enamorados pela autofagia comunista e/ou maluqueira das redes sociais.
Título e Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 15-02-2014

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