terça-feira, 31 de outubro de 2017

CPI da Varig: Comissão de funcionários vai participar da análise de documentos

CPI DA VARIG OUVE AUDITORES QUE DERAM PARECER SOBRE FALÊNCIA

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que investiga os desdobramentos da recuperação judicial e da falência da Varig vai ouvir, nesta terça-feira (31/10), os auditores que apresentaram parecer sobre a falência da companhia, em 2006. A reunião será na sala 311 do Palácio Tiradentes, às 10h.

José Luiz de Souza Gurgel e Marcelo Nogueira de Andrade, na época, trabalhavam na empresa Trevisan, que foi comprada pela KPMG em 2011. Atualmente ambos são sócios da KPMG.

"Queremos saber se houve algum interesse escuso neste parecer. Estamos falando da maior companhia de aviação do nosso país e tudo tem que estar muito bem esclarecido", afirmou o presidente da CPI, deputado Paulo Ramos (PSol).

CPI DA VARIG: COMISSÃO DE FUNCIONÁRIOS VAI PARTICIPAR DA ANÁLISE DE DOCUMENTOS

Elisa Calmon

O representante da Comissão de Funcionários da Varig, Luiz Motta, durante audiência da CPI da Varig, foto: Rafael Wallace
Uma comissão formada por funcionários da Varig vai analisar os documentos referentes à massa falida da empresa. A iniciativa foi anunciada por parlamentares e trabalhadores da companhia, nesta terça-feira (31/10), durante uma audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) responsável por investigar a falência da Varig.

“Nós recebemos um volume muito grande de documentos originais que podem conter informações importantes. Por isso, estamos solicitando que uma representação dos próprios funcionários da Varig colabore com a gente no conhecimento dessa papelada”, explicou o deputado Paulo Ramos (PSol), presidente da CPI. O deputado Tio Carlos (SDD) também participou da audiência.

Comissão mista
Luiz Motta, representante dos funcionários, confirmou a participação do grupo na análise das informações. Ele esclareceu, ainda, que a comissão não será composta apenas por trabalhadores da Varig, mas também por especialistas de outras áreas para garantir uma apuração mais completa.

“Vamos contar com profissionais de campos mais específicos, como contadores, para examinar os documentos com olhos mais profundos. Dessa forma, poderemos mostrar o que tem acontecido no processo de falência”, disse Motta.

O deputado Paulo Ramos também defende que a análise pode contribuir para esclarecer os impactos do fim da empresa. “Queremos comprovar que a Varig foi retirada do mercado de forma criminosa. Esses delitos não vão ficar sepultados. Os funcionários são vítimas, mas o país também”, disse o parlamentar.

Manifestação
No dia 7 de novembro, o corpo de funcionários da Varig vai promover manifestações em três cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. O objetivo do protesto é garantir que os valores levantados no leilão dos últimos bens da Varig, que acontece no dia 16 do próximo mês, sejam repassados aos trabalhadores.

“A nossa manifestação pacífica também pedirá um segundo rateio e a retomada do pagamento de dois mil funcionários que não receberam um rateio liberado há dois anos”, completou Luiz Motta. Ele informou, ainda, que os protestos serão encerrados às 14h nos aeroportos Santos Dumont, no Rio, Congonhas, em São Paulo e Salgado Filho, em Porto Alegre.
Título e Texto: Elisa Calmon, ALERJ, 31-10-2017



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