Flavio Morgenstern
Enquanto o mundo pranteava o maior atentado
com armas da história americana, esquerdistas se aproveitaram para pedir
controle de armas.
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Foto: Steve Marcus/Las Vegas
Sun/Reuters
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As informações sobre o
atentado terrorista em Las Vegas vêm chegando a uma velocidade estranhamente
mais lenta do que em outros casos semelhantes. Aparentemente, será o atentado
terrorista que menos favorecerá a visão tipicamente progressista sobre islamismo,
“supremacismo branco” e, claro, armas.
O atirador, Stephen Paddock,
era branco e tinha uma namorada da Indonésia (país de maioria maciça
muçulmana). Marilou Danley, em sua página de Facebook agora apagada, era
formalmente casada com um sujeito chamado Geary Danely, ligado a causas
políticas de esquerda, como a MoveOn.org, de George Soros.
Las Vegas Sheriff says Marilou Danley has been located outside the country and they believe suspect was utilizing her ID pic.twitter.com/c0o9GeZBEU— NBC News (@NBCNews) 2 de outubro de 2017
Stephen Paddock matou 50
pessoas e feriu outras 400 com uma arma completamente automática em um clube de country, tradicional reduto
conservador americano, a partir do 32º andar de um hotel nas redondezas.
Paddock se suicidou antes de as autoridades policiais chegarem onde estava.
Nevada é um dos estados americanos
com menor controle sobre armas, entretanto, vendedores, negociadores e
compradores de armas automáticas no estado precisam se submeter ao National Firearms Act, tendo de se submeter ao rígido ATF Background Check e ser investigado por uma
autoridade policial local, que pode levar até 4 meses para investigar o caso.
O Estado Islâmico assumiu
autoria do atentado, mesmo que Stephen Paddock tenha usado sua arma para tirar
a própria vida, o que é proibido pelo islamismo. Não foram oferecidas provas da
ligação com o califado, e a América negou as possíveis ligações com o ISIS.
Mas esquerdistas inveterados
se aproveitaram do massacre para fazer propaganda política e clamar por uma das
pautas mais turronas da esquerda, sobretudo na América: o controle de armas e a
destruição da Segunda Emenda da Constituição Americana, que impede o controle
estatal de armas para proteção justamente da Primeira Emenda, que impede o
Estado de censurar o povo, instituir “pensamentos oficiais” ou impedir a
circulação e expressão de pessoas e idéias.
O comediante Patton Oswalt
aproveitou o assassinato em massa para para atacar o presidente Donald
Trump (o que qualquer celebridade hoje faz quando precisa ser lembrada pelos
holofotes, ou quando quer falar qualquer coisa além de posar nua, em aberturas
de festivais de música, casamentos, discurso de paraninfo ou enterros). Sua
“piada” quis dar a entender que o discurso de Trump seria pior do que o
atentado – mostrando-se um piadista que não é pior do que o terrorista por
não usar armas.
O ex-comentarista esportivo
alçado a comentarista político e obsessivamente psicótico Keith Olbermann, que
escreveu o livro intitulado “Trump is f*cking crazy”, atacou a
verdadeira resposta de Trump (não a esperada por Oswalt) e disse novamente que
ele “não é um ser humano”, por nenhuma razão além de “sou louco por chamar Trump
de louco”.
Based on this soulless sentiment and tone-deaf construction, the President of the United States is not a human being: pic.twitter.com/aKOykkrmhF— Keith Olbermann (@KeithOlbermann) 2 de outubro de 2017
Postura não muito diferente do
estrategista Democrata e comentador na MSNBC Scott Dworkin, que reclamou das
orações que “não irão impedir pessoas de cometer atentados terroristas como
este”, e adicionou: “Infelizmente, Trump & Republicanos não farão
absolutamente nada”. Oh, Deus, como culpar mais Trump quando se matam
branquelos white trash num show country?
#ThoughtsAndPrayers won’t stop people from committing terrorist attacks like this. Sadly, Trump & Republicans will do absolutely nothing. https://t.co/RMN1lKaQwo— Scott Dworkin (@funder) 2 de outubro de 2017
Já o ícone do ateísmo Richard
Dawkins mostrou mais uma vez que esse negócio de “ciência” é no máximo sua
preocupação de superfície, uma fina casca externa: seu negócio mesmo é acabar
com qualquer traço de liberdade individual para ser trocado pelo controle
estatal. Aqui, compara as armas americanas a “psicopatas”. Estas armas devem
ter sido contaminadas pelo gene egoísta.
Durn tootin’, great shootin’. Cool dude sertin’ he’s 2nd Mendment rahts. Hell yeah!— Richard Dawkins (@RichardDawkins) 2 de outubro de 2017
Every country has its psychopaths. In US they have guns
O estrategista Tariq Nasheed
resolveu usar o método caetanovelosado de emitir opiniões enquanto fala de um
fato, e lembrou que na cidade natal de Stephen Paddock, a cabalística Mesquite,
um grupo de “supremacistas brancos” já mostrou suas armas na rua: “não é uma
coincidência”. Será que se preocupou em lembrar se mais brancos ou negros
foram vítimas em uma festa country, de um atirador que parece
ter todos os traços de um extremista… de esquerda?
Terrorist Stephen Paddock being from Mesquite NV, the same place where armed white supremacists pointed guns are LE, is not a coincidence— Tariq Nasheed (@tariqnasheed) 2 de outubro de 2017
Claro que o bolo deve ser
coroado cerejosamente com ninguém menos do que Hillary Clinton. A
derrotadíssima Hillary, muito mais preocupada em fazer politicagem do que em se
preocupar com, digamos, vítimas, disparou (epa!): “A multidão correu quando
ouviu tiros. Imagine [o número de] mortes se o atirador tivesse um silenciador,
que a NRA quer tornar mais fácil de se adquirir”. Uma arma automática lançando
rajadas sem interrupção a um quarteirão de distância e Hillary Clinton falando
em… silenciadores. Agora.
Oh, espere. Hillary também
disse que nós precisamos… “colocar a política de lado”, e “enfrentar a
NRA”. What?!?! E “trabalhar juntos para tentar evitar que isso
aconteça novamente”. Alguém mais acha que Hillary Clinton simplesmente não anda
mais batendo bem?
As informações são de Emily
Zanotti no Daily Wire. Mas o Brasil, obviamente, não ficou atrás em
tentar culpar armas malucamente, por nenhuma outra razão além de “os jornais
estão dizendo que as armas estão ficando bravas e estão saindo por aí matando
aleatoriamente”.
Sobre Las Vegas, isso que dá quando arma de fogo faz parte da cesta básica— Lindo Lindo (@leandrovitor) 2 de outubro de 2017
Alguém avise pro lindo aí que
ele mora num país com completo desarmamento, e com 56 mil homicídios por ano,
meio milhão por década (com 207 milhões de habitantes), e que não há muitos
relatos de brasileiros se sentindo seguros ao sair na rua…
Título, Imagem e Texto: Flavio Morgenstern é escritor, analista
político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre
linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por
trás da máscara: do passe livre aos black blocs" (ed. Record). No Twitter: @flaviomorgen. Senso Incomum, 2-10-2017
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