Reductio ad Hitlerum,
também conhecida como argumentum ad Hitlerum, reductio (ou argumentum) ad
Nazium – latim macarrônico para "redução (da
argumentação) a Hitler (ou aos nazistas)" – é uma
moderna lógica falaciosa. A expressão reductio ad Hitlerum foi
cunhada pelo filósofo político Leo Strauss, em 1950. A adoção
dessa expressão também é conhecida como uso da carta do nazismo.
O argumento carrega um forte
peso emocional e retórico, uma vez que em muitas culturas qualquer relação
com Hitler ou nazistas é automaticamente condenada.
A tática é muitas vezes utilizada
para desqualificar argumentos ou mesmo utilizada quando não há mais argumentos,
e tende a produzir efeitos mais agressivos do que racionais nas respostas,
desviando o foco do oponente. Um subtipo dessa falácia é a comparação das
intenções de um oponente com o Holocausto. Outras variantes incluem
comparações com a Gestapo (a polícia secreta nazista), fascismo, totalitarismo e
até mais vagamente com o terrorismo.
Foi criado até um corolário,
a Lei de Godwin, segundo a qual "quanto mais dura
uma discussão na Usenet, maior a probabilidade de que apareça uma
comparação com os nazistas ou com Hitler."
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Foto: Lane Hartwell
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A lei de Godwin [foto],
também conhecida como regra de Godwin das analogias nazistas (em inglês Godwin's
law ou Godwin's Rule of Nazi analogies) é
um moto de cunho satírico criado em 1990, pelo
advogado americano Mike Godwin, e utilizado na Internet, segundo
o qual:
"À medida que uma
discussão online se alonga, a probabilidade de surgir uma comparação
envolvendo Adolf Hitler ou os nazistas tende a 100%."
Tal comparação costuma
aparecer independentemente do tema em questão, sendo porém mais frequente em
discussões sobre política ou religião. Tradicionalmente,
nas listas e nos fóruns de discussão, há um consenso de que a
comparação com Hitler (ou com os nazistas) é introduzida no momento (o chamado
"ponto Godwin") em que o contendor já esgotou todos os argumentos
razoáveis, ou seja, quem se utiliza dela é aquele que, de fato, perdeu a
discussão. Por essa razão, na prática, a lei de Godwin acaba por determinar o
limite para discussões aparentemente intermináveis.
Godwin distingue sua
"lei" do pseudolatinismo irônico reductio ad Hitlerum, introduzido no
início dos anos 1950 pelo filósofo Leo Strauss (embora o
próprio conceito fosse bem anterior) para explicar que o fato de Hitler ter
partilhado de uma dada opinião não era razão suficiente para refutá-la.
Já a lei de Godwin introduz a
ideia de que esse tipo argumento é inevitável quando uma discussão se prolonga
indefinidamente.
Godwin conta que introduziu
sua lei em 1990, não com a intenção de articular uma falácia, mas de
produzir um experimento memético, visando reduzir a incidência de
comparações hiperbólicas inadequadas. "Embora deliberadamente
formulada como se fosse uma lei da natureza ou uma lei matemática,
seu propósito sempre foi retórico e pedagógico".
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