domingo, 17 de março de 2019

[As danações de Carina] A Sétima Cleópatra e a cobra com cara de serpente

Carina Bratt


Hoje nas minhas e nossas “Danações”, falarei da Cleópatra, aquela famosa rainha do Egito. Várias outras rainhas que a antecederam, vindas do Egito e também da Síria, usaram o nome de Cleópatra, porém, a mais famosa, foi a sétima, a que se tornou soberana aos dezessete anos, depois de ter virado a cabeça de um bocado de marmanjos que se curvaram a seus encantamentos e fascinações.

Cleópatra (de 69 a.C. a 12 de agosto de 30 a.C) se tornou célebre pela sua formosura. Em nossos dias, poderia ser equiparada à beleza rara da mulher mais bonita do Brasil, a inconfundível Pabllo Vittar (o certo seria Pablla Vittar), que, por sinal, botou no bolso e na bolsa, Carmem Miranda, Inezita Barroso, Ângela Maria, Vanusa, Evinha, Martinha, Preta Gil, e outras personalidades do mundo fonográfico, como a mais linda e eminente cantora deste século. Pois sim!

Como é do saber geral, Cleópatra se suicidou mordendo a cabeça de uma cobra venenosa. Na época, as cobras não eram conhecidas por este nome, mas por áspides. Este particular, todavia, não vem ao caso. O que nos interessa é que a tal áspide alcunhada de Dilma, foi mordida pela Cleópatra que logo em seguida, em revide, mordeu a si mesma pensando ser a outra.

A referida cobra, a áspide Dilma, antes, havia almoçado com a Rachel Dodge e no fim, tragicamente, as duas partiram para a terra dos pés juntos. Uma ressalva. Quando menciono as duas, faço referência à áspide Dilma e a Cleópatra. Como a áspide Dilma, nestes idos não era conhecida, nem famosa, embora muito longinquamente lembrasse a Marilyn Monroe sem os peitos de silicone, não havia nenhum motivo para ser recordada.

Ao contrário de Cleópatra, por ser linda bela e fogosa, e para completar seu curriculum vitae, ainda posava de majestade, entrou para a história como a coitadinha que se deixou ser mordida ou mordiscada nas tetas.  Ou mais precisamente, o pomo esquerdo, tendo em vista que o direito ficava na parte de trás das costas.

Este fato aconteceu no ano 31, quando ela contava trinta e sete anos de idade. Afirmam os seus biógrafos e historiadores, principalmente os fofoqueiros, que o fato de Cleópatra ter preferido pôr fim a vida, se deu pelo fato de seus encantos encantados serem impotentes para dominar Otário, quero dizer, Otávio, cujo poder se encontrava desde a morte de Marco Antônio.

Cleópatra, insatisfeita, furiosa, soltando fogo pelas ventas, deu em cima e embaixo de Júlio Cézar, de quem acabou parindo um filho, ao qual deu o nome de Cesário. Este rebento, mais tarde, subiu ao trono egípcio com o nome de Fernando Haddad, desculpem Ptolomeu XVI (ou XisVêUm) e expirou, ou seja, morreu de morte matada em 30 a.C, assassinado por um desafeto que achava que ele era meio aboiolado. 

Os linguarudos de plantão batem os pés e afirmam que Cleópatra chegava a ocupar vinte damas de companhia na preparação dos seus banhos, que passaram à história pelas riquezas e pomposidades com os quais eram preparados. Tudo para engambelar e chegar até a alcova de Marco Antônio. Os mesmos metediços dão conta de que Cleópatra levava cerca de seis horas mergulhada num tanque com água extraída de plantas aromáticas.

Verdade ou não, os coscuvilheiros afirmam que Cleópatra, embora ficasse imergida por tanto tempo neste lavadouro, ao final só dava um “banho de gato” chamuscando a bunda e a periquita, deixando o resto sem os asseios devidos. A vida de Cleópatra foi tão falada e visada, que chegou às telas dos cinemas em 1963. Na época, a película foi considerada a mais cara do mundo.

Para vocês terem uma ideia, a indumentária da atriz que viveu a rainha, a atriz Elizabeth Taylor, custou os olhos da cara, e só seguiu adiante porque os irmãos Joesley e Wesley da JBS patrocinaram com uma pequena lavagem de dinheiro por baixo dos panos. Elizabeth incluiu cinquenta e oito costumes, desenhados na ocasião pela figurinista estadunidense Irene Sharaff, falecida em agosto de 1993. Ao todo, incluindo as vestimentas da galera envolvida na produção chegou a vinte e seis mil, o número total de costumes masculinos e femininos usados no “set de gravações”. E pasmem, amigas! Os custos totais para o “longa” ficar pronto e bem alongado, ultrapassou a casa dos quarenta e quatro milhões de dólares.

Uma curiosidade interessante. As mesmas medidas de segurança que foram adotadas quando pintou em Nova Iorque a “Gioconda”, de Leonardo da Vinci, igualmente se viram reusadas e reutilizadas por ocasião da chegada a este porto do transatlântico “Cristoforo Colombo”, ou seja, um pelotão de policiais armados das cuecas aos dentes subiu a bordo, para proteger, desta vez, um tesouro diferente, a saber, os costumes e as joias, estas num total de cento e vinte e cinco peças usadas por Elizabeth Taylor durante as filmagens da vida de Cleópatra.

Entre estas raridades caras, um vestido de “lame” de ouro, avaliado em meio milhão de dólares. Sem falar na cobra, perdão, na áspide, a Dilma, até hoje viva e sadia, adotada por um casal de velhinhos veados que residem no Instituto dos Tantãs, na França. No geral, a viagem desta parafernália toda esteve acondicionada num camarote duplo, de primeira classe, vigiado dia e noite pela rapaziada do Instituto Lula, sendo o chefão principal, o Palocci.

Os valiosos cacarecos deixaram o navio, e, seguiram a depois, num caminhão blindado, escoltado por uma turminha a serviço do FBI diretamente para as dependências de segurança de um banco (afirmam os jornais da época, perto do Edifício Dakota, na esquina da 72nd Street e o Central Park West, em Manhattan, onde na época, John Lennon nem havia pensado ou sonhado que seria assassinado pelo maluco beleza Mark Chapman).    

Por muitos e muitos janeiros, após o filme ter saído de cartaz, isto em finais de 1965, alguns espertalhões continuaram ganhando dinheiro, expondo, nas principais cidades dos Estados Unidos, todo este guarda-roupa caríssimo, numa tournée de propaganda por ocasião da saída de cartaz de “Cleópatra”.

Afinal, ele, o filme, encabeçado por Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Pamela Brown e George Cole, entre outros, ganhara vários “Oscar”. Um pelos melhores efeitos especiais, outro pelo melhor figurino, um terceiro por melhor direção de arte e, de lambuja, um quarto pela melhor trilha sonora. Em resumo, amigas, toda esta cleopatragem diga-se de carona e de passagem, acabou dando contemporaneidade a outros filmes nos mesmos moldes nos mercados das principais metrópoles americanas. Bom começo de semana a todas as minhas leitoras.
Título e Texto: Carina Bratt, de Suzano, região metropolitana de São Paulo. 17-3-2019

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