“As Forças Armadas têm compromisso com a
saúde e com o bem-estar de todos os brasileiros”, garantiu Fernando Azevedo e
Silva
Cristian Costa
O ministro da Defesa (MD), Fernando Azevedo e Silva [foto], respondeu ontem aos ataques do ministro
do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Conforme noticiou Oeste, o juiz afirmou, em entrevista, que as Forças
Armadas estão se associando ao “genocídio”, por dar sustentação ao governo do
presidente Jair Bolsonaro. Além disso, afirmou que o Ministério da Saúde está
vazio. “O Exército está se associando a esse genocídio”, garantiu Gilmar. “É
preciso pôr fim a isso”. Contudo, Azevedo listou os feitos dos militares
durante a pandemia.
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Foto: Valter Campanato/Agência
Brasil
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“São empregados, diariamente,
34 mil militares, efetivo maior do que o da Força Expedicionária Brasileira na
Segunda Guerra Mundial, com 25.800 homens. O MD tem o compromisso com a saúde e
com o bem-estar de todos os brasileiros”, escreveu o ministro em nota. Assim
sendo, de acordo com Azevedo, desde março as Forças Armadas já descontaminaram
3,3 mil locais públicos; realizaram 3,2 mil ações em barreiras sanitárias; fizeram
21 mil doações de sangue; distribuíram 728 mil cestas básicas; produziram 20,3
mil de álcool em gel; entre outras ações.
Título e Texto: Cristyan
Costa, revista Oeste, 13-7-2020, 8h
“O Ministério da Defesa
(MD) informa que as Forças Armadas atuam diretamente no combate ao novo coronavírus,
por meio da Operação Covid-19. Desde o início da pandemia, vem atuando sempre
para o bem-estar de todos os brasileiros. São empregados, diariamente, 34 mil
militares, efetivo maior do que o da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na
Segunda Guerra Mundial, com 25.800 homens. O MD tem o compromisso com a saúde e
com o bem-estar de todos os brasileiros de norte ao sul do País. A
mobilização desta Pasta começou no dia 5 de fevereiro, quando foi deflagrada a
Operação Regresso à Pátria Amada Brasil. Na ocasião, foram resgatados 34
brasileiros de Wuhan, na China, antes mesmo de aparecer o primeiro caso
confirmado de coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro.
A Operação Covid-19, criada
em 19 de março de 2020, estabeleceu 10 comandos conjuntos espalhados por todo o
Brasil, além do Comando Aeroespacial (COMAE). Os resultados mostram que a
operação está atingindo os objetivos a que se propõe. De lá para cá, foram
descontaminados 3.348 locais públicos; realizadas 2.139 campanhas de
conscientização junto à população, 3.249 ações em barreiras sanitárias e 21.026
doações de sangue; distribuídos 728.842 cestas básicas; produzidos 20.315
litros de álcool em gel e capacitadas 9.945 pessoas para realizar ações de
descontaminação.
É ainda importante destacar
que já foram transportadas 17.554 toneladas de pessoal e equipamentos médicos
via terrestre, 471 toneladas de pessoal e equipamentos médicos via transporte
aéreo, voadas 1.334 horas, o equivalente a 14,5 voltas ao mundo.
As Forças Armadas realizam
permanentemente atividades subsidiárias para cooperar com o desenvolvimento
nacional e defesa civil. Este ano, em face à pandemia causada pelo novo
coronavírus, os Ministérios da Defesa e da Saúde, em ação conjunta, intensificaram
a assistência à saúde prestada a indígenas em diversas localidades carentes e
isoladas do país. As mais de 200 missões em aldeias indígenas somente na Amazônia
Ocidental realizam atendimentos de saúde, promovem cuidados básicos de saúde e
orientam sobre a prevenção de doenças, sempre respeitando os aspectos
socioculturais, condizentes com a realidade de cada etnia”.
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Defesa vai acionar PGR contra Gilmar Mendes
ResponderExcluirEm nota conjunta, Forças Armadas e o ministério rebatem críticas do juiz do STF: “Ataque gratuito às instituições não fortalece a democracia”
Cristyan Costa
Os comandantes do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, divulgaram hoje uma nota conjunta em que repudiam “veementemente a declaração” do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. Segundo o juiz, os militares estariam se associando ao genocídio que, em síntese, seria reflexo das políticas adotadas pelo governo Bolsonaro para combater a covid-19.
Além disso, Azevedo garante que encaminhará representação ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para adoção de medidas cabíveis. “Comentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, informa o documento.
Conforme os militares, genocídio “é um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na Justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de um jurista”. Oeste publicou, na manhã de hoje, que o Ministério da Defesa listou, em outra nota, os feitos dos militares à frente da luta contra o coronavírus, entre eles a descontaminação de 3,3 mil locais públicos; a produção de 20,3 mil litros de álcool em gel; entre outros.
Título e Texto: Cristyan Costa, revista Oeste, 13-7-2020, 13h46
“O Ministro da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica repudiam veementemente a acusação apresentada pelo senhor Gilmar Mendes, contra o Exército Brasileiro, durante evento realizado no dia 11 de junho, quando afirmou: “É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio, não é razoável”.
ExcluirComentários dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia.
Genocídio é definido por lei como “a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso” (Lei no 2.889/1956). Trata-se de um crime gravíssimo, tanto no âmbito nacional, como na justiça internacional, o que, naturalmente, é de pleno conhecimento de um jurista.
Na atual pandemia, as Forças Armadas, incluindo a Marinha, o Exército e a Força Aérea, estão completamente empenhadas justamente em preservar vidas.
Informamos que o MD encaminhará representação ao Procurador-Geral da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”.