“O PT instalou no país um modelo de governança corrupta, algo que merece um nome claro de cleptocracia.”
A frase dita por Gilmar Mendes em setembro de 2015 segue mais atual do que nunca. Depois de dois anos de governo Lula, contratos suspeitos e favorecimentos políticos voltaram a dominar o noticiário.
Nesta semana, Lula enfim
afastou do governo o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Não por ter
usado um avião da FAB para participar de um leilão de cavalos, nem por ter
enviado chips de celular aos índios ianomâmis que moram em aldeias sem antenas,
como fez em fevereiro de 2023. De lá para cá, sucessivas bandalheiras vinham
sendo denunciadas pela imprensa e pela oposição toda semana. O copo só
transbordou quando a Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia
formal contra o ministro. Desta vez, ele está sendo acusado de, ainda como
deputado, destinar emendas para obras fantasmas na cidade de Vitorino Freire,
no Maranhão, onde sua irmã é prefeita.
É a ponta do iceberg de maracutaias envolvendo o PT e seus aliados. A bola da vez é a COP30, conferência do clima que deverá acontecer em novembro, em Belém. “Entre vários outros escândalos, foi revelado que o governo Lula repassou R$ 700 milhões para uma entidade internacional chamada Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI)”, conta Silvio Navarro, na reportagem de capa desta edição. “Por se tratar de uma entidade privada internacional, a OEI escapa das regras impostas pela Lei de Licitações brasileira e, por isso, passou a subcontratar empresas sem concorrência.”
Ao mesmo tempo em que prefere
não ver as tramoias que acontecem no prédio ao lado, o STF mantém os olhos
fechados para não enxergar os órfãos de pais vivos do 8 de janeiro. O repórter Cristyan
Costa narra a saga de algumas dessas crianças que, além de afetadas pela
depressão, pioraram consideravelmente o desempenho escolar, foram atingidas por
uma série de doenças e passaram a enfrentar dificuldades no relacionamento com
os amigos. O apelo desses jovens não basta para sensibilizar Moraes.
Para fugir das garras dos
carcereiros de toga, centenas de brasileiros se exilaram em países vizinhos,
principalmente a Argentina. A maioria sobrevive em condições precárias. A
reportagem de Rafael Fontana relata o cotidiano desses prisioneiros do
medo constante da deportação ou da cadeia.
A esperança de todos recai na
aprovação da Lei da Anistia. No fim da noite desta quinta-feira, o deputado
Sóstenes Cavalcanti informou num vídeo que conseguiu a 257ª assinatura
necessária para obrigar a presidência da Câmara a colocar o projeto em votação.
Depois disso, restará a votação no Senado. Mas o que até há pouco era um sonho
distante agora parece ao alcance das mãos.
Boa leitura.
Branca Nunes, Diretora de Redação, Revista Oeste, 11-4-2025
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