quinta-feira, 3 de abril de 2025

Sob o pretexto de "proteger a democracia", a esquerda usa tribunais para reprimir, censurar e eliminar qualquer oposição + a eleição em Wisconsin

Leandro Ruschel

Ontem, houve eleição para uma vaga na Suprema Corte do estado americano de Wisconsin. Para os brasileiros, pode soar estranho, tanto pelo fato de existir uma Suprema Corte num estado, quanto pelo fato de seus integrantes serem escolhidos pelo voto popular.

Diferentemente do Brasil, cada estado americano conta com um nível bastante elevado de autonomia, tem sua própria Constituição, uma corte superior, além de Câmara e Senado, com exceção de Nebraska, que adotou um sistema unicameral. Ou seja, é de fato um sistema federalista, em que cada estado opera quase como um país.

Em 22 estados, há eleições diretas para escolher os integrantes da Suprema Corte, sendo que em Wisconsin a eleição é oficialmente considerada não partidária.

Só que, na prática, o que aconteceu foi uma disputa partidária, com um representante do Partido Republicano (direita), Brad Schimel, e uma representante do Partido Democrata (esquerda), Susan Crawford, que acabou sendo eleita com 55% dos votos.

Foi a eleição judicial mais cara da história dos EUA, com US$ 99 milhões levantados pelos candidatos. Trump e Elon Musk se envolveram diretamente na disputa, com o bilionário doando sozinho US$ 25 milhões para o candidato republicano, enquanto bilionários democratas, incluindo George Soros, doaram mais de US$ 30 milhões.

Com essa vitória, os democratas mantiveram o controle sobre o Supremo do estado, por 4 a 3. A disputa atraiu tantos recursos porque está em jogo um redesenho dos distritos de Wisconsin que pode dar duas vagas na Câmara de Deputados dos EUA, que hoje conta com uma magra maioria republicana, por 5 votos.

Porém, esse movimento representa mais um capítulo de uma tendência global nos últimos anos: a transformação do Judiciário em arena política, deixando de lado as leis.

A radicalização da esquerda nas últimas décadas promoveu a mentalidade da luta pelo poder a qualquer custo. Associada ao princípio gramsciano de ocupação de espaços, temos como resultado o aparelhamento do Judiciário pela esquerda, não apenas nos cargos de juízes e ministros, mas também nas procuradorias e até entre advogados.

O Brasil talvez seja hoje o exemplo mais notório, em que os próprios ministros nem tentam mais defender a ideia de uma corte apolítica, mas promovem a atuação política dos tribunais para "empurrar a história na direção correta", que seria, obviamente, a socialista.

Nos últimos anos, há uma clara atuação de promoção da agenda de extrema-esquerda, inclusive com a invasão de prerrogativas legislativas. Além disso, observamos uma sistemática perseguição à direita, com censura e até prisão de parlamentares e lideranças da direita. No momento, Bolsonaro, o principal líder da direita, está impedido de concorrer e pode ser preso.

Infelizmente, tal atuação não está circunscrita ao Brasil. Nos EUA, houve uma perseguição judicial contra Donald Trump, partindo de tribunais localizados em estados controlados pela esquerda, em denúncias abertas por procuradores extremistas, cujas campanhas foram bancadas por George Soros e afins.

A campanha só não deu certo pela resiliência de Trump e do próprio sistema americano, que ainda não foi dominado completamente pela esquerda.

Na Europa, observamos a condenação à inelegibilidade de Marine Le Pen, principal líder da direita e favorita nas próximas eleições, por alegações risíveis, além do cancelamento da declaração de inelegibilidade do candidato da direita na Romênia, Călin Georgescu. Na Alemanha, o principal partido da direita, AfD, está sob investigação por "extremismo" e pode ser banido a qualquer momento.

A instrumentalização política dos tribunais, associada à busca pela censura e criminalização da direita, é a maior ameaça à democracia que o Ocidente enfrenta. Ao contrário do que a militância de redação propaga, é a esquerda quem promove tal agenda totalitária.

Ou seja, a esquerda segue acusando a direita daquilo que ela mesma faz.

Assista ao vídeo e veja como essa guerra judicial está sendo travada.

Título, Texto e Vídeo: Leandro Ruschel, 2-3-2025

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