Paulo Hasse Paixão
Marine Le Pen, a líder de longa data do partido francês Rassemblement National, que lidera as sondagens de opinião para as presidenciais, foi proibida de participar em quaisquer eleições nos próximos cinco anos, na sequência de uma decisão judicial. A líder nacionalista, de 56 anos, foi condenada por utilização indevida de fundos da União Europeia. Para além da proibição de participar em eleições, foi-lhe aplicada uma pena de quatro anos de prisão, dos quais dois estão suspensos, com a possibilidade de cumprir o tempo restante sob vigilância electrônica. Le Pen terá ainda de pagar uma multa de cerca de 100.000 euros.
A decisão do tribunal de Paris
foi tomada depois de Le Pen e vários membros do seu partido terem sido
considerados culpados de desviar fundos destinados a assistentes parlamentares
da UE para pagar a pessoal do partido, entre 2004 e 2016, uma violação dos
regulamentos da UE, que são (propositadamente?) kafkianos, muitas vezes
inescrutáveis e frequentemente ridicularizados.
A juíza Bénédicte de Perthuis [foto], que dirigiu o processo, considerou as ações um “ataque grave e duradouro às regras da vida democrática”, tanto na Europa como em França. Esta decisão afeta a candidatura de Le Pen às eleições presidenciais francesas de 2027. Apesar da condenação, Le Pen e os seus co-arguidos negam qualquer irregularidade, afirmando que as suas ações estavam dentro dos limites legais. Os advogados da mais popular política em França já afirmaram, entretanto, que vão recorrer da sentença.
Personalidades mundiais, como o Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orbán, manifestaram o seu apoio a Le Pen, alertando para o facto de as normas democráticas estarem a ser postas de lado.
Je suis Marine! @MLP_officiel
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) March 31, 2025
Donald Trump comparou a situação da líder francesa à perseguição
judicial de que foi alvo pelo Departamento de justiça do regime Biden. Elon
Musk referiu que este é o modus operandi dos regimes
totalitários.
When the radical left can’t win via democratic vote, they abuse the legal system to jail their opponents.
— Elon Musk (@elonmusk) March 31, 2025
This is their standard playbook throughout the world. https://t.co/FgmgeyQ2rp
A condenação afeta igualmente
outros membros do partido nacionalista francês, incluindo Catherine Griset, que
recebeu uma pena suspensa e uma interdição eleitoral, e Louis Aliot, condenado
a uma pena de prisão parcialmente suspensa de 18 meses.
Enquanto o futuro político de
Le Pen está em jogo, as atenções voltam-se para figuras políticas mais jovens,
como Jordan Bardella, que Le Pen encorajou a assumir a liderança do partido.
Le Pen continua a ser uma
figura central na política francesa, tendo o seu partido feito incursões
substanciais na paisagem política dominante nos últimos anos. O veredicto
representa o mais recente caso de guerra aberta dos poderes instituídos na
Europa contra os partidos populistas.
Qualquer europeu que nesta
altura acredite que vive em democracia está em definitivo alienado da
realidade.
No início deste mês, os
tribunais da Romênia impediram descaradamente
o candidato anti-globalista Calin Georgescu de concorrer às eleições
presidenciais de maio. Esta medida surgiu logo depois de Georgescu ter
sido detido para
interrogatório no contexto de um processo judicial em que as autoridades o
procuram envolver, e meses depois de ter ganho a
primeira volta das eleições presidenciais do país, um resultado que levou à
anulação desse escrutínio pelo estabelecimento romeno.
Entretanto, na Alemanha, os
poderes instituídos continuam a forçar a
possibilidade de proibir o partido Alternativa para a Alemanha (AfD) com base
na falsa premissa de que é uma organização extremista de direita. Apesar das
tentativas de manchar a sua reputação, o AfD conquistou 20% dos votos nas
recentes eleições do país com a sua plataforma de oposição à imigração
descontrolada.
Na Áustria, o partido
populista FPO, que ganhou as eleições legislativas, foi afastado do
governo por uma geringonça de globalistas e socialistas. O líder do FPO,
Herbert Kickl, enfrenta também
um processo judicial.
No EUA, como é bem sabido,
Donald Trump foi vítima de ensandecida e enfurecida perseguição judicial que
não resultou em coisa nenhuma. Talvez por isso, foi ainda objecto de várias tentativas de assassinato.
Pelas mesmas razões, o
primeiro-ministro eslovaco Robert Fico foi baleado e
esteve às portas da morte.
No Brasil, é o espectáculo
degradante que conhecemos,
e Bolsonaro, agora acusado de golpismo, vai acabar na prisão, mais cedo
do que tarde.
Porque no que diz respeito à conquista e manutenção do poder, os globalistas-leninistas não brincam em serviço.
Título e Texto: Paulo Hasse
Paixão, ContraCultura,
1-4-2025
C'est fait!
Não, não é só no Brasil!
31-3-2025: Oeste sem filtro – Programa "Pé de Meia" tem mais beneficiários do que alunos matriculados + Fracassa manifestação contra anistia + Janja diz que foi a Paris, sem Lula, a pedido de Macron
Insanely ironic
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