Karina Michelin
É inacreditável o que está acontecendo no Brasil. Em mais um escárnio contra a inteligência do povo brasileiro, Davi Alcolumbre decidiu nesta terça-feira, 29 de abril, que Jaques Wagner, do PT — isso mesmo, do PT — é o nome ideal para relatar a polêmica PL da Anistia. E ainda tem a coragem de dizer, com todas as letras, que vê em Wagner “um homem isento e imparcial, além de um excelentíssimo caráter”. Isento? Imparcial? Desde quando um dos caciques do partido mais investigado e envolvido em escândalos da história recente do país representa isenção e imparcialidade?
Essa indicação é uma afronta ao bom senso, à ética e à memória de milhões de brasileiros que clamam por justiça, não por arranjos políticos sujos e conchavos escancarados. Escolher alguém com clara ligação ideológica com os alvos potenciais dessa anistia é como colocar a raposa para cuidar do galinheiro. Não há mais vergonha, não há mais pudor. O sistema parece rir da cara de quem ainda acredita em justiça e em instituições que deveriam defender a verdade e a transparência.
A decisão de Alcolumbre não surpreende quem acompanha sua trajetória política. Desde sempre, o senador do Amapá se notabilizou por trair acordos, sabotar pautas conservadoras e articular nos bastidores contra o avanço de investigações e reformas. Sua presidência à frente da CCJ já era um sinal claro de que os interesses da velha política seguiriam ditando o ritmo no Senado.
Agora, ao entregar uma relatoria sensível nas mãos de um aliado ideológico do governo e da esquerda radical, Alcolumbre confirma seu papel como operador do sistema, não como representante do povo. A PL da Anistia corre o risco de se transformar em um salvo-conduto para os poderosos — e essa nomeação escancara o projeto de impunidade que está em curso.
A PL da Anistia não pode ser conduzida por quem tem lado — muito menos por quem tem rastro. Passou da hora de dizer basta.
Texto e Vídeo: Karina Michelin, X, 30-4-2025, 11h25
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É preciso esclarecer ao povo brasileiro, amiga Karina, o que é 'Escárnio'. Estou cansada de ver por ai, pregado em portões de tirar o fôlego, placas, tabuletas, bilhetes, e avisos, alertando aos que passam na rua, a seguinte frase no bom e corretíssimo português: 'CUIDADO. CÃO BRAVO'. Como sou curiosa e nunca em toda a minha vida dei de cara com um 'Cão Bravo', uma vez passeando pelas ruas do bairro onde moro, bati palmas e pedi a um senhorzinho que me atendeu, a gentileza de encarecidamente me deixasse entrar e ver o seu 'Cão bravo'. Achei legal. O tal 'Cão Bravo' estava realmente bravo. Cheio de medalhas, condecorações, diplomas de honra ao mérito, em cada uma das patas. Ostentava um troféu por bons serviços prestados. Numa das orelhas, a direita, uma lembrança da maçonaria e na esquerda, umas chapinhas de cervejas da Brahma. Não era latão. Perguntei, onde estava o latão. E o senhorzinho, polidamente, me respondeu: '- Eu bebi -. disse orgulhoso.' No passo seguinte me mostrou onde havia colocado o latão que ingerira: '- No cu do meu cão. Veja, moça. Ele não faz as suas necessidades fisiológicas em qualquer lugar.' No latão ele deposita seus dejetos e daqui a pouco eu tiro, jogo o latão fora e ai vou ver um pouco de televisão.'
ResponderExcluirCarina Bratt, de Jarinu,, interior de São Paulo.