Sob o aspecto da segurança, o fundo de pensão está equiparado a um
cheque milionário "ao portador"; a quadrilha corrompe o gestor
e orienta as operações de transferência dos recursos da poupança dos
aposentados. Nós já sentimos na pele esse processo de gestão fraudulenta! Onde
estão os fiscais da Secretaria de Previdência Complementar?
Agora, a Polícia Federal prendeu 17 vigaristas que executaram um roubo de 50 milhões. Há 102 mandados da justiça decretando a prisão de outros criminosos. Atualmente, como foi noticiado, eles estão assaltando as entidades municipais e estaduais. Essas quadrilhas já tentaram esvaziar os cofres da Real Grandeza, fundo dos funcionários de Furnas, dos Ferroviários e outros mais. No mais recente, da Prece, da Cedae, fundo estadual, ainda conseguiram processar o gestor responsável, que se evadiu! O fundo Postalis, dos Correios, perdeu cerca de 20 milhões que foram aplicados em ações podres de uma das empresas do Eike Batista. Essa operação, que ainda não caracteriza a fraude própriamente dita, é a chamada gestão temerária, que tambem está na mira das autoridades - se é que vão investigar esse golpe até as últimas consequências.
É uma situação parecida com a que "derrubou" o Aerus, onde
os gestores aceitaram trocar a contribuição das patrocinadoras por papéis sem
lastro, "papagaios" para serem resgatados no "dia de São
Nunca"; como os fraudadores eram pessoas "da casa", não
houve denúncia ao Ministério Público, o que inviabilizou ações de
ressarcimento.
Enfim, pergunto novamente, onde estão os Fiscais do Governo? Onde está a garantia
constitucional e a segurança jurídica preconizada pelo ilustre
jurista e ministro do STF, que garantiu um novo - e certamente - mais
confortável julgamento para os criminosos condenados do mensalão?
Não se pode guardar moeda em espécie "no colchão" por motivos
óbvios; de que maneira o trabalhador poderá poupar para não ter que sujeitar a
desvalorização das suas contribuições previdenciárias? Ficará sujeito ao
roubo e ao estelionato, agravado pelas decisões do STF que, no momento de
julgar uma ação cristalina como as ações do Aerus prefere gastar tempo e
dinheiro defendendo ladrões e corruptos ao invés de garantir o direito de
aposentados honestos, vitimados pelo roubo da sua poupança? Isso, nos leva a
recomendar aos trabalhadores evitar essa armadilha que é o atual sistema de
aposentadoria complementar esculpida nos moldes atuais!
Título e Texto: Alberto José, ex-comissário da Varig, vítima do
Aerus
Cinelândia, 07 de maio de 2009, foto: Paulo Resende |
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