A recente vitória do PT,
quando o STF livrou “mensaleiros” das penas já impostas sinalizando para outras
mais atenuadas, demonstrou que a Nova Ordem Petista para a América Latina se
fortaleceu e está sendo levada adiante a diretriz do Foro de São Paulo:
transformar o Brasil, maior economia do continente, na União das Repúblicas
Socialistas Latino-Americanas.
Com o voto do ministro Celso
de Mello que modificou suas anteriores explanações jurídicas e anuiu aos
embargos infringentes, postergando para a eternidade o julgamento que parecia
ter chegado ao fim depois de quase oito anos de tramitação, dissipou-se a
esperança de um punhado de brasileiros. Esperança de que não seríamos mais o
país de impunidade, que finalmente se realizaria a isonomia que no Direito
significa que todos, sejam ricos ou pobres, são iguais perante a lei e que a
proteção social deve vir da Justiça sem favorecimentos com base em
diferenciações políticas, financeiras ou de quaisquer outras espécies.
Por outro lado, a sensação que
a instância mais alta do Poder Judiciário se fortalecia agradava a minoria de
cidadãos que vê com apreensão o domínio petista se estendendo a partir do
Executivo.
Ledo engano. Favorecidos
ficaram os corruptos, ladrões de nossos pesados impostos que os sustentam em
cargos públicos. Retire-se o crime de quadrilha e o chefe desta e seus
comparsas petistas terão suas penas reduzidas, podendo cumpri-las em regime
semiaberto. Isto se não houver mais e mais embargos infringentes, até que os
velhacos que promoveram o maior escândalo de corrupção do Brasil estejam
totalmente livres e transformados em vítimas inocentes da imprensa, das elites
e do tribunal de exceção, a merecer de novo o voto popular.
Outra consequência da decisão do STF ao acolher os embargos infringentes é o chamado efeito dominó, o que nos consagra definitivamente como o país da impunidade, refúgio ideal para bandidos do quilate de Cesare Battisti.
Outra consequência da decisão do STF ao acolher os embargos infringentes é o chamado efeito dominó, o que nos consagra definitivamente como o país da impunidade, refúgio ideal para bandidos do quilate de Cesare Battisti.
Conforme noticiado no jornal O
Estado de S. Paulo (22-09-2013), tal decisão que empolga os advogados de defesa
dos mensaleiros com a possibilidade de lançar mão de mais recursos para
defender seus clientes, pode beneficiar réus de 306 ações que se arrastam na
Corte, sem previsão de conclusão. Entre os que poderão ingressar com o recurso
estão o deputado Paulo Maluf (cabo eleitoral do prefeito Haddad) e os senadores
Fernando Collor e Jader Barbalho.
Aos que apelam ao direito de
defesa dos réus como algo inerente aos direitos humanos é bom lembrar as
palavras do ex-ministro do STF, Eros Grau. Disse ele em entrevista no jornal
acima citado sobre os embargos infringentes:
“Admiti-los no STF levaria à
instalação do moto perpétuo processual”. “Se cada quatro ou cinco votos forem
fiéis, a cada julgamento sobrevirão novos embargos e, continuamente, outros
mais”. “Sem fim”. “Os embargos de divergência têm sentido nos tribunais
estaduais e regionais”. “Na esfera do STF não, pois ele não se curva, não se
põe de joelhos para ser sobreposto a si mesmo”.
O STF se pôs de joelhos e pôs
a Nação de joelhos diante do PT e do Foro de São Paulo, pois reforçou ainda
mais o Executivo. Já o Legislativo é o que se conhece, facilmente comprável.
Em recente e magistral texto, baseado na mídia internacional, Francisco Vianna cita
uma recente publicação do The Wall Street Journal, sobre os rumos do
Brasil, que vale a pena repetir:
“Tais rumos são os que enveredam
pelos escuros antros da corrupção sistêmica do Estado e de suas relações
público-privadas, estimuladas por um sistema judicial cooptado pelo Executivo
que garante uma impunidade geral e irrestrita aos corruptos e corruptores”.
“Também, por todas as medidas socialistas de desconstrução por intuscepção da
democracia do mérito (a partir de dentro dela própria), através do
favorecimento do crime organizado (privado e estatal), pela anulação do sistema
legislativo mantido a peso de ouro e legislando em causa própria, com uma
oposição de faz de conta, e por uma infraestrutura que não atende ao nível de
produção do país”.
Depois de falar grosso na ONU
afrontando os Estados Unidos, contraditoriamente a presidente Rousseff foi
implorar ajuda da elite e do capitalismo norte-americanos e internacional. O
governo petista não percebeu ainda que os idiotas somos apenas nós, público
interno, e que sua escolha é mais do que evidente. Não interessa a democracia,
a liberdade, a prosperidade. A Nova Ordem Petista nos vincula à China, à
Rússia, aos piores ditadores mundiais e às aberrações latino-americanas como
Cuba, Venezuela e outros antros antiamericanos.
Como poder reforçado no
Executivo o PT deve agradecer aos seis ministros que livraram seus asseclas das
penas maiores. Principalmente, agradecer ao ministro Celso de Mello que
reafirmou o já sabido: no Brasil e justiça não vale nada, vale ter dinheiro e
ótimos advogados.
Título e Texto: Maria
Lucia Victor Barbosa, socióloga, 29-9-2013
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