sábado, 21 de setembro de 2013

Uma semana do Caribe


José Manuel
Quem me dera! Aquelas águas azuis, aquela brisa quente, sol e sal no corpo úmido, mojito, hortelã e gelo na mão e pra arrematar um bom charuto Cuban style na boca.

Ah, que preguiça... Uma rede, um coqueiro, uma conta cheia de dólares de campanha, ali pertinho, na pequena Caymã de preferência, pra não chamar muita atenção, era tudo o que eu queria.

Sonhar, sonhar e sonhar, afinal também faz parte deste povo vivente abaixo do Equador que não tem pecado e é bonito pela própria natureza, mas que beleza.

Eta semaninha porreta esta, que começou com um show supremo exótico, com pitacos centro- americanos e, de firulas em firulas brasilianas, terminamos com outro show  de pedras rolantes cariocas, com direito também a escândalo por falta de segurança médica, numa barra pesada e com trânsito caótico. Ninguém consegue mais ter o recreio que merece, com uma barra dessas.

E quanto às notícias? Beleza, só coisa fina!

Mais um  escândalo ali, bem  no quintal do governo, pois o ministério que era do trabalho, não trabalha mais, pratica corrupçãocomme il faut ", é claro e, com pitadas de nepotismo.

Alguéns disseram esta semana que lá dentro tem uma quadrilha. Não sei, mas está em todos os jornais pra todo mundo ver.

E os infringentes? Ficarão todos soltos, porque o novo procurador assim o determinou. Ponto.
Cadeia é só para o povão e tá encerrado!

É, isso mesmo... Aqueles, os quais tanto pedimos para que fossem punidos, que a hora deles tinha chegado, blá-blá-blá e etc. vão ficar soltinhos da silva gozando da cara de milhões  e milhões espalhados por este país varonil, de encantos mil.

O povaréu, coitado ainda atordoado pelo nocaute de Brasília, percebeu enfim, que como aquele famoso caso, é sempre o último a saber. Tudo bem, nós somos jovens, somos da paz e do amor.

E esse mesmo povo, lá pelo meio da  semana, ainda meio troncho, levou uma greve bancária pela proa, pra deixar as coisas mais relaxadas ainda.

Afinal, com um início supremo-exótico caliente daqueles, só mais uma grevezinha para deixar tudo mais complicado ainda.

O povão adorou, porque nada mais gostoso do que filas imensas em caixas eletrônicos. No sol, é claro. Sempre.

Aliás diga-se de passagem, de filas nós entendemos e muito bem pois é só ir a um consulado americano em pleno dia da semana para ficarmos extasiados com o tamanho delas.

É deslumbrante e chega a emocionar, porque chova ou faça sol as filas são inimagináveis.

O comércio, que é aquela coisa estranha que mais emprega e movimenta a Nação, mas o primeiro a levar bordoadas da fazenda sem dó nem piedade, então gemeu de prazer.

Além dos bilhões gastos no exterior por turbas enfurecidas das bolsas viagem que compram  tudo o que vêem pela frente, "coast to coast ", não deixam um centavo para ser gasto aqui, e com a greve dos bancos  as lojas ficaram cheias de empregados sem ter o que fazer. E vender.

Sen-sa-ci-o-nal!

Ou seja, o people gasta no exterior o que ganha aqui, nós pagamos a dívida interna americana, o comércio não vende aquilo que por sua vez a indústria não fabrica porque não tem a quem vender, nós importamos tudo porque a moeda está forte artificialmente e o governo populista financia tudo, desde que você seja da classe C ou D!

É bom começarmos a rever tudinho, e bem rápido, a começar pela qualidade da manteiga, pois como estamos, não vamos durar o suficiente para contar uma história razoável.

É uma história interminável que passaria por trinta anos atrás, quase ontem, quando ainda éramos mais fortes do que China, por exemplo, mas hoje e com uma costa de 8.000 Km, importamos peixe… da China. Como? Vá ao mercado e confira, leia os rótulos e não se assuste.

E o resto?

Não, não, não... Eu comecei falando sobre esta semana e é bom parar por aqui.

Pera aí… e o nosso acordo? O Aerus?

Será que vão nos provar que não se fez nada esta semana, porque o julgamento de ladrões era mais importante do que reles e famélicos velhinhos?

Não acredito, porque nomeupaíz isto jamais aconteceria.

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