Finalmente, após quase três
décadas, os americanos, ingleses, franceses, e aliados do mundo livre e
capitalista assumem publicamente que os últimos governos brasileiros foram e têm sido hostis aos países mais desenvolvidos do planeta e estiveram a buscar uma aproximação e
identificação ideológica com seus atuais inimigos.
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Dilma Rousseff discursando com desenvoltura na ONU, num desempenho fora de suas características e que denotou grande ensaio. |
O Brasil, assim, passa a ser
visto por seus “novos amigos” como “inocente útil” a serviço dos inimigos da
América, democracia tal como conhecemos, e do capitalismo privado, cujas ações
antagônicas de governos de esquerda coordenados pelo Foro de São Paulo estão a
acarretar um formidável retrocesso econômico em muitos desses países da América
latina, como o próprio Brasil, a Argentina, a Venezuela, sem citar outras
economias muito mais insignificantes, como o Equador, a Bolívia, o Uruguai e as
demais repúblicas bananeiras da América Central.
O ensaiadíssimo discurso da
Presidente Dilma Rousseff, que lhe fora preparado por um marqueteiro, lido por
ela de forma veemente – de forma diferente da claudicação costumeira de suas
falas – na abertura da Assembleia Geral da ONU, acabou de dirimir qualquer
dúvida com relação à postura antiamericana, antidemocrática e antieconomia de
mercado dos três últimos governos do Brasil.
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Dilma, num discurso que outrora causaria apreensão, hoje é motivo de riso e chacota por parte do mundo inteiro... |
A imprensa estadunidense vem de forma crescente denunciando a postura antiamericana de Brasília e da tolerância da Casa Branca que lentamente vai diminuindo. Com isso, cresce a convicção de que a administração dos EUA tem, cada vez mais reforçada, a convicção de que é necessário monitorar todos os passos de quem “governa” a maior economia da América Latina e que, portanto, essa “espionagem” – como Brasília intitula essa monitoração – deverá, não apenas continuar como se intensificar e que americanos e europeus começarão a apertar as cravelhas da rabeca brasileira com a finalidade de afinar os sons que dela emanam.
Enquanto isso, o Brasil vai se
distanciando demais do seu sonho de se tornar um membro permanente do Conselho
de Segurança da ONU, considerado por muitos como o motor da “Nova Ordem
Mundial”.
Os EUA e aliados contavam com
o Brasil para trazer os demais membros do BRIC para a liberdade política e
econômica, mas o Brasil que é gigante em território, sofre de um intenso
nanismo ideológico que o incapacita de se tornar um membro confiável entre as
principais potências do mundo livre.
Os diplomatas se referem, com
seu jargão vaselina, às relações Brasil-EUA como sendo “instáveis”, mas após o
tolo discurso de Dilma em Nova Iorque, já começam a chamá-las de “antagônicas”.
Não adianta dizer aos petistas
que o que se entende por espionagem nada mais é do que uma tentativa de um país
em descobrir os planos militares, científicos e industriais de outro país e
que, dentro desta definição amplamente aceita, o Brasil não tem nada a ser
espionado por Washington, pelo Pentágono, ou por Wall Street. Mas com quem Brasília
se relaciona no mundo, e até no continente, tem tudo a ver com os deveres da
CIA, da NSA e demais serviços de inteligência dos EUA.
E isso não depende do Brasil,
da ABIN, ou do Foro de São Paulo, a não ser que o país seja capaz de desenvolver
tecnologia própria capaz de impedir que tal monitoramento ocorra.
A atitude brasileira em
público é, ainda, oposta a sua atitude longe das câmeras e dos repórteres da
mídia domesticada do país. Enquanto vocifera e mente descaradamente em seu
discurso ao plenário da ONU, a sua ‘entourage’ tenta desesperadamente “atrair”
(leia-se ‘ludibriar’) o empresariado americano para empregar seus dólares na
infraestrutura no Brasil, coisa que eles – que não são nada bobos – parecem
convencidos de que isso seria nada mais, nada menos, do que engordar as contas
secretas dos petralhas e de sua “base alugada” no exterior, com o desagradável
efeito colateral de ver boa parte do dinheiro deles indo parar em Cuba e outros
antros antiamericanos.
A seguir por esse caminho, de
dar murros em pontas de facas, só restará ao Brasil juntar-se à China e à
Rússia para tentar retirar os EUA do Conselho de Segurança da ONU, ou, o que
seria mais impensável ainda em termos de sanidade mental, saírem da ONU para
criarem uma ONUA, ou seja, uma “Organização das Nações Unidas Antiamericanas”.
E aguentar o tranco que virá em seguida e que tornará o país ainda mais pobre e
subdesenvolvido do que é.
A agência de notícias Reuters
afirma que as relações Brasil-EUA estão cada vez mais em “rota de colisão”.
Segundo a agência, essa rota se tornou nítida e crítica após o cancelamento da
visita de estado que Dilma faria a Washington em outubro próximo e com o
discurso da presidente na ONU, que certamente terão consequências na área
econômica entre os dois países, consequências essas que já começam a ser
sentidas no desinteresse dos investidores do mundo livre em aplicar seus
dólares no Brasil. Dilma, destarte, ceifou, de um só golpe, o que o Brasil
conseguiu a duras penas conquistar ao longo da segunda metade do século vinte,
ou seja, tornar-se um parceiro econômico confiável de americanos e aliados.
Por sua vez, a revista
britânica “The Economist” faz eco de tudo isso publicando uma provocativa reportagem de capa sobre um “anunciado fim do crescimento brasileiro”, em contraposição a outra reportagem de capa publicada em 2009 na qual afirmava o contrário... No
número que estará nas bancas na semana que vem, a revista pergunta: “Será que o
Brasil estragou tudo?”
A revista só não dirá que foi
o Reino Unido um dos principais apoiadores da esquerda brasileira e latino-americana
nas três últimas décadas tendo exportado para cá o atraso da doutrina
socialista que, por experiência própria sabiam ser mais do que suficiente para
inibir o surgimento de uma terceira grande potência mundial abaixo do da linha
do Equador. E ganharam dessa mesma esquerda uma fabulosa recompensa por isso,
que foi a demarcação, de forma contínua em área de fronteira com a Guiana
inglesa e um território contencioso entre Inglaterra e Venezuela, da “reserva
indígena Raposa Serra do Sol, maior do que o estado de Sergipe”, com todo o
tesouro mineral e genético que encerra para ser livremente contrabandeado para
essa conhecida potência colonialista.
Em julho último, a revista
britânica publicou outro número cuja capa mostra o grupo dos BRIC como em
decadência e faz uma avaliação negativa, mas realista e provocativa, sobre o
futuro de Brasil, Rússia, Índia e China.
A matéria ressalta que, após
dez anos de crescimento consistente e acelerado, esses países emergentes
começam a dar sinais de que estão escorregando em seus próprios vícios
socialistas e começam a descer a contravertente do progresso.
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Após uma década de progresso, o BRIC perde força e afunda na própria ineficiência... |
A tática britânica de
exportação do socialismo para o Brasil parece ter dado certo, pois o país
começou com Luiz Inácio a patinar no lodaçal desta sociopatia (doença social,
ou seja, política e econômica) e mais do que nunca parece não ter a menor
condição de, de fato, emergir como mais uma superpotência – a primeira latina –
no mundo atual. Com isso, a maioria dos países europeus – Reino Unido incluído
– não corre o risco de passar a ser citado como países do “terceiro mundo”...
A República Federativa do
Brasil, que de federativa só tem o nome, e que os americanos consideravam até
recentemente uma superpotência emergente, em função do tamanho do seu
território, da quantidade de recursos naturais e água potável que possui, do
seu contingente populacional e do crescimento econômico experimentado após a
revolução estabilizadora da economia pelo Plano Real, hoje começa a ser
considerada por eles como tendo tomado rumos que, segundo a opinião dos
melhores de seus analistas, começam a frustrar tal expectativa.
Tais rumos, segundo uma
recente publicação do The Wall Street
Journal, são os que enveredam pelos escuros antros da corrupção sistêmica
do estado e de suas relações publico-privadas, estimuladas por um sistema
judicial cooptado pelo executivo que garante uma impunidade geral e irrestrita
aos corruptos e corruptores. Também por todas as medidas socialistas de
desconstrução por intuscepção da democracia do mérito (a partir de dentro dela
própria), através do favorecimento ao crime organizado (privado e estatal),
pela anulação de um sistema legislativo mantido a peso de ouro e legislando em
causa própria, com uma oposição de faz de conta, e por uma infraestrutura que
não atende ao nível de produção do país.
Para completar, age com um
menosprezo à educação de qualidade e a falta de serviços públicos pelo menos
decentes para os que pagam impostos e, ao mesmo tempo, recolhem aos cofres
públicos uma das maiores cargas tributárias do planeta, tudo isso junto, e mais
o sucateamento e enfraquecimento das Forças Armadas, das quais apenas o governo
tem medo que lhe ponham cobro, faz com que o Brasil siga a tendência dos países
controlados pelo Foro de São Paulo e caiam e profundo retrocesso, conforme o
jornal americano. É o que se vê, em grau mais avançado na Argentina, na
Venezuela, Equador e outros países que, como o Brasil, vêm sofrendo o
agravamento da doença socialista.
Destarte, o discurso de Dilma
Roussef não é um caso isolado ou incidental. Representa coerência com uma gama
de fatos e medidas que os esquerdopatas têm febrilmente se dedicado a por em
vigor para a criação de um país socialista no hemisfério sul que tenha algum
potencial econômico de promover a resuscitação dessa doutrina falida, enterrada
após o desmonte da União Soviética e a transformação capitalista na China, pelo
menos enquanto durar o dinheiro dos outros...
O Brasil, para não fugir à
regra – onde as exceções apenas a confirmam – começa a experimentar não apenas
o desinteresse dos investidores externos, mas, também, paralelamente, a fuga de
capitais privados e de mão de obra especializada para outras paragens onde
tenham mais liberdade e garantias jurídicas de empregá-los com segurança.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 27-9-2013
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Concordo com tudo que vi acima, e os Estados Unidos devem impedir a implantação do comunismo no Brasil, nem que tenha de ser para ocupá-lo militarmente e escorraçar daqui
ResponderExcluiresses comunistas broncos e ignorantes, que nunca leram nada a respeito de como funciona
o marxismo nos países onde vigora. Humberto Rodrigues Neto - SP - Brasil.
Do seu sintético comentário, só destaco que o inimigo não é o "comunismo" -- ucubração filosófica que deságua numa "anarquia superior esclarecida" (SIC) e que o mundo nunca soube exatamente o que é, ou seja, apenas um "truque dialético" -- mas sim o socialismo em si.
ResponderExcluirEste sim, o grande vilão do século XX, excrecência mental dos filósofos que criticavam - porque não estavam envolvidos - a "revolução industrrial" e que que combina o pior de todos os capitalismos -- o de estado --, improdutivo e trabalhando em prol de uma reduzida burguesia do "partido único", associado, preferentemente a um regime centralizador e ditatorial, que se manifesta sob diversas formas e variantes. Qualquer que seja o significado de "comunismo", tenho a certeza que qualquer socialismo -- dito como um caminho para se chegar ao primeiro -- é mil vezes pior e não foi a toa que nunca deu certo em qualquer país do mundo.
Ultimamente, desenvolveu-se a última de suas faces no Brasil, sob a ideologia que eu chamo de "sucialismo", ou seja, um socialismo de súcia, de quadrilha, onde o único objetivo é o de se eternizar no poder, pelo poder, e de enriquecer seus membros a custa do tributo pago com suor dos que trabalham e geram a riqueza, ainda que sob uma aparência de "democracia", certamente transitória, onde uma importante parcela do eleitorado é simplesmente comprada por meio de esmolas que perpetuam sua condiçao de pobreza econômica e fragilidade mental.
Francisco Vianna