A História é pródiga em alertar os incautos.
Quantas vezes já recebemos a mensagem que nos detalha como prender “porcos
selvagens”?
Quantas vezes recebemos o aviso que “um dia fizeram isto ou aquilo nos
outros”? “Que colheram as rosas no jardim de um vizinho”? “Que
mandaram para a prisão sem julgamento um conhecido de bom coração”, e
assim, por diante e nada fizemos. Absolutamente nada?
Vamos protelando qualquer medida e o menor sinal de insatisfação contra a
injustiça que nos cerca, não levamos em conta. Tudo bem, até que um dia a
injustiça cairá sobre a nossa cabeça.
Infelizmente, a toda a hora recebemos alertas, são as barbaridades e as
medidas tirânicas que nos cercam e nada fazemos. Muitos nem reclamam, como se
estivessem vacinados contra as coisas ruins que nos afligem.
Existe uma predisposição masoquista de suportar as mais terríveis
patifarias.
É impressionante o caso dos médicos, cubanos ou não. Foi decidido
violentar a Constituição e os dispositivos legais, e não existe força no
universo que poderá barrar a ordem do desgoverno, por mais sem mérito que ela
seja.
As pretensas motivações não resistem aos argumentos do contra.
Este é apenas um pequeno alerta de que a cada dia mais estaremos
subordinados aos mandos e desmandos, tudo em geral sob a capa de uma
ilegalidade institucionalizada.
É incrível como a massa popular aquinhoada com bolsas de toda a ordem,
queda-se inerme, e permite que os porcos selvagens sejam domesticados e
o canteiro dos outros seja enxovalhado, e se coloca às margens das
patifarias, como se tudo ocorresse alhures, em outro País, em outra dimensão.
Esta incauta gente assiste à aceitação dos embargos infringentes sem a
menor compostura, e não vê que o seu verdadeiro significado é a deturpação
nojenta dos três poderes, que deveriam ser independentes, mas que em conluio
armam-se para o exercício boçal de submeter uma população sem o menor senso de
justiça.
Até quando viveremos sob uma frágil redoma que será estraçalhada quando o
seu usuário tornar-se incômodo?
Como suportamos o desvirtuamento dos recursos elevados, espoliados dos
nossos bolsos e que são doados para as bolsas em troca de votos?
Como assistimos impassíveis às doações para governos aplaudidos pelo Foro
de São Paulo? Como admitimos o perdão de dívidas de governos africanos, em
geral, tirânicos?
O Brasil sela acordos com laços intensos com países da África, que em
troca recebem de braços abertos as grandes empresas nacionais, que lá fazem
obras faraônicas com duplo retorno: recebem o financiamento pelo BNDES e em
contrapartida concedem o pró-labore financeiro para as campanhas eleitoreiras
de seus benfeitores.
É impressionante como descem pelas nossas ventas a idolatria pela falida
Cuba e pelos “países bolivarianos”, e recrudesce uma onda de antiamericanismo
que apregoam lavar a honra do País.
COM O PT NO GOVERNO, O
BRASIL NÃO PRECISA DE INIMIGOS.
Conhecimento é poder e todas as nações têm ou deveriam ter seus serviços
de inteligência ou pelo menos de contra-inteligência.
No Brasil, quem não recorda de que a inteligência obtida através das
informações e de sua análise foi enterrada pelo ex-presidente Collor, quando
assumiu o governo e, por revanchismo, extinguiu o SNI e que o PT, graças ao seu
tremendo acesso na mídia, vilipendiou os brasileiros que labutavam na área e
que foram alcunhados e desmoralizados como “arapongas”.
Sim, os alertas são contínuos, explícitos e a todos renegamos.
Por tudo, nos próximos anos quando formos buscar os culpados, por favor,
tenhamos vergonha e, arrependidos, confessemos, “eu fui conivente, eu fui
alertado e nada fiz, por isso, mereço a M... em que me meti e ao meu País”.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília,
DF, 23 de setembro de 2013
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