Avalie o leitor se, nesta
República, já viu algo tão vergonhoso e nefasto à idéia de Nação integrada do
que a postura do Ministério da Justiça e seu titular Ministro, somado ao
ideologismo no Ministério Público Federal, face ao que a mídia denominou
“conflito indígena”. Com a promoção desse "conflito", todo o
abandono, marginalização e desprezo pelo desenvolvimento das comunidades
indígenas que marca a atuação da Funai, são encobertos e esquecidos tanto pela
mídia quanto pelos próprios índios.
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Foto: Luiz Silveira/Agência
CNJ
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Ouvindo frases promovidas pelo
Cimi e MPF, como “lei terena”, “retomada”, proprietários aterrorizados são
escorraçados, sob ameaças explícitas de mais invasões, para desespero de quem
cumpre as leis, trabalha, produz. Mas há gozo ideológico pelos “avanços” dos
que manejam as cordas no aparelho estatal, nos altos escalões do governo Dilma
e ONGs com fachada religiosa. Índios que trabalham e se sustentam estão
proibidos de adentrarem na “Retomada Esperança”, pois “ajudam os fazendeiros”.
Testemunhei veículo oficial baldeando, à noite, indios para “retomarem” a
“Fazendinha”. A reintegração de posse em Buriti foi recebida por um esquema de
guerrilha, claramente para matar policiais federais, levando a reações de
consequências imprevisíveis.
Nas reuniões com presença do Ministro ou noutros momentos, seja por covardia pessoal ou compromisso ideológico, nem este ou qualquer autoridade do setor, inclusive do MPF, lembraram às partes postas em conflito pelas omissões do Estado, que vivemos num Estado Democrático e de Direito e quais as consequências disso nas ações de quem quer que seja. A prática de crimes e violações constitucionais estão factualmente liberadas e protegidas, inclusive, pasmem, pelo Judiciário. As lideranças rurais estão pouco mais que paralisadas, mas seria injustiça não nos referirmos às bravas atuações do Chico Maia, Deputado Mandetta, Senadores Delcídio e Figueiró, a ONG Recovê. Enfim, mediante explícita participação de setores do Estado brasileiro, tomado de ideologia que traz em seu ADN o “terror de Estado” que é a marca do marxismo-leninismo, com a benção estranhíssima de setores religiosos, todos vemos o ódio, o conflito, a violação de direitos se alastrarem, com método, propósito e verbas. O Senado está com data marcada para encarar essa vergonha partejada por setores do Estado brasileiro. Veremos o Senado invadido, “ocupado” e amedrontado pelos manipuladores de sempre, com chapa branca ou religiosa?
Título e Texto: Valfrido M. Chaves, Psicanalista,
Pantaneiro, Pós-graduado em Politica e Estratégia Adesg/UCDB, 20-9-2013
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