
É maravilhoso ver como um tema
já debatido por séculos pode ser resumido pelo autor, de forma tão clara e
objetiva. Quantas soluções simples poderiam ser tomadas, em nosso país e no
mundo, que certamente minimizariam a miséria, a fome e todos os tipos de desigualdade
entre as pessoas.
Desde a invenção da escrita, a
partir de quando foi possível documentar a história da humanidade, não se
conhece um só dia em que todos os que habitam nosso planeta estivessem em paz.
As guerras tribais por caças, alimentos, domínio de territórios ou por recursos
naturais ocorreram diariamente, durante todos os séculos, em algum município,
estado, país ou continente e, em duas oportunidades, envolveram praticamente
todos eles.
Atualmente, além desses
motivos, as guerras ocorrem principalmente por interesses políticos e
econômicos, como pelo domínio dos campos de petróleo e mais recentemente por
bacias hídricas. O mesmo jogo de poder que busca o domínio de determinadas
regiões, deixa de lado outras, sem riquezas naturais importantes, fazendo com
que milhões de pessoas no mundo sofram com a falta de alimentos, atendimentos
mínimos de saúde ou sem moradia.
São também privadas dos mais
modernos meios de comunicação – não dirigidos por esses interesses -, livres
como a internet e suas redes sociais, o que as fazem continuar naquela situação
sem sequer saber o verdadeiro motivo, ou que existem outras possibilidades.
A região Nordeste do país é um
exemplo típico de uma verdadeira guerra que se perpetua contra aquela
população, impedindo tenha direito à saúde, moradia e educação. Não interessa
aos políticos locais – praticamente todos de pouquíssimas famílias –, que ela
tenha um mínimo de instrução, que já seria suficiente para entender que o
estudo e a geração de um emprego são melhores e lhe garantem mais futuro que
uma “bolsa” alguma coisa.
Que direito possuem os
políticos que comandam essa região de, por interesses próprios, impedir que
grande parte da região já não esteja irrigada com a água do mar dessalinizada,
processo já utilizado em diversas partes do mundo e que pude ver pessoalmente
em Cancun, onde até cerveja se fabrica com essa água.
Há décadas o governo federal
envia para a região, sistematicamente, quantias incalculáveis de recursos, que
só chegam até o palanque onde o político faz seu discurso pregando a solução
dos problemas. A partir daí os recursos somem, mas a seca, a fome e o
analfabetismo continuam.
Os exemplos ocorrem no mundo
todo, onde um pequeno grupo de homens, todos muito arrogantes em virtude de seu
poderio econômico e militar, julgam-se com poderes para determinar a vida ou a
morte de pessoas, como as que ocorrem em grande parte dos países africanos
onde, por falta de simples ações políticas, milhões morrem de fome, outros em
disputas tribais e outros – por ignorância –, de doenças como a AIDS.
Em qualquer parte do mundo a
educação, a cultura e a consequente qualificação profissional resolveria grande
parte dos problemas citados, como ocorreu com a Coréia do Sul, que há menos de
cinquenta anos resolveu investir maciçamente na educação de seu povo e
atualmente possui um dos maiores parques industriais automobilísticos do mundo.
Mas como canta Renato
Teixeira, “O simples resolve tudo, por isso, às vezes não se tem nada”.
Título, Imagem e Texto: João
Bosco Leal, 27-9-2013
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