
Quantas bravatas atingiram o
ideário dos menos esclarecidos e fomentaram neles, como alvíssaras, instâncias de
sonhos a serem realizados num breve tempo?
Tais bravatas excitaram tanto
a plebe ignara que, aparvalhada, essa
nossa gente humilde, deixou inclusive de questionar. Não deram mais valor
aos vocábulos interrogativos QUE? QUANDO? COMO? ONDE? POR QUÊ?
Mas bravatas são efêmeras. Sem
a consecução do prometido, todos se descobrem enganados. O enganado se revolta
contra si mesmo, pranteando e repetindo, sua dor de ingenuidade!
E diz, soluçando sua lágrima
na face rubra de indignação:
- E eu acreditei!!!
E se de repente, o feitiço virasse contra o feiticeiro? E se de repente “alguéns” resolvessem “dar com a língua nos dentes” – como se dizia antigamente – e contassem tudo o que sabem, apresentando provas irrefutáveis, documentos e imagens, tudo pertinente, evidenciando e provando oportunamente, com o propósito de se beneficiarem com a delação premiada?
E se de repente a frágil justiça, “desse o troco e o toco”, rearmando-se e eliminando de si o sujo joio,
separando-o definitivamente do trigo e tomando atitudes de julgar com
imparcialidade, técnica, conhecimento e razão e exigir o cumprimento da sanção
e o cumprimento da sentença exarada?
E se de repente todo mundo aplaudisse e não fosse só para inglês
ver mas, para todo mundo saber que de fato, tais atitudes são reais e não o
imaginário de qualquer sonho embalado numa madrugada morna mas, sem porvir.
E se de repente todo facínora se ajoelhasse com medo do leal
xerife, e se de repente todo clamor
atingisse o alvo, e se de repente
todo irmão desse a mão ao outro irmão pois a causa de um é a mesma causa do
outro?
E se de repente todos fossem um e um fosse todos?
Torço que até me contorço, de
tanta vontade que isso aconteça.
Que a serenidade dos que
julgam, permitam até uma drástica redução de pena do delator, coadjuvando com a
intenção já demonstrada e para depois usar com muita propriedade, o reboque kilométrico necessário para
conduzir toda essa malta ao que lhes faz jus: Cadeia sem direito a sursis, redução
de pena ou regime semi-aberto. Com trabalhos forçados posto que, nunca trabalharam!
Chega! Basta! Que sejam
chamados os heróis que nós não aguentamos mais tantos bandidos!
Você pode dizer que eu sou um
sonhador mas, tenho certeza, eu não sou o único e por isso conclamo todos os
sonhadores a continuar seu sonho mas, se juntando a nós para aumentar nosso
grito e quem sabe... o mundo um dia poderá ser quase justo.
“Si serins justitia”
Título e Texto: Jonathas Filho, 29-9-2013
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