segunda-feira, 21 de outubro de 2013

De novo no front...

Jonathas Filho

O Grito (no original Skrik) é uma série de quatro pinturas do norueguês Edvard Munch, a mais célebre delas data de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol. Wikipédia
Eu queria gritar mas alguns micróbios “embargaram” a minha voz e estou esperando ainda uma decisão ao  habeas corpus já impetrado pela minha afonia. Eu queria gritar mas não posso.                            
Nada sobre a consecução de um pacto que foi oportunamente sugerido e desde então tudo gira em torno de ambiguidades. Eu queria gritar mas, como? Minha voz só fica na vontade e presas continuam as mesmas palavras que tomariam forma, se "impossibilitado" não estivesse.  
“Ah...mas você pode escrever” todos diriam com razão, porém, também estou “afônico” dessa intenção.
Será isso, de certa forma, mais uma ambiguidade minha?  Mas eu queria era gritar... e não posso.  Escrever sobre um frio papel com uma letra fria, para mim seria  como uma  apologia ao silêncio pois, letras formam palavras que dizem alguma coisa, no entretanto não gritam. Gritar é muito mais; é veemente. É loquaz e retumbante. Mais uma vez, fica preso esse grito que está mais do que ansiado e ensaiado para ser colocado para fora e ouvido estrondosamente.

Será que  certas frases ambíguas que tenho ouvido, depois do “sugerido pacto” expressam mais de uma acepção ou entendimento possível como: “Semana que vem, tudo vem”, “Tudo caminha para um final feliz, assim diz”, “É conveniente a impaciência guardar e aguardar” ou  “Esta reunião foi produtiva na busca de uma solução. Solo unção?”  
Isso já se passaram  2 (dois) meses e 8 (oito) dias e... NADA!!

A incerteza paira sobre o futuro de milhares de pessoas e isso me remete “Nada de Novo no Front” um filme de 1930, ganhador do Óscar de Melhor Filme. Mostra o filme, um homem numa trincheira que gritava pedindo PAZ ao ver seus amigos morrerem na Primeira Guerra Mundial. A repercussão do filme na Alemanha foi tão grande, pela referência antibelicista, que durante as apresentações, os nazistas soltavam ratos pelos cinemas com o intuito  de desestimular e fazer o público desistir  de assistir tal película cinematográfica.
Será que soltaram ratos aqui também?



Desde o anúncio da intenção de um acordo, de dentro da minha trincheira venho  observando as expressões, os corações e as mentes dos meus pares, colegas e amigos de longa data, que esperam um anúncio que seja competente com aquilo que já foi julgado e por nós obtido como ganho de causa; não fossem os recursos que postergam a decisão final.
                                     
Logo agora que corremos sérios riscos, convivendo com a morte durante esse tempo e vendo as nossas “trincheiras” sendo atacadas por inimigos vulgarmente chamados de doenças e isso fica bem claro que pouco a pouco, nesse desabrigo, o sorriso de antes   (gerado pelo anúncio), não existe mais... murchou!                             
O semblante é de sofrimento e desânimo, o  que nos leva a questionar por que não há nada de explícito que caracterize um grito de alegria, pois já não conseguimos sequer sorrir neste Front onde não há Nada de Novo!

Ambiguidades à parte, na última cena do filme em questão, aquele “soldado” na trincheira tenta alcançar uma borboleta com a ponta dos dedos... uma cena tocante, comovente, emocionante!
Será que terminaremos assim... o meu grito, o nosso grito... ficará preso na garganta sugerindo um final triste e melancólico para aqueles que com todos os legítimos direitos não atendidos  não alcançaram a “borboleta” do Acordo do Aerus”.

Face a essa guerra sem quartel,  dentro de alguns dias seguirá para um Front muito perigoso, um valoroso colega e  amigo que permanecerá em greve de fome, lutando mais uma vez contra essa falta de respeito imposta aos que legitimamente têm direito a uma velhice digna, pois para isso pagaram vultosas quantias e que hoje se submetem a toda sorte de impropriedades e constrangimentos. Que possam se aliar a ele, todos os colegas e amigos de voo ou de terra, da Varig, da  Transbrasil e/ou outras empresas participantes do Aerus, que gozem de boa saúde e queiram aderir a esta manifestação de  protesto pacífico para  adicionar forças e fazer um número que se destaque junto aos veículos da imprensa falada, escrita e televisada.
... E QUE A JUSTIÇA PREVALEÇA E SE IMPONHA!!

2 comentários:









  1. Como compreenderíamos ainda melhor, o significado do AGORA?

    Há uma explicação, que me soou bem convincente. (contudo minha verdade, pode não ser a sua)

    Usar o que quiser por exemplo, o próprio braço, e apoia-lo horizontalmente sobre qualquer superfície.

    O que está ali? Passado, presente, e um futuro indefinido.

    Agora coloque o braço na vertical. Observa que o tempo como conhecemos, inexiste?

    Observa que o passado, presente e o futuro, estão todos existindo ao mesmo tempo?

    Observa que o que é chamado de futuro, já está acontecendo de infinitas maneiras?

    Compreende agora, que pode escolher, e não pedir, o que puder imaginar?

    E que isto significaria ... Terás, antes de Me pedir?

    Escolha, e observe os redemoinhos de energia.

    Este, sempre foi o caminho que fizeram todos os Mestres que por aqui passaram.

    Está a disposição, de quem quiser ...

    (IAD)


    Poderia isto auxilia-lo? Abraço, Ivan

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  2. Bom dia amigos, saí do Face e nem apareço no Twitter. estou muito estressada com tudo que vem acontecendo no Brasil.
    Não conheço esse país, fui criada e cresci e casei-me eu outro Brasil
    Procurei ajudar de alguma forma, com a minha trincheira, que era o meu Face Book.
    Porém não consegui, pois tem muitas melancias por lá.
    Assim como o gigante dormiu outra vez, fiz o mesmo, aconselhada por meu clinic

    Então ficarei deitada em berço esplendido.até segunda ordem do meu medico.
    Desculpem mas não dá mais...
    Beijos Janda.




    .

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