segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O que é PVC?

Jonathas Filho
Consultando no Google, em um segundo você saberá que tecnicamente esta sigla tem o significado de Policloreto de Vinil, que é formado basicamente por etileno e cloro. É um tipo de plástico... entretanto, “caricatamente” tem a conotação, mesmo que circunstancial, de a “Porra da Velhice Chegando”.
Nesse sentido, o que posso dizer da minha geração?

Imagem: Dreamstime
Não posso dizer que só envelhecemos. Muitos envelheceram um pouco; uns poucos envelheceram muito, mas pela Lei da Entropia, todos envelhecemos.
É, desse jeito... assim mesmo, moçada. Reduzem-se os funcionamentos dos nossos órgãos, ossos, tecidos e do mesmo modo o intelecto, incluindo conhecimento, inteligência, memória e todos os sentidos. Enfim, todo o nosso sistema orgânico-mental se degenera. Vai tudo ruir, vai tudo vir abaixo... a visão, os dentes, os cabelos, os peitos e bundas, etc e tal, não necessariamente nessa ordem, sendo uns mais lentamente do que outros, porém, saibam todos desta Corte que, inexoravelmente, já começou o fim. É super natural isso acontecer, não temos que nos preocupar.

Será? Podemos interromper esse processo ou ao menos atenuá-lo?
Eu acredito que podemos reduzir essa velocidade de 100 km/hora para 5 km/mês. Diria o Obama, “Yes, we can!”. 

Sim, nós podemos. Isso nos aconteceu porque não demos muita atenção ao nosso estado físico-mental e, na realidade, não deveríamos ter deixado tais funções a cargo de um “piloto automático” numa baixa altitude, que com atitude “baixa” e perigosa foi voar dentro de uma aerovia sem placas informativas que poderiam ter modificado sobremaneira o nosso destino e o jeito de pousarmos nessa idade, apesar de sustentados numa velocidade que nem deu para perceber o nosso desgaste. 

Pousamos nessa pista sem marcações, num aeroporto inacabado, sem a infraestrutura mínima para atender essas senhoras e senhores agora com dificuldades em quase todos os aspectos. Vamos parar e pernoitar num novo modo de viver. E vamos adicionar esse pernoite a vários dias inativos, num número ilimitado, usufruindo desse paradisíaco lugar chamado Vida. E agora, porque não mudar o ultrapassado modo de pensar e interpretar, por um jeito bem mais juvenil, tipo maior abandonado despreocupado, sem lenço e sem documentos, tampouco sem “razões” para ser um rebelde sem causa.

Por razões que até a razão desconhece, somos todos feitos de energia e informação, com o corpo agrupando tudo isso em forma de células que sempre se regeneram e, sem que nós prestemos a devida atenção, elas se recriam, se purificam, se convertem. Vivemos num fluxo bioquímico fantástico e em um ano, quase 100% dos átomos dessa nossa fuselagem, incluindo os motores, juntamente com as nossas estranhas entranhas, serão reconstruídos ou substituídos. Os nossos ossos se regeneram em noventa dias, o nosso fígado em quarenta e cinco dias, a pele em trinta e o epitélio, que é a camada superficial da córnea se regenera em apenas sete dias. Um arranhão superficial, em alguns minutos, já entrará em fagocitose que é parte do veloz processo de cicatrização, desaparecendo pouco a pouco, dia a dia e não deixará marcas na próxima troca de pele. Um arranhão na moral pode ser eterno, mas não estamos, por enquanto, tocando nesse assunto.

A ciência moderna começa a descobrir que tradições espirituais nos dão conta da existência de Mestres que preservaram a juventude de seus corpos até idade muito avançada. Hoje, chega-se à conclusão que uma vida bem vivida pode durar quase 200 anos. Uau!!! Portanto, brevemente, muita coisa deverá ser modificada, muitos conceitos serão alterados e certos paradigmas serão descartados. O reestudo da Vida, como processo natural, já está acontecendo.

No Ocidente, bem menos do que no Oriente, nasceram sábios que reconheceram a essência da sua própria natureza como um fluxo de inteligência. No hinduísmo isso significa prana que pode ser entendido como força fundamental, mas que pode ser dosado ao sabor da vontade do ser humano esclarecido e iniciado nesse nível de conhecimento. Os iogues mobilizam o prana usando a força da concentração, pois num nível profundo se entende que concentração e prana são a mesma coisa

Nessa concentração, podem assumir outros níveis psicossomáticos e fazer com que o pensamento desloque um elemento químico, fazendo com que hormônios lhes causem sensações; podem tirar a dor, aumentar ou diminuir a frequência cardíaca, podem aumentar ou diminuir a temperatura corporal, podem até viajar no tempo e na mayonaise. Como exemplificação que isso nos pode ser estabelecido mesmo que inconscientemente: um soldado na trincheira recebe uma amorosa carta de sua namorada da qual tem enorme saudade, e ao lê-la nem se dá conta dos petardos que caem ao seu redor. Absorto, lê e relê várias vezes e de tão concentrado que está na leitura, em pensamento consegue vê-la e senti-la como na despedida e também em outros “slides” que a mente lhe mostrará e repassará indefinidamente. Sem querer, poderá ficar assim, ali parado no tempo, por tempo indeterminado como um sikh meditando.

Fenômenos psicossomáticos são aqueles que agregam ou retiram sensações. Um atleta, durante um exercício de musculação com pesos, induz que sem dor não terá ganho de massa muscular porque ele sabe que quando o músculo sente a dor provocada pelo exercício ele terá hipertrofia e, consequentemente, aumento de massa muscular. Trata-se aí do famoso, “No pain, no gain!”. Simples assim.

Baseada nestas simples descobertas, a nova medicina da mente e do corpo, vem revolucionando o modo de viver de muitos que querem viver mais e viver melhor. Só depende de se mudar o foco, pois aquele mesmo soldado pode ter “preguiça” e uma certa revolta se o sargento o mandar fazer exercícios, para estar sempre em boa forma física para o combate, enquanto um atleta pode estar altamente estimulado pelo seu treinador, treinando exaustivamente, com uma incomensurável vontade de vencer “aquela” maratona. Depende muito do “incentivo” aplicado. Tanto a carta da namorada era uma motivação quanto a vontade de vencer. Questão de foco, mas acima de tudo, de uma escolha de Vida.

A motivação que se deve passar para o subconsciente é a de viver plenamente bem.

Há que se desfazer de antigos arquétipos e mudar o modelo e a forma de pensar, passando a interagir com a mente e o corpo de forma holística, equilibrando energias e emoções.
Disse Freud que a morte tem como alvo tudo que vive, mas eu repilo veementemente tal assertiva e retruco ao pai da psicanálise que só quem pensa na morte é quem quer se aproximar dela.

Meu conselho é: VIVA A VIDA, aperte agora o botão ON do seu controle mental e mude de canal para o HOJE. O passado de ontem “já era” e o futuro amanhã ainda não é. Viva o presente, faça apenas isso. Use-se e não deixe os outros sequer tentarem lhe usar; afaste-se dos maus humores e dos mal-humorados. As rugas são naturais, o cabelo grisalho também, o tônus muscular pode ser melhorado, mas a massa cinzenta tem de ser exercitada sempre; diuturnamente.

Independente de outros exercícios físicos que queira adotar como forma de bem viver, exercite também seu cérebro que é o “dono de tudo”. Escreva qualquer coisa, versos, poemas, crônicas... enfim, textos que sejam só para você fixar no papel ou na tela do seu computador e depois leia. Posteriormente, veja o que pode ser melhorado, faça uma lapidação aumentando o brilho, cortando ou acrescentando detalhes. Depois se quiser, apresente os textos aos seus amigos e peça que eles também analisem criticamente para que você possa aquilatar suas qualidades ou defeitos literários. Se quiser, tente que seja publicado em algum veículo de comunicação como jornais, revistas ou blogs.

Incentive a sua leitura, lendo aquilo que combina com o seu gosto, aventure-se pelo desconhecido e faça também as suas analogias e as críticas. Grave ou grife o que lhe “chamar a atenção” para forçar você a lembrar sempre a sua intenção de decifrar os mistérios da literatura.

Faça aquilo que você sempre teve vontade de fazer e não pôde porque estava preso a outras atividades.

Dê asas à imaginação e faça do seu jardim um prazer interminável, plantando, podando e vendo brotar e florescer begônias, hortênsias, manacás e nessa roda viva, delicie-se com cores e cheiros, além do prazer de ser reconhecido como um “dedo verde”.

Escute música, aprenda a tocar um instrumento. Viaje sempre que puder. Viaje de trem apreciando a paisagem verdejante; viaje de navio, e em cada pier desça e tome um bom vinho do Porto.

Se tiver pressa de chegar para abraçar quem muito longe está e que ansiosamente o espera, então vá de avião.

Viaje, nem que seja pela Internet, vendo um PPS ou fotos nos sites de localidades.

Viaje na sua rede social e encontre seus amigos da infância, da escola, do trabalho, da academia.

Aprenda a pintar em aquarela, tinta acrílica ou óleo e divirta-se com traços, luzes e sombras.

Faça sempre que as suas mãos produzam o que a sua consciência elaborar; consciência é Vida.

Fotografe, afinal uma imagem vale muito mais do que mil palavras e delicie-se com essas imagens.

Meus caros amigos, isso não é secreto; todos sabem que quando os olhos não veem, o coração não sente. Portanto, cerque-se de coisas boas que possa ver e sentir.

As boas sensações são psicossomáticas e agem de modo eficaz no sistema imunológico, criando verdadeiras barreiras “sanitárias” como agentes antioxidantes, dando mais vigor e energia a esse templo chamado corpo, retardando o envelhecimento. Não teremos a mocidade infinita, entretanto, seremos discretamente felizes, sem o apego a algumas imposições fashion, calcadas no incessante e intenso modo de viver das grandes cidades, que invocam o consumo de desenfreadas alegrias e loucos prazeres, que podem incentivar uma forma de viver desregrada e urgente como se não houvesse amanhã, além de outras loucuras que podem mesmo tirar a consciência e até a própria vida.

Pare de recordar romances passados da sua juventude porque, como você mesmo sabe, nunca mais voltarão a existir. Sentir essa amargura só irá lhe ferir mais e com as suas próprias lembranças.

Diz-se que recordar é viver e sofrer duas vezes pela mesma coisa. Pare de tentar rejuvenescer, de tentar exaustivamente tirar a barriga, de usar de todos os truques para ter cabelo novamente e de querer ter a tez lisinha e sem rugas. Suas memórias estão nesse corpo e não adianta tentar expulsá-las.

Não fique preso pelas aparências, liberte-se dessas superficialidades. Não tente ser uma caricatura de você mesmo, faça caricaturas dos outros. Seja você, autenticamente você e libere-se, vivendo o você que existe agora, fazendo o máximo para ter satisfação, prazer, alegria, amor e paz. Saboreie a música da vida desistindo do ruído do passado, afastando-se do barulho do futuro. Sinta o sol das manhãs e faça da manhã o seu artifício para resgatar o bom humor de outras mentes oclusas; dê-lhes a luz de uma alegria e veja muitos lábios se abrindo em sorrisos e regozije-se com isso. Não compactue com os exageros; os extremos são perigosos.

Assuma viver com dignidade dando o perdão como bálsamo a você mesmo; seja nobre sempre, seja bom e generoso, sinta a Quinta-essência internalizada e despeça-se das mágoas. Use-se do modo mais conveniente que entender, dando si o que for bom para você, admire-se e se goste, amando-se e se respeitando por toda a vida, num casamento perfeito de corpo, mente e espírito.  



E que essa nova vida dure a eternidade e mais seis meses. Amém! 
Título e Texto: Jonathas Filho, dedica este texto a todos que querem viver mais e melhor.3-11-2014

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