quinta-feira, 7 de maio de 2015

Fardo

Rodrigo Adão da Fonseca

Foto: Mário Cruz/Lusa
O Governo tem a obrigação de desenvolver todos os esforços para concluir, até ao final da legislatura, a privatização ou fecho da TAP, caso não surjam interessados.
Privatizar/fechar a TAP, porque há muito que não existe um interesse público que justifique o enorme fardo que representa para os contribuintes.

A TAP há muito que não existe para assegurar ligações fundamentais, focando-se a Administração numa estratégia inglória que a possa tornar rentável. Há que gerar ‘cash' para manter a operação e alimentar as gorduras. Por isso se concentrou no mercado do Brasil e em algumas ligações africanas, ao mesmo tempo que ignora rotas tão essenciais como Benguela, Boston, ou Pequim. Hoje, grande parte das ligações de Portugal ao mundo são asseguradas pelas companhias internacionais, convencionais e low-cost, bem implantadas no nosso país.

Os novos tempos não acomodam nem corporativismos nem saudosismos de base ideológica. O verdadeiro interesse público, hoje, situa-se precisamente em combatê-los, não em mantê-los.
Título e Texto: Rodrigo Adão da Fonseca, Diário Económico, 7-5-2015

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