Luciano Henrique
O que vou escrever aqui pode
ser polêmico, mas infelizmente na atual configuração de guerra com o PT devemos
fazer alguns sacrifícios iguais aos feitos pelos aliados na luta contra os
nazistas na Segunda Guerra Mundial. O fato é que os métodos tradicionais de
reação não funcionarão. Então, ao menos em alguns aspectos, devemos estar
prontos para a dureza de uma guerra.
O fato é que o PT joga sujo,
em todas as instâncias da guerra política. Se nada for feito, eles conseguem o
poder totalitário. Ou seja, não podemos deixar de fazer nada. Mas não podemos
também sermos os “santinhos”. Temos que entender a dureza do combate e, de
acordo com nossos princípios morais, tomar algumas ações mais do que úteis.
As manifestações do Paraná
foram feitas para criar um discurso de “coitadinhos”, pois, em ações
terroristas, pessoas do MST, Black Blocs e outros aparelhos do PT partiram para
cima da polícia. Como eles perderam o apoio da sociedade, essa será a tática
decisiva para eles. Alias, lá no Paraná não deu certo. Se eles acharam que isso
iria resultar em manifestações por todo o Brasil, deu em água. Mas o fato é que
eles vão tentar de novo, agora em São Paulo. E de novo no Paraná. E em qualquer
estado governado por opositores. Alias, as greves de professores tem ocorrido
em estados governados por opositores do PT. Não nasci ontem.
A tática bolivariana é esta:
1) Efetuar ataques terroristas
infiltrando-se no meio de professores
2) Obter a reação da polícia
diante do terrorismo
3) Expor as pessoas que
sofreram a reação como “vítimas”
Ou seja, este é um jogo fácil
para eles, pois basta executarem o passo 1, já que as mentes normais irão
buscar a defesa. É aqui que a tática de retorno precisa ser mudada. Como eu já
disse antes, temos que assumir que lutamos com perfis sórdidos como eram os
nazistas. Não podemos usar o pensamento tradicional. Temos que olhar para
estratégias de guerra mais avançadas.
A solução é a seguinte: na
próxima tentativa de invasão de assembléia (ou de qualquer outro ambiente
democrático), a polícia precisa se organizar em faixas diferentes. O erro no
Paraná foi tentarem defender um espaço muito grande. Observe que a polícia
estava fora da Assembléia. A tática agora deve ser a seguinte. Organizar uma
barragem de policiais apenas de “paz e amor”, que estaria ali para não oferecer
resistência (e nem justificar violência). Essa faixa inclusive só comunicaria,
por megafones, que é ilegal a invasão do local, mas não faria nada. Uma turma
de policiais filmando a invasão seria o ideal. A partir daí, os invasores poderiam
destruir tudo que vissem pela frente. A polícia não faria nada em relação a
isso. Mas aí eles chegariam na entrada da Assembléia, que estaria reforçada com
muralhas anti-invasão.
Ou seja, eles só poderiam
entrar na Assembléia realizando um ato de destruição terrorista ainda mais
explícito, o qual seria filmado por esses policiais. Mas e se eles conseguirem
destruir a muralha? Não importa. O que importa é que eles sejam filmados
fazendo isso. E então, após terem feito isso, as imagens já vão ser expostas e
dificilmente a mídia conseguirá escondê-las. E então, nos corredores que levam
à Assembleia, eles encontrariam a Tropa de Choque. Mas observe que essa tropa
só seria encontrada após eles terem feito uma destruição do patrimônio público.
E enfim, essa tropa poderia agir.
Esta é uma ação que frustraria
a tática bolivariana. Infelizmente, a Polícia Militar do Paraná não percebeu
esta tática. E por isso agora estão aturando capitalizações petistas. Para
estes últimos, a coisa é suja neste nível mesmo. Enfim, ou nos preparamos
mentalmente para este tipo de confronto ou eles se dão bem.
Com esta tática, os petistas
se darão mal em termos políticos. E daí é claro que eles dirão que “a polícia
amoleceu”. Mas aí é só dizer: “O que você queria que a PM fizesse? Estamos aqui
para garantir a segurança dos manifestantes”. Pode parecer cínico? Sim. Mas
lembre-se que é como lutar contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 3-5-2015
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