quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Bruxelas felicita Governo, mas avisa que reformas têm “decisivamente” de continuar

O vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, diz ao Observador que "as reformas estruturais têm de continuar decisivamente", para que as melhorias da situação do país tenham efeitos práticos.

Foto: AFP/Getty Images

Catarina Falcão
A Comissão Europeia felicitou esta quinta-feira as autoridades portuguesas pelos progressos, mas avisou que para consolidar o crescimento do país “as reformas estruturais têm de continuar decisivamente”. Valdis Dombrovskis, vice-presidente do Euro, diz ao Observador que os progressos do país em termos de consolidação orçamental se vão traduzir numa melhoria sensível da situação social, mas apenas se o país continuar com os esforços de disciplina nas suas contas.

No seguimento da apresentação das previsões de outono da Comissão, Valdis Dombrovskis, fez uma menção sobre Portugal, felicitando o Governo, mas deixando avisos ao país. “Felicito as autoridades portuguesas pelos progressos significativos alcançados no relançamento da economia, que passou de uma taxa de crescimento de 0,9% no ano passado para cerca de 1,7% este ano e no próximo e provavelmente ainda mais em 2017. […] Para consolidar tais benefícios e acelerar ainda mais o crescimento económico e a criação de postos de trabalho, as reformas estruturais têm de continuar decisivamente“, concluiu o comissário europeu, em declarações ao Observador.

Falando sobre os números de desemprego de Portugal, Dombrovskis mencionou a diminuição do número de pessoas sem trabalho, assegurando que “este relançamento traduzir-se-á numa melhoria sensível da situação social”. No entanto, a condição do país só vai melhorar assumindo “que as reformas empreendidas prosseguirão a um ritmo sustentado e de modo a gerarem crescimento económico”.

Para Bruxelas, “a situação das finanças públicas já dá mostras de estar a beneficiar das reformas estruturais levadas a cabo até agora, com o défice e a dívida pública a diminuírem nos dois próximos anos”, mas para manter “o crescimento económico e a criação de postos de trabalho, as reformas estruturais têm de continuar decisivamente”. 
Título e Texto: Catarina Falcão, Observador, 5-11-2015

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