quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Até Boff foi ressuscitado e instado a defender o indefensável

São Paulo, 13 de outubro de 2010. 
Brasileiros,
Permitam-me e tão apenas por ter recebido em cópia o e-mail abaixo reproduzido, e que circula fartamente pela internet, e posto que fale em democracia, mui respeitosamente opinarei. Trata-se de um texto escrito pelo teólogo Leonardo Boff e cujo remetente não se identifica e coloca em singelo prefácio:
Eu pensei que o Leonardo Boff fosse menos mal intencionado”.
Recebi tal e-mail em várias cópias com textos inclusos e sempre em tom desafiador de inúmeros petistas, ou comunistas que se diziam, em poucas palavras “de alma lavada” pela verborragia do ex -militante da Igreja Católica. Lamento pela expressão aqui colocada - “alma lavada”, já que comunistas não tem alma; pois se não creem em Deus - são ateus por auto definição máxima que lhes é imposta pela ortodoxia retrograda a que se submetem. Humilham-se como seres humanos não fazendo uso do livre arbítrio e do uso consciente de todos os sentidos para arrazoarem seus pontos de vista. Quem abre mão da liberdade de pensamento e não aceita a existência de um Ser superior; não tem percepção espiritual alguma.

Até Boff foi ressuscitado e instado a defender o indefensável
Oswaldo Colombo Filho
Leonardo Boff
Leonardo Boff não tinha nenhuma opinião que mal grado fosse reconhecida pela igreja católica, ou por pessoas de Q,I. minimamente elevado acima da ameba e que respeitassem o senso de amor ao próximo. Sua ‘teologia da libertação’ estava, e está ainda a servir aos interesses e uma dinâmica que fere a própria competência curadora de um processo democrático. Subverte valores, dissemina a distinção de classes como atributo a revoltar e não a equiparar ou corrigir; enfim, não segue o Evangelho pregando a união, a igualdade e a fraternidade. Esconde sob as vestes patriarcais uma visão torpe que a defesa da igualdade há de ser pela força. Um atraso de vinte séculos; pois o Senhor da Igreja que ele dizia seguir deixou em seu Evangelho um ensino completamente oposto.

Temos legados maravilhosos dados por Deus e que a todo o momento suscitam nosso ser e sequer nos damos conta disso. Um deles é a nossa própria vida e o outro é o livre arbítrio para dela fazer o que quisermos em tempo e passagem marcada pelos dois únicos dois pontos fatídicos e por nós incontroláveis, quanto nascemos e partimos. Neste transcorrer do tempo, e não importa quanto a dimensão que o relógio ou o calendário nos dê, há um teor que o Evangelho de Cristo nos ensina com absoluto primor e que se resume a “amar a seu semelhante como a ti mesmo”. Se o seguirdes, estará amando e respeitando a Deus, pois primará pela Sua obra – a vida. Se persistir nesse caminho jamais fará qualquer ato contra quem quer que seja, pois estaria atentando contra si próprio. São poucas palavras que podem resumir que: “Faça da sua vida um exemplo, não importa o tempo importa a qualidade”.
Minha fé é Cristã e raciocinada me distancia daqueles que usam de figuração teológica a iludir incautos e a cidadãos presumivelmente cultos da esquerda festiva. Beócios por opção, desperdiçadores de suas próprias vidas. Não concordo e repudio Boff que serviu a dois senhores ao mesmo tempo, certamente a um deles traiu, e assim sendo não é confiável por nenhum deles.
A Igreja o dispensou dos afazeres ligados a Santa Sé; será que do outro lado há crédulos?  Um homem que defende o Evangelho não pode se colocar defendendo guerrilhas na América Central, Movimentos Zapatistas que culminaram se perpetuaram no México com os cartéis de drogas em Tijuna - uma das cidades mais violentas do mundo– tal qual a FARCS na Colômbia – Boff bem conhece, é ladino quando fala e escreve. Colocou-se como homem de fé- “muitos virão em meu nome disse Cristo” (Matheus). Boff a princípio se encaixou nesta máxima; e quem continuar a vê-lo como pregador e de alguma moral digna de atenção, o faz porque já banaliza o mal ou é estúpido. Basta escolher em uma das duas opções para que crédulo de Boff se encaixe.
A alusão Boff, vem, pois se diz que tal manifesto do ex- clérigo, e segundo petistas arrigados na cor vermelha foi assinado por cerca de cinquenta eminente brasileiros amparando tal posição, que a fundo consolidam pensamento idêntico ao Lula da Silva manifestado recentemente – que a imprensa abusa ao atacar Dilma e Lula. Afinal não há motivos... “Temos que extirpar a oposição”; “a imprensa calunia cria fatos” vociferou o presidente em praça pública; isto é normal na democracia de Boff e de Castro. “Erenice Guerra” é obra de mentiras da mídia. Ora palavras de estadistas dignos e honrados. Tudo faz parte de mais um ato de que há algo de podre. José Dirceu atuou no mesmo sentido em seminário promovido recentemente pela CUT e PT na Bahia ressaltou “que a impressa no Brasil goza de excesso de liberdade”. Avaliem- Dirceu e Boff sempre unidos pelo mesmo monólogo. Duplas idênticas em qualificação ética encontraram em Sarney e Collor a apoiar e trabalhar pela candidatura de Dilma Vana Rousseff. Quantos eleitores estes “apoiadores” levam à candidatura imposta por Lula da Silva.Os que me escreveram continuem, pois não há nada melhor que o debate democrático.  Na democracia e liberdade que defendo, eu poderei continuar a falar bem ou mal do Governo; porém vocês vermelhos terão que silenciar ou fazer greve de fome como na vossa idolatrada Cuba quando quiserem qualquer coisa.
Enfim os vermelhos de todas as matizes – tomados da volúpia dos analfabetos por apresentarem uma contraposição por escrito ao Manifesto de Liberdade de Expressão lançado de fronte à Faculdade de Direito do Largo São Francisco em São Paulo - ficaram felizes que um digno representante de seus dogmas se apresentasse e assim atacaram, ameaçaram e pensaram em ridiculizar a todos que apoiaram aquela iniciativa. Soberbos imbecis.
São os vermelhos, petistas, e assim assinam por convicção ou deleite festivo e destes em grande parte sequer comem às próprias custas e evidente fruto da deficiente ou falida educação moral dentro dos seus lares. Num país onde Educação é prioridade, os adolescentes da classe média vão às escolas e agridem até fisicamente os professores? Certamente isto vem de casa; assim como a patente imbecilidade em escolher candidatos corruptos ao votarem. O pior voto não são dos incultos, são dos cultos imbecilizados na arrogância que dentro do livre arbítrio criam cidadãos, os seus próximo (filhos) tão imbecilizados e mal formados para vida quanto eles e colocam marginais a dirigir os destinos do povo. Triste efeito que verificamos nas urnas basta analisar os mapas eleitorais setorizados.
Nada de novo, a não ser que estamos no século XXI, era da informação e Boff continua a mentir com fazia trinta anos atrás. Discursivamente solta besteiras e pior ainda tem ainda público que lhe dá ouvidos. Acusa a mídia comercial,... qual TODA imprensa brasileiraSão factóides? QuaisA família de Erenice Guerra inserida em várias folhas de pagamento e fazendo negociatas no PlanaltoMensalão? Ou teme que outros possam surgir? Cita que a oposição prega o colonialismo. Nisto devo compactuar com o Boff  - desde já não devemos apoiar e dar crédito a ninguém que apoie aos “senhores da Capitania Hereditária do Maranhão” Quem os apoia? Ou quem deles imprescinde para a tomada do poder? A oposição?
São estes a ‘famiglia mafiosa a qual Boff se refere  e não a imprensa.
Interessante, vi num desses jornais da “imprensa comercial” – conforme definição de Boff , um factóide com uma foto caluniosa e imaginária, a Governadora eleita do Maranhão – Roseane Sarney desfilando em São Luiz em carreta em meio às bandeiras do PT que a saudavam. Boff perdeu o trem da história e continua o mesmo vilão de consciências, e a sua cantilena discursiva é o guizo da cascavel; porém a  época não combina com os fatos e aqueles que julga defender agem abertamente a luz do dia no melhor e mais completo padrão do fisiologismo. De fato o PT se reinventou, e hoje chegou ao lulo –petismo – fisiológico. De Lula a Sarney em menos de oito anos. Só não vê quem não quer, e Boff só é surdo.
Os vermelhos, e que deveriam ser assim por vergonha, felizes estão por reunirem cinquenta cidadãos capitaneados por Márcio Thomas Bastos, ex-Ministro de Lula da Silva. Um resoluto rubro escreveu-me “será que estes eminentes homens não representam a sociedade ao senhor”. Respondi; todos representam a sociedade e os iguais sempre se atraem, de tal forma que logo percorri a lista em busca de outras assinaturas como a de Delúbio Soares; Marcos Valério; José Dirceu; Erenice Guerra; Waldomiro Diniz; Cezare Batista; Hugo Chávez; Tiririca; e outros afins.
Contudo prefiro o manifesto em conteúdo e por quem apresentado defendendo a liberdade de expressão. Foi lido por Hélio Bicudo que preside a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos, entidade ligada a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Um homem de vida ilibada. Um dos fundadores do PT. Ao seu lado o Cardeal Don Evaristo Arns que apoiou a criação do mito Lula, e ex- superior de Boff. Tenham certeza que ambos bem sabem o ovo de serpente que deixaram no ninho.
De fato lá estavam várias figuras dignas como o constitucionalista Miguel Reali Jr; o tributarista Ives Gandra; e outros tantos com mais dignidade, história, e postura ética dos que aqueles que se apresentaram para defender o indefensável – a supressão da liberdade de expressão, pois esta incomoda ao “filho do Brasil”. Isto está consagrado na carta de direitos humanos não é uma questão de opinião.
Quem apoia ou ignora o mal que estes causam são os maiores inimigos da nação e da sociedade.
Oswaldo Colombo Filho
Movimento Brasil Dignidade

Leonardo Boff: A mídia comete sim abusos ao atacar Lula e Dilma
O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Leonardo Boff
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o "silêncio obsequioso" pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o "Brasil Nunca Mais", onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida me avalisa fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de ideias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando veem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como "famiglia" mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos de O Estado de São Paulo, de A Folha de São Paulo, de O Globo, da revistaVeja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem desse povo. Mais que informar e fornecer material para a discusão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido a mais alta autoridade do país, ao Presidente Lula. Nele veem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma), "a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e não contemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes, nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo -Jeca Tatu-; negou seus direitos; arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação; conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)".
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles têm pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascedente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidente de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados, de onde vem Lula, e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e para "fazedores de cabeça" do povo. Quando Lula afirmou que "a opinião pública somos nós", frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas, importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, ao fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA, que faz questão de não ver; protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra, mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista; ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes?
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das más vontades deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.

Publicado em 23 de setembro de 2010, no site do PCdBVermelho
O texto acima, de Leonardo Boff, responde com perfeição à pergunta: 
Quem é injusto, neocolonial, neoglobalizado e, no fundo, retrógrado e velhista?

Um comentário:

  1. Então ressucitaram este cidadão que vive em eterna dicotomia?
    Enfim, quando este cidadão vai assumir sua condição de neo ateu?
    O Boff, é realmente, um porre!

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