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Batalha final, arte digital de Marcel Caram |
Peter Wilm Rosenfeld
Apesar de o adversário ter usado meios ilícitos no primeiro turno das eleições, em 03 de outubro, a guerra não foi perdida.
E nem o será se o Sr. Serra sair de sua soberba e utilizar todos os meios lícitos até o dia 31.
Está claro de que nessa luta não estão sendo usadas donzelas virgens e puras. Muito antes pelo contrário.
Lamentavelmente o Sr. da Silva esqueceu (ou ignorou propositadamente) de que é o Presidente do Brasil. Aliás, fez isso durante seus quase oito anos de mandato !
Na realidade, fez como se fosse o dono do País, presenteando com régias partes de nossas riquezas a seus novos amigos de infância; por uma rara coincidência, todos eles ditadores dos países que governam.
Internamente, abençoou e relevou todas as práticas ilícitas de que foram autores seus amigos e aduladores, principalmente quando pertenciam ao partido que, ao ser fundado, pretendia ser o exemplo de dignidade e de procedimentos democráticos.
Aliás, adotou idêntico procedimento com seus familiares, mesmo os mais próximos, tolerando (talvez até encorajando !) procedimentos ilícitos dos mesmos (sendo o caso mais emblemático o de seu filho, ex-empregado do zoológico de São Paulo, hoje um rico empresário do setor de jogos eletrônicos...).
O Presidente de um País que adota práticas verdadeiramente democráticas é normalmente designado como seu principal magistrado.
Pois o Sr. da Silva ignorou completamente esse fato. Fez o que quis, quando e quanto bem lhe aprouvesse. Jamais se portou como um juiz.
Em consonância com esse tipo de mentalidade, o Sr. da Silva foi buscar, para integrar seu Ministério em uma área técnica, uma relativa novata no PT (anteriormente pertencia ao PDT, fundado pelo Sr. Leonel Brizola).
Nascida em Minas Gerais, seu predicado maior era o de ter sido guerrilheira nos conturbados anos 60 do século passado.
Por formação profissional era economista, área em que não tinha apresentado qualquer trabalho de relevância. Ao contrário, houve-se muito mal nos cargos públicos(todos de livre nomeação, nenhum que exigisse concurso público) que ocupou no Rio Grande do Sul.
O Sr. da Silva a nomeou Ministra de Minas e Energia. Nesse, seu maior e mais notório feito foi o de ter sido a comandante do apagão que deixou mais da metade do Brasil sem energia elétrica durante alguns dias. Aliás, até hoje jura que aquele acontecimento não foi um apagão...
Ficaram sem luz durante muitas horas 18 estados brasileiros e todo o território paraguaio. E a Sra. Rousseff jura que não foi apagão...
Em 2005, quando do “estouro” do mensalão, tendo em vista o brilhante desempenho de sua Ministra de Minas e Energia, o Presidente da Silva a transferiu para o mais poderoso ministério do País, o da Casa Civil. Com isso, a Sra. Rousseff passou a ter seu gabinete no Palácio do Planalto, virtualmente junto ao da Presidência.
Nesse seu novo cargo, a Sra. Rousseff se destacou por sua fidelidade canina (com o perdão da expressão) a seu chefe imediato.
Mas continuou com seu mau costume de não assumir a responsabilidade por seus atos, deixando muito mal seu Chefe.
Dois acontecimentos foram emblemáticos: convocou a seu gabinete a então Secretária da Receita Federal, a fim de lhe determinar que baixasse o peso da mão da Receita sobre a família Sarney. Quando esse assunto se tornou conhecido do público, negou que tivesse havido o encontro.
No outro dos casos, aprovou (como era de sua competência) o lamentável e diabólico 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), sancionado em seguida pelo Presidente da República.
Quando a redação desse Plano veio à tona, gerando uma das maiores revoltas (pacíficas, diga-se) da sociedade, a Sra. Rousseff mais uma vez, covardemente, tentou se esquivar !
Pergunto, então: é essa cidadã, fracassada em tudo, que os brasileiros desejam para ocupar o mais importante cargo da República ? Provável e possivelmente teleguiada pelo Sr. da Silva ?
Tenho certeza de que se o comportamento do PSDB e de seus poucos aliados for correto, a Sra. Marina Silva, declarará – e sugerirá a seus seguidores que sufraguem, o nome do Sr. Serra em 31 de outubro.
Por correto não necessariamente incluo a distribuição de cargos. Refiro-me a programa de governo e o respeito pelos demais votantes e dirigentes partidários.
Como me considero um bom e decente cidadão, que nada fez em sua longa vida para desmerecer quer seu currículo quer o nome do Brasil, desejo ansiosamente o melhor para o País.
E esse “melhor para o País” certamente não comporta mais um governo de mensaleiros, de gente que esconde valores em suas meias, cuecas ou outras peças de vestuário, de supostos brasileiros que têm como seu principal objetivo de vida o enriquecimento ilícito, com dinheiros de comissões em obras públicas e demais artimanhas que todos conhecemos.
Espero não ser decepcionado. Com meus então 79 anos de vida, votarei com entusiasmo; meu voto será, certamente, A FAVOR DO BRASIL !!
Peter Wilm Rosenfeld
Porto Alegre, 06 de outubro de 2010
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