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DC-7C, Panair do Brasil, 1958/1961. Foto: desconhecido, colaboração: Rodolfo Waltemath |
Artur Xexéo
A perseguição que o empresário Mário Wallace Simonsen sofreu da ditadura militar nunca foi bem contada. Homem mais rico do Brasil nos anos 60 do século passado, dono da Panair, da Rede Excelsior de Televisão e da maior empresa de exportação de café do país, Simonsen teve todo o seu patrimônio desmantelado à medida que os militares se acomodavam no poder. Sua trajetória sempre a aparece como periférica quando se relatam as questões econômicas no período militar.
Esta semana, há uma chance de se conhecer uma obra em que Simonsen é um dos protagonistas. Em cartaz nos cinemas, o documentário "Panair do Brasil", de Marco Altberg, conta, com a maior profusão de detalhes revelados até agora, a estranha história do fim daquela que foi, no seu tempo, a maior empresa aérea brasileira.
Junto com imagens de uma época em que um vôo entre Rio e Lisboa demorava 22 horas - com duas tripulações que se revezavam no atendimento aos passageiros e camas na primeira classe -, uma série de depoimentos dos descendentes dos homens que construíram a empresa retraça a trajetória dos aviões da Panair desde os tempos da Segunda Guerra Mundial, quando foi criada, até ter suas linhas cassadas em 1965. Ex-aeromoças, ex-comandantes, herdeiros ajudam a compor uma trama de glamour e vilania que garantiria o sucesso de qualquer novela das oito.
Norma Bengell conta como os comandantes da Panair levavam para Roma, onde morava, o frango assado feito por sua mãe aqui no Rio. Isabela, a primeira Capitu de nosso cinema, recorda seus tempos de aeromoça na companhia. Mary Lou Simonsen relata os últimos dias de vida de seu pai em Paris. Só falta a versão dos militares para, enfim, se entender por que Mario Wallace Simonsen foi tão perseguido. No mais, fica perfeitamente claro por que Milton Nascimento e Fernando Brant cantaram as saudades dos aviões da Panair.
Esta semana, há uma chance de se conhecer uma obra em que Simonsen é um dos protagonistas. Em cartaz nos cinemas, o documentário "Panair do Brasil", de Marco Altberg, conta, com a maior profusão de detalhes revelados até agora, a estranha história do fim daquela que foi, no seu tempo, a maior empresa aérea brasileira.
Junto com imagens de uma época em que um vôo entre Rio e Lisboa demorava 22 horas - com duas tripulações que se revezavam no atendimento aos passageiros e camas na primeira classe -, uma série de depoimentos dos descendentes dos homens que construíram a empresa retraça a trajetória dos aviões da Panair desde os tempos da Segunda Guerra Mundial, quando foi criada, até ter suas linhas cassadas em 1965. Ex-aeromoças, ex-comandantes, herdeiros ajudam a compor uma trama de glamour e vilania que garantiria o sucesso de qualquer novela das oito.
Norma Bengell conta como os comandantes da Panair levavam para Roma, onde morava, o frango assado feito por sua mãe aqui no Rio. Isabela, a primeira Capitu de nosso cinema, recorda seus tempos de aeromoça na companhia. Mary Lou Simonsen relata os últimos dias de vida de seu pai em Paris. Só falta a versão dos militares para, enfim, se entender por que Mario Wallace Simonsen foi tão perseguido. No mais, fica perfeitamente claro por que Milton Nascimento e Fernando Brant cantaram as saudades dos aviões da Panair.
Artur Xexéo, in "O Globo", 12-11-08
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