quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aos assaltados aposentados pelo Aerus

Este soneto abaixo é homenagem a nós, aposentados do AERUS. É possível que a palavra "assaltado" seja forte demais, entretanto, não consigo outra no momento. Um abração do
Ever Botelho

Aos assaltados aposentados pelo AERUS













Visão atual

Já é noite e alto soa o campanário!
Na escuridão, apenas as falenas
Brincando em revoadas, às dezenas.
Há mãos angelicais sobre o sudário.

Ouço passos vorazes das hienas,
À luz de um sol ausente, involuntário:
É noite, e simplesmente o argentário,
Guarda réstias de pratas, obscenas.

Na penumbra, resguardo-me em couraça
dos espetros noturnos, embuçados,
A todos conduzindo para a cruz.

É noite! dobram sinos à ameaça,
Só restando cantar os nossos fados
Nas ânsias de uma lâmina de luz. 

Ever Botelho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-