O que está acontecento presentemente com a Argentina, que também é um pais emergente, com índice de crescimento anual acima de 8%, é um claro exemplo do perigo iminente. A crise atual provocada pelo descontentamento dos produtores rurais, já chegou à economia, com reflexos diretos no sistema bancário. Somente em maio/08, o Banco Central teve que reduzir suas reservas cambiais em mais de US$ 3 bilhões, e muito pior que isso, a população, ao invés de depositar no sistema de poupança, sacou cerca de US$ 2.8 bilhões de suas reservas, com medo da crise.
Certo, portanto, que investimentos com prazo muito longo de resgate, ainda mais em forma de pecúlio, como é o caso do sistema nacional ded previdência complementar, em um país onde o governo nada garante, e existe risco de instabilidade, como no momento presente, onde a inflação dá sinais de início de um galope, é um péssimo negócio.
Sinceramente, eu acho que todas as pessoas, que aplicam, ou que pretendem aplicar em previdência complementar, deveriam pedir ao gerente de seu banco, que explique todas as situações que estamos aqui discutindo, até que possa estar totalmente convencido que seus investimentos nessa modalidade de aplicação, não correm nenhum risco.
- Esse é o ponto Doutor. Se acharmos que o investimentoem previdência complementar não é seguro, onde aplicar nossas economias? - questionou interessado, Mané Pato V.
- A preocupação com o sistema bancário e securitário, será sempre no longo prazo, pois, todos os investimentos à vista, podem ser resgatados de imediato, ou em dois ou três dias, caso das negociações na Bolsa de Valores, e aplicações nos Fundos de Investimentos.
- Os investimentos na Bolsa são seguros?
- Existem dois aspectos a serem considerados. No primeiro deles, colocamos a rentabilidade, que pode ser na Bolsa, maior ou menor que as aplicações em fundos ou em poupança, pois dependem da oscilação do mercado de ações. O segundo aspecto seria a segurança. Quando você adquire ações na Bolsa, o que deve ser obrigatoriamente feito através de uma corretora credenciada, você tem tripla garantia, além do fato de poder realizar seu capital e os lucros, no momento que desejar. A primeira garantia é o da própria corretora, que obrigatoriamente estará devidamente registrada na Bolsa, portanto, com certificado de idoneidade. A segunda garantia é da própria Bolsa de valores, onde podem ficar custodiadas suas ações, e terceira, e talvez a mais importante, vem da empresa emissora das ações. Por exemplo: ao adquirir ações da Petrobrás, Vale, ou Banco do Brasil, seu investimento estará suportado pelo patrimônio dessas tradicionais empresas, que assinam os papéis, pagando inclusive dividendos e juros, em consonância com decisões toamadas em assembléias gerais de acionistas.
Se quiser ser ainda, mais precavido, o cidadão pode aplicar em caderneta de poupança. A caderneta de poupança, que permite o resgate imediato de seus recursos capitalizados, oferece remuneração fixa de 0,5% ao mês, mais a variação da TR, e conta com a garantia do Fundo Garantidor de Depósito, até o valor de R$ 20 mil.
Como vimos, o investidor não conta rigorosamente, com garantia oficial para eventuais perdas dos recursos investidos, porém, os investimentos que permitem resgates em curto prazo, sem perda de rendimentos, que não é o caso dos planos de previdência complementar, dão muito omais segurança e tranquilidade.
Por último, existem os investimentos com garantias físicas reais, como ometais preciosos (ouro, prata, etc.), que podem ser guardados pelo próprio investidor em locais seguros com cofres bancários por exemplo.
- Pois é, meu filho, acho que será importante alertar nossos amigos sobre os sérios riscos que eles correm em aplicar nos planos de previdência complementar, pois tenho certeza que nenhum deles sabe ainda, que o governo não garante nada - concluiu Mané Pato.
- É verdade! aliás, eu acho que as propagandas dos planos de previdência complementar, veiculadas pelos grandes bancos, na televisão, deveriam conter um aviso, igual aos que aparecem nas propagandas de medicamentos e bebidas alcoólicas. Seria mais ou menos assim:
"Atenção! O Governo não oferece nenhuma garantia sobre os investimentos em previdência complementar" - ironizou Mané Paro IV.
- Então, quais são as nossas perspectivas Doutor?
- Quanto a isso, existe um pradoxo a ser considerado, pois a solução está ao mesmo tempo, muito perto e muito longe. Para explicar, vou utilizar uma palavra desprezível e que não deveria existir no vocabulário dos homens de bem, engajados no projeto de trazer justiça e dignidade à população do Brasil: A palavra é: vontade política.
Final:
Vale a pena? - A história de um Mané Pato (final)
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