A presidente Dilma Rousseff (PT) ao tomar posse, em seu discurso no Congresso, disse e repetiu mais de uma vez que o principal objetivo de seu governo será erradicar a pobreza extrema e melhorar a vida dos brasileiros que estão na miséria: “Enquanto houver brasileiros sem comida, famílias no desalento das ruas e crianças abandonadas à própria sorte”.
Esta frase soaria bem se ela estivesse fazendo um novo governo, mas como ela, como todos sabem, está seguindo o governo já existente, cabe uma pergunta: Por que ela, durante o período de seis anos que foi a segunda pessoa da República, como titular da Casa Civil, nada fez de significativo em prol dos menos favorecidos?
Aliás, o trabalhador foi chamado ao sacrifício mais uma vez. O aumento do salário mínimo ficou abaixo da inflação pela primeira vez desde 1997. Em 1º de janeiro, ao ser elevado de R$ 510 para 540, o que, considerando o INPC estimado pelo governo, corresponde a uma perda de 0,5% de seu poder de compra. Para pelo menos repor a inflação do ano passado, o mínimo deveria subir para exatos R$ 542,69, valor que provavelmente teria de ser arredondado para R$ 545, para facilitar os saques em caixas eletrônicos.
Os aposentados, depois de trabalhar uma vida, vêem sua ancianidade totalmente desrespeitada, são considerados como algo inútil. O novo piso salarial para os aposentados será do mesmo valor que o daquele mínimo. Para os benefícios com valor acima do piso, ficou definido que o índice de reajuste será de 6,41% – valor 0,5 ponto porcentual acima da inflação oficial (IPCA), que deve fechar, segundo a Pesquisa Focus, em 5,90% em 2010.
Esta é a situação da grande massa de trabalhadores e aposentados brasileiros, que além de enfrentar dificuldades para viver, tomaram uma bofetada, com o escandaloso e obsceno aumento 61,83% para os parlamentares, 133,96% para o presidente da República e 148,63% para o vice-presidente e para os ministros.
A presidente Dilma Rousseff, como demonstrou mais de uma vez, é patologicamente mentirosa e não fugiu a esse mal em seu primeiro discurso, quando afirmou que não descansaria enquanto houvessem necessitados no país, pois mandou seu ministro da fazenda Guido Mantega dar um recado aos Congressistas que pretendem um salário mínimo de R$ 580 ou R$ 600: “Nesse momento é temerário aumentar acima de R$540. Se vier algo diferente, vamos simplesmente vetar. Aumento acima do previsto vai causar deterioração das contas pública” disse o ministro.
Quer dizer, o que vai deteriorar as contas públicas é esse irrisório aumento, mas para a presidente, o vice, os ministros, senadores e deputados, o nababesco aumento não refletirá em nada.
Dona Dilma a senhora está começando mal.
Giulio Sanmartini/Andréa Haddad, do blog "Prosa & Política", 05-01-2011
Dilma mostra o tamanho do que está preparado para os assalariados e aposentados. |
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