sábado, 15 de janeiro de 2011

[Portugal] “A entrada do FMI seria um problema para os lobbies”

João César das Neves. O economista disse ao Diário de Notícias, que os lobbies não querem que o FMI intervenha em Portugal. À Sábado (nº 347, 22 a 28 de dezembro de 2010) assegura que, quando este chegar ao país, não cederá a pressões nem a interesses.

A que lobbies se refere?
A situação atual em Portugal é devida, sobretudo, ao fato de termos uma quantidade de interesses que capturaram o Governo. Esses lobbies  são de setores, empresas, sindicatos, funcionários, médicos, professores que criaram a crise do Orçamento do Estado.

Com o FMI em Portugal, haveria um controle maior?
Quando o FMI entrar não cederá a este tipo de pressões, que neste momento estão a dificultar a austeridade ou a fazer com que a austeridade caia ao lado e não em cima deles. Com o FMI, podia fazer-se o que é necessário sem ceder aos interesses mais influentes politicamente.

Se o FMI tivesse vindo há um ano estaríamos melhor?
Fiz essa proposta há quase dois anos. Se tivéssemos ido diretamente ao FMI, sem sermos forçados pelos mercados, as condições seriam menos graves, porque o buraco seria bastante menor e teríamos tomado medidas mais cedo. O orçamento de 2010 já era suposto ser austero e não foi.

Acha que ainda não foram pedidos sacrifícios sérios aos portugueses?
A crise até agora só caíu em cima dos desempregados e das empresas falidas, que são uma pequena percentagem. Se este orçamento for aplicado, haverá subida de impostos, redução de salários e mais gente a sofrer, não esta injustiça que recai sobre os desgraçados do costume.

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