Ou seja, 2013
iniciar-se-á de fato na próxima semana.
Isso não quer
dizer que nada aconteceu até agora; muito antes ao contrário, especialmente
para nós, gaúchos, e particularmente para os moradores em Santa Maria, que
foram traumatizados com o bárbaro incêndio em uma boate, causando a morte de,
por enquanto, quase 240 pessoas, a maioria estudantes da Universidade Federal
da cidade. Já me referi a essa tragédia em meu artigo de 30 de janeiro.
Mas, como não
poderia deixar de ser, uma grande parcela dos gaúchos manteve seu hábito
costumeiro, de “veranear” em uma das praias ou em uma das cidades da serra
gaúcha. Destinos diametralmente opostos.
Passando a
cidade de Torres, que faz fronteira com Santa Catarina e onde se encontram os
últimos “acidentes” geográficos, o restante da orla é uma praia contínua até o
Chuí, na fronteira do Brasil com o Uruguai.
Atualmente há
incontáveis cidades e vilarejos em toda essa imensidão de quilômetros ao longo
do mar.
Algumas nem
merecem o grau de “cidade”; são ajuntamentos humanos com poucos habitantes,
ainda bastante rústicos, em que os moradores realmente “descansam”; outras têm
programação de shows musicais todos os fins-de-semana, casas e apartamentos de
primeiríssima qualidade e tudo mais que se possa desejar.
Falando de minha
experiência, conheci Torres em 1940; era pequena cidade, ainda bastante
primitiva.
Comecei a
frequentar (veranear, como dizemos) em 1950, no chalé de meu cunhado; em 1972
mandei construir minha própria casa, que mantive até 1999, vendendo-a então.
Em 1940, não
havia nenhum edifício residencial ou comercial na “cidade”. A partir dos anos
50, começaram a ser erguidos com dois, máximo 4 andares de apartamentos
residenciais.
Atualmente é um
paliteiro, uma selva de pedras, com edifícios de 18/20 andares, 2 a 4
apartamentos por andar.
Acabou-se o encanto!
As ruas não foram alargadas, os prédios (ou muitos deles, dos mais antigos) não
têm vagas de garagem compatíveis com a quantidade de carros, já ficou difícil
de conseguir vagas (espaço para pessoas) na praia, enfim, está surgindo o
inferno!
Mas, como nossa população
não para de crescer (a um ritmo acelerado) e como a maioria de nossas gentes
gosta dos chamados “agitos”, as comunidades já existentes continuam crescendo
e, ao mesmo tempo, novos pedaços de praia vão sendo povoados.
Estamos no ponto
em que, nos finais de semana e nos feriados mais longos, as cidades grandes
ficam virtualmente desertas e as da orla ficam impossíveis.
Claro que há
cidades que sempre têm muita gente. Talvez o melhor exemplo seja o Rio de
Janeiro.
Nos finais de
semana, para compensar o enorme êxodo de cariocas para suas belas
praias/cidades como Angra dos Reis, Parati e tantas outras ao Sul, Búzios, Cabo
Frio, S. Pedro da Aldeia e outras ao Norte, Petrópolis, Teresópolis e outras na
serra, a cidade do Rio de Janeiro se enche de turistas vindos de todo o Brasil
e do exterior.
A bela canção de
exaltação a Nova Iorque é perfeitamente aplicável ao Rio de Janeiro, talvez até
com mais propriedade, porque o Rio tem as belas montanhas a seu redor, que Nova
Iorque não tem...
Ah, e para
terminar, o Rio de Janeiro, além de tudo, tem seu carnaval (que muitas capitais
de estados brasileiros também estão promovendo!)
Pois é. Por isso
tudo, é que o ano de 2013 começará de verdade na próxima 2ª feira.
Não fossem: o
acidente de Santa Maria, trágico e triste; a eleição dos Presidentes do Senado
Federal e da Câmara dos Deputados, uma vergonha que teremos que carregar por
pelo menos dois anos, certamente teríamos um 2013 melhor do que teremos!
Título e Texto: Peter
Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS), 14 de fevereiro de 2013
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