terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O fecho do "círculo" social-fachistoide

Alberto de Freitas 


Daniel Oliveira, qualquer coisa no BE, escrevinhador do Expresso e profeta do socialismo-beato, botou um texto que, tempo atrás, seria inspirador para o nazismo alemão e fascismo italiano.
Para ele, o nosso problema está no Estado fraco. Tal conclusão, foi o suporte das ditaduras do século XX.
Reparando em algumas ideias base do fascismo italiano:
"O Estado deve ser o fator determinante de toda a vida social, nos seus aspectos mais diversos;
O Estado é um organismo que está acima das classes, as quais, enquanto existirem, serão todas consideradas e tratadas no mesmo plano;
A luta de classes será reabsorvida, sob a direção do Estado, em uma organização no seio da qual os diversos fatores da produção colaborarão direta e organicamente com o objetivo de procurar a melhor ordem a ser dada à produção e o sistema mais equilibrado de distribuição dos produtos"

Ou também do programa do partido nazi:
"A supressão dos rendimentos a que não corresponda trabalho ou esforço, o fim da escravidão do juro;
Exigimos a nacionalização de todas as empresas (já) estabelecidas como sociedades (trustes);
Exigimos participação nos lucros das grandes empresas;
Exigimos que se ampliem generosamente as aposentadorias;
Exigimos a constituição e a manutenção de uma classe média sadia, a estatização imediata das grandes lojas, e o seu aluguel a preços baixos a pequenos comerciantes, cadastramento sistemático de todos os pequenos comerciantes para atender às encomendas do Estado, dos Länder e das comunas;
Exigimos uma reforma agrária apropriada às nossas necessidades nacionais, a elaboração de uma lei sobre a expropriação da terra sem indenização por motivo de utilidade pública, a supressão da renda fundiária e a proibição de qualquer especulação imobiliária;
Exigimos uma luta impiedosa contra aqueles cujas atividades prejudicam o interesse geral. Os infames criminosos contra o povo, agiotas, traficantes etc. devem ser punidos com pena de morte, sem consideração de credo ou raça;
Com o fito de permitir a todo alemão capaz e trabalhador alcançar uma instrução de alto nível e chegar assim ao desempenho de funções executivas, deve o Estado empreender uma reorganização radical de todo o nosso sistema de educação popular. Os programas de todos os estabelecimentos de ensino devem ser adaptados às exigências da vida prática. A assimilação dos conhecimentos de instrução cívica deve ser feita na escola desde o despertar da inteligência. Exigimos a educação, custeada pelo Estado, dos filhos – com destacados dotes intelectuais – de pais pobres, sem se levar em conta a posição ou a profissão desses pais;
O Estado deve tomar a seu cargo o melhoramento da saúde pública mediante a proteção da mãe e da criança, a proibição do trabalho infantil, uma política de educação física que compreenda a instituição legal da ginástica e do esporte obrigatórios, e o máximo auxílio possível às associações especializadas na educação física dos jovens;
Exigimos que se lute pela lei contra a mentira política deliberada e a sua divulgação através da imprensa. Para que se torne possível a constituição de uma imprensa alemã.
...que toda participação financeira e toda influência de não-alemães sobre os jornais alemães sejam proibidas por lei, e exigimos que se adote como sanção para toda e qualquer infração o fechamento da empresa jornalística e a expulsão imediata dos não-alemães envolvidos para fora do Reich"

Os fundamentos são os mesmos, só que adornados por frufrus politicamente correctos, para dar ares de "socialismo-democrático". Eufemismo para ditadura com pretensões a "ditamole". O chamado "verdadeiro" socialismo, para não se confundir com o falso; aquele que vigorou e matou uns milhões de (des)crentes.
Mas Daniel Oliveira tem seguidores. Basta "passear" pelos comentários e constatar a devoção dos objectores-de-pensamento.
É o país que somos: uma tribo com muitos índios a chorar por chefes. Queremos que nos dirijam, que tomem conta de nós.
Chefe forte, precisa-se. Para acorrer a povo órfão e choramingas.
Título e Texto: Alberto de Freitas, 05-02-2013

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