Portugal terá mais um ano para atingir a meta de 3% do défice,
confirmaram várias fontes não identificadas à Reuters. O esforço que está a ser
desenvolvido pelo país “está a ser reconhecido” e o contexto externo, que se
deteriorou, faz com que a “troika seja flexível”.
“Há um grande esforço de ajustamento, que está a ser reconhecido. Há um consenso [entre os credores] que a envolvente externa deteriorou-se e que Portugal precisa de mais um ano para reduzir o défice abaixo dos 3%”, afirmou uma fonte da troika, não identificada, à Reuters.
“Este objectivo [de 3%] vai
ser atingido em 2015. Este ano, a recessão vai ser mais elevada, em torno dos
2%, o que torna a execução orçamental mais difícil”, acrescentou uma fonte de
Lisboa também não identificada.
“A recessão na Europa é um
dado importante e é por isso que a troika é flexível”, adiantou uma outra fonte
não identificada, que acrescentou que as contas externas estão a ser ajustadas
a um ritmo mais célere do que o previsto no programa de ajustamento.
Vítor Gaspar já tinha
anunciado que o país ia pedir mais um ano para atingir as metas do défice que,
de acordo com o que ficou estipulado no programa de ajuda externa, teriam de
atingir os 3% do produto interno bruto (PIB) em 2014. Desde então foram já
vários os responsáveis europeus que deixaram a porta aberta para esta extensão
do prazo. E, este fim-de-semana, o “Expresso” noticiou que Durão Barroso,
presidente da Comissão Europeia, ia solicitar ao Conselho Europeu que desse
mais um ano a Portugal para ajustar o défice.
Título e Texto: Sara Antunes, Jornal de Negócios, 11-03-2013
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