A herança do sagrado

Carlos Lira

Hoje, atendendo a uma convocação, fui até à Cinelândia para uma manifestação contra o descaso do governo em relação ao AERUS. Cheguei um pouco atrasado, não encontrei o pessoal que deve ter seguido a uma outra manifestação contra este governador que está acabando com o Rio de Janeiro. Vi vários carros de bombeiro, helicópteros rondando a área e pessoas assustadas caminhando pelas ruas, temendo bombas ou ataques dos policiais, já que virou norma esta prática. Para não perder a viagem, resolvi ver a exposição de obras-primas do Vaticano e de museus italianos no Museu Nacional de Belas Artes, na Avenida Rio Branco.

A exposição A HERANÇA DO SAGRADO: obras-primas que apresenta mais de cem obras-primas de grandes mestres da tradição pictórica italiana como Michelangelo, Leonardo da Vinci, Caravaggio, Bernini, Guido Beni, Melozzo da Forli, Beato Angelico, Correggio, Guercino, Lorenzo Lotto, Ticiano, Andrea Montegna, entre outros. As sete salas da exposição estão divididas em quatro módulos: Jesus Cristo, Os Apóstolos, Virgem Maria e Os Santos.

A arte é o meio universal mais qualificado para promover o diálogo entre as diferentes culturas. É com esse espírito que, A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) é acompanhada por uma grande exposição de obras de arte provenientes dos Museus Vaticanos, de outras instituições vaticanas e também de museus de diversas regiões da Itália.

Valeu a pena ver esta belíssima exposição. A beleza da estátua da Pietá é algo indescritível: uma estátua de tamanho normal, os detalhes das mãos, a expressão de dor da virgem. As pessoas ficam extasiadas diante desta obra monumental, um baixo-relevo atribuído a Michelangelo Buonarroti. Quem não viu, vale a pena ver esta exposição que ficará somente até domingo próximo.

Título e Texto: Carlos Lira, 09-10-2013