Rodrigo Constantino
Tanto Helio Schwartsman como
Bernardo Mello Franco tratam do tema parlamentarismo em suas colunas de hoje na
Folha. Schwartsman é simpático ao modelo, mas rejeita a ideia de que se trate
de uma panaceia, de um remédio que curaria todos os nossos males. Já Mello
Franco usa um historiador para condenar a proposta parlamentarista como um
“golpe da direita”, que teria medo de eleição direta.
É claro que tomo o partido de
Schwarstman. Parlamentarismo não é golpe coisa alguma, menos ainda de direita.
É simplesmente um modelo mais eficaz que pode evitar crises de governo comuns
em regimes hiperpresidencialistas como o nosso. Mas óbvio que não é uma
panaceia.
Como autor de um livro com
esse nome, minha primeira ficção, sou o primeiro a defender a tese de que
“soluções mágicas” simplesmente não existem. A mensagem do meu livro Panaceia,
que conta a história de Atarax, a pequena nação vizinha de Castrix que foi
acometida por um vírus terrível, o cole, e que convoca os líderes
políticos para partir em busca da “cura”, é justamente a de que tal cura não
há, apenas paliativos.
As frases que destaco como
epígrafe deixam o recado bem claro:
“Os maiores e mais
importantes problemas na vida são todos de certa forma insolúveis; eles não
podem ser solucionados, mas apenas superados.” (Carl Jung)
“Para cada problema
complexo, há uma resposta clara, simples e errada.” (H.L. Mencken)
“Não sou jovem o suficiente
para saber tudo.” (Oscar Wilde)
“Todo o problema com o
mundo é que os tolos e fanáticos estão sempre tão certos de si mesmos, mas as
pessoas mais sábias estão tão cheias de dúvidas.” (Bertrand Russell)
“Nossa liberdade está
ameaçada em muitos campos devido ao fato de que estamos muito dispostos a
deixar a decisão para o especialista ou aceitar muito acriticamente sua opinião
sobre um problema do qual ele conhece intimamente apenas um pequeno aspecto.”
(Hayek)
“Muitos problemas não são
resolvidos; eles são substituídos por outras preocupações.” (Thomas Sowell)
“Somos condenados a
escolher, e cada escolha traz o risco de uma perda irreparável.” (Isaiah
Berlin)
Ou seja, sou um cético e
desconfio de todo aquele que, como o herói machadiano, aparece com um
emplasto que vai resolver todos os nossos males. Mas daí a adotar o
extremo oposto, a passividade de que, como nada resolve tudo, então nada
adianta fazer, vai uma longa distância. O imobilismo não é a minha praia.
Devemos, portanto, evitar a
“falácia do Nirvana”: comparar realidades imperfeitas com utopias. Apontar o
que não funciona sem mostrar o que poderia funcionar melhor, ainda
que não de forma perfeita, é muito fácil, mas em nada ajuda no avanço da
sociedade e da democracia. É por isso que fecho com Helio nessa:
Sou parlamentarista, mas é
preciso cuidado para não tratar o parlamentarismo como uma panaceia.
A melhor evidência empírica sugere que as sociedades que conseguiram superar
situações de corrupção política crônica e evoluir para arranjos institucionais
mais transparentes e eficazes não o fizeram recorrendo a uma bala de prata, mas
adotando várias medidas em diferentes campos mais ou menos ao mesmo tempo. É
possível e até provável que o parlamentarismo faça parte de um blend de
reformas que conviria ao Brasil, mas não dá para achar que basta trocar o
regime para resolver tudo.
Se o parlamentarismo facilita
a substituição de governantes que perderam as condições de liderar, casos de
Dilma e provavelmente de Temer, ele também pode favorecer cenários de
ingovernabilidade, como os que se verificaram em países como a Itália e o
Japão, que, em vários períodos, não conseguiam formar maiorias minimamente
estáveis. Entre 1946 e 1993, a duração média dos governos italianos, por
exemplo, foi de apenas 10,8 meses.
Assim, apesar de descrer de
milagres, continuo simpático ao parlamentarismo. Penso que esse é um sistema
mais moderno e que incentiva os congressistas a agirem de forma um pouco mais
responsável. Mas o principal motivo é que estou convencido de que a democracia,
a exemplo do que ocorre com a ciência, avança primordialmente pelos resultados
negativos, isto é, quando os eleitores reconhecem que um governante ou um
partido não presta e o despacha para casa.
Em Panaceia, a
conclusão (com spoiler) vai ao encontro dessa postura. Quando o padre Otávio de
Ramalho se recupera do choque ao descobrir que não existe “a cura”, ele entende
o recado do companheiro de aventura:
Após alguns segundos de
reflexão, o padre disse:
– Você está certo, Edmundo.
Entrei em pânico com tudo isso, mas agora vejo que você está certo. Afinal,
mitigar os estragos do vírus já é alguma coisa, não? E talvez eu seja mesmo
útil em Atarax ainda. Se o povo não poderá mais ter a esperança de um paraíso
terrestre, como sonhava nosso colega Pantoja, que ao menos eu possa fornecê-los
uma pitada de conforto com a noção de um paraíso celeste após nossa passagem
neste mundo frio. Sem este consolo, creio que muitos não seriam capazes de
suportar a travessia…
– Isso mesmo, padre. Assim que
eu gosto de ver! Mais ânimo, porque enfrentar a revolta popular não será tarefa
fácil. Talvez faça o Leviatã parecer brincadeira de criança (sorriu). Quando as
expectativas são colocadas muito no alto, a decepção é certa. Por isso me
incomoda quem promete coisas demais, quem vende ilusões. A onipotência não nos
foi dada pela natureza. Mas, se não estamos muito incomodados com quem fica com
os créditos, então é possível fazer muita coisa boa, melhorar bastante nossas
vidas, mesmo neste mundo tantas vezes cruel.
Edmundo conseguiu arrancar um
sorriso do padre. Em seguida, estendeu a mão para ajudá-lo a se erguer. Atarax
os aguardava. Era hora de partir para enfrentar a dura realidade pela frente.
Não há soluções mágicas, mas
há como mitigar os problemas. Se não temos uma panaceia para oferecer, temos
medidas que podem reduzir o estrago do governo, como o voto distrital, o
parlamentarismo, o federalismo que descentraliza o poder, o fim do fundo
partidário etc. Sigamos, então, na luta por uma democracia melhor,
jamais por um modelo perfeito!
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 19-7-2017
Mil perdões a Rodrigo Constantino.
ResponderExcluirPARLAMENTARISMO É UMA BOSTA.
A grande premissa no sistema presidencialista é não deixar o presidente LEGISLAR.
Ele deve submeter seus pedidos ao congresso.
Nunca um sistema ditatorial através de medidas provisórias.
Enquanto o ACRE elege 8 deputados ou seja 1 para cada 70000 habitantes São Paulo 1 para cada 700000, urge o voto distrital puro.
O FEDERALISMO É PODRE.
Precisamos de CONFEDERAÇÕES, onde cada estado possua seu próprio código de leis civis e penais.
O federalismo CENTRALIZA O PODER.
Em um país de corruptos com leis penais de 1940 o parlamentarismo seria o céu dos imundos.
Um país que não existem 3 poderes, é aristocracia e ditadura.
O sistema americano não é perfeito mas evita o populismo.
Eu defendo o parlamentarismo. Arremedo Churchill “o parlamentarismo é a pior forma de governo, excetuando as outras”. Votei em ‘Monarquia Parlamentar’ no último plebiscito realizado no Brasil. Lembro da campanha apologética contra o parlamentarismo e a favor do presidencialismo, de Leonel Brizola. Naturalmente, ao encontro do seu próprio interesse. Mas calculou mal.
ResponderExcluirVoltando ao tema, sou favorável à separação da chefia de Estado da chefia de Governo. Um Chefe de Estado – representante ao mais alto nível, do Estado/Nação/Pátria, Comandante Supremo das Forças Armadas – e o Chefe do Governo governando o país e tendo que negociar com o parlamento – importantíssimo pilar da Democracia política.
O Brasil, copiando os Estados Unidos, deu no que deu. Tanto lá como cá o que temos atualmente? Perdedores da extrema-esquerda debruçados como hienas em cima do presidente da República ou da Federação, desqualificando-o, desgastando-o, não lhe dando tempo para ‘governar’; não lhe permitindo criar ou transformar.
Por isso sou mais monárquico parlamentarista, como na Espanha, do que presidencial parlamentarista, pois neste regime o presidente, boff! transforma-se em um colportor do seu partido estando este no governo. Se não, aí vira um pentelhador do governo.
PS: Especialmente se for um presidente de esquerda com um governo de direita, podem contar com aquele jogando pregos e preguinhos no caminho do governo, às claras ou à sombra.
ExcluirEu não queria polemizar, já que tem opinião formada.
ResponderExcluirSou de opinião resoluta que qualquer governo honesto funciona, inclusive ditaduras, reinados, monarquias, Emirado e etc...
na minha modesta opinião não existem sistemas políticos melhores ou piores, existe os que deixaram de ser eficientes.
O sistema político brasileiro é corrupto, e com ou sem parlamentarismo continuará corrupto. Com a mudança de sistema os interesse partidários paralisariam o país tal e qual agora.
A corrupção afeta qualquer tipo de governo, então precisamos de correções nas leis penais antes de decidir qualquer forma de governo.
Eu pergunto delicadamente que faria correções nas leis penais para punir severamente a corrupção no Brasil hoje em dia:
Somente um governo de excessão, um governo transitório honesto.
QUEM, QUANDO E COMO, EIS A QUESTÃO?
Rochinha, por que você insiste nesse rótulo de 'polemizador' ou 'polêmico'? Desde quando ter opinião e não ter vergonha de a divulgar é polemizar? Sabe, desconfio de onde tenha partido esse epíteto! Afinal, rotular alguém de 'polêmico' é redutor: pronto, a opinião dele não presta porque ele é... polêmico!
ExcluirRepare, bom amigo, o EL PAÍS Brasil, a BBC Brasil, The Economist (em inglês), sempre se referem a Jair Bolsonaro como 'polêmico'.
Por favor, você já leu alguma manchete e 'lead' rotulando, na minha opinião, o maior boçal que jamais apareceu na política brasileira, de... polêmico?
Opiniões viram polêmicas.
ExcluirSaiba que não conseguimos fazer uma casa ou uma pirâmide iniciando pelo teto.
A estrutura de um país inicia com a constituição.
Nos Estados Unidos a constituição foi feita em 1876 e com base nela introduziram o código penal em 1890.
A base e a estrutura foram feitas.
Para o direito penal norte-americano o crime é a violação ou negligência de obrigação legal, de tal importância pública que o direito, costumeiro ou estatutário, toma conhecimento e implementa punição.
Como ser confederado, cada estado pune seus crimes individualmente desde que não interfira no governo federal.
No crime without law, no punishment without law.
O princípio da legalidade encontra-se na constitucionalidade. de cada confederado.
O combate de drogas é FEDERAL.
O conceito de negligência no Brasil é a própria negligência.
O bêbado ou o drogado é inviolável em sua residência.
A corrupção, os crimes de colarinho branco e a lavagem de dinheiro, nos EUA é CONSPIRAÇÃO e tem penas severas aos agentes públicos.
NOSSA CONSTITUIÇÃO PROTEGE OS POLÍTICOS.
NOSSO CÓDIGO PENAL PROTEGE OS AGENTE CONSPIRADORES.
Cada estado brasileiro deveria processar os corruptos em seus estados.
Aqui um juiz federal de onde o diabo perdeu as botas pode paralisar o pais por algumas horas, ou dias.
A pergunta porque ter um juiz federal onde o diabo perdeu as botas?
Porque ter tribunal do trabalho?
Porque fazer estatutos para leis já incluídas na constituição e no código penal?
Mudar o regime político ou o presidente em 2018 NÃO VAI ADIANTAR NADA.
Precisamos de uma constituinte nova feita por juristas competentes que não exerçam cargos públicos, e que fiquem proibidos de exercê-los em uma quarentena.
Esse mesmo grupo poderia fazer o novo código penal, baseado na nova constituição.
Como eu dizia para meus alunos na instrução, na VARIG, para não errar, esqueceu-se, comece de novo.
O Brasil precisa de uma nova instalação CLEAN, um novo FORMAT feito em MOTHERBOARD NOVAS E HDDs NOVOS.
Desculpe se prolixo.
fui...
Perdão... Mas como se pode colocar na mesma frase os termos ,"governo" e "honesto". E associar "honesto" a "ditadura" ?
ResponderExcluirQualquer governo prioriza os interesse próprio ,sua política e seus partidários.
Sempre lhe faltará honestidade para com o todo , o povo!
Em outro trecho lemos"não existem sistemas políticos melhores ou piores..." Se não existem , como pode algum ser classificado de honesto?
Parlamentarismo??? Pode ser um mal menor, já que o ser humano não consegue viver sem alguém para lhe ditar as regras à seguir.
Mesmo o anarquismo , enquanto ausência de governo, seria um governo com prioridades de algum grupo.
Qualquer governo que ofereça vantagens , remunere ,ou prestigie seus colaboradores e partidários, é ruim e desonesto perante qualquer povo.
Governos não são bons nem maus,sejam de direita ou esquerda.
Salvo os extremistas de ambos os lados ,que obviamente ,refletem o lado "nefasto" dos governos.
O que não presta é a "politica",
E política reflete cultura dos povos.
Quando surgiram as primeiras ONGS, acreditei que uma entidade não governamental poderia ser opção de uma nova cultura política.
Hoje sabe-se que ONG é prioritamente uma entidade com governo, para governos e essencialmente política.
Portanto qual é a solução?... Não existe , pelo menos ainda!
Quem sabe uma ONG no governo ????
Por mais paradoxal que possa parecer numa primeira leitura!
Paizote
Bem PAIZOTE, -existem ditaduras honestas.
ResponderExcluirCITO OS EMIRADOS ÁRABES UNIDOS, onde todo o cidadão recebe 1500 dólares pelos royalties do petróleo.
Não pode usar drogas, não pode prostituição e homossexualismo, não pode beber em público nem dirigir embriagado, mas é HONESTO.
Então honestidade INDEPENDE DO REGIME POLÍTICO.
POLÍTICA se faz em casa com a esposa e os filhos e ainda assim há maridos, esposas e filhos desonestos.
Política se faz com a vizinhança, com nossos clubes de futebol, nossa empresas e colegas de trabalho.
Política se faz nas IGREJAS e há muitas desonestas.
A política não é desonesta, os homens são.
Finalizando, enquanto não tivermos leis severas a corrupção grassará no Brasil com qualquer regime.
fui... estressado...
Não podia deixar de voltar...
ResponderExcluirDepois de ler um artigo O SER EM HEIDEGGER, acho que escrito por Valdemar Habitzreuter, revista HUMUS 2013, eu discordo que me chamem de magoado, rancoroso e vingativo.
Não são as políticas, as filosofias e as ideologias DESONESTAS.
O ENTE É SEU PRÓPRIO DEUS.
SÃO OS HOMENS DESONESTOS.
PODE sim uma ditaduras ser honesta, depende do conceito do ente sobre ditadura e não o conceito dos tolos.
PODE sim haver comunismo honesto.
O ser humano tem que voltar a ser a sua essência mais íntima, sem medo de ser.
Sejamos honestos e agregadores, sejamos sociais.
http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/1644/2800
Eu acho (sempre achei) a Política uma Arte, mais do que a Ciência da Diplomacia.
ResponderExcluirAcontece que colocaram a Diplomacia e a Política no mesmo Liquidificador. Você pode ser Político e Diplomata; é o que acontece atualmente. Vide Emmanuel Macron posando de anti-Trump no 'famoso' e idiota (epíteto meu) e depois convidando-o para o 14 de julho. Foi político (safado), no primeiro episódio, e diplomata no segundo. Aliás, brilhantemente. Vamos esperar a fatura.
http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2017/07/1903393-irrealismo.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha
ResponderExcluirPara compartilhar esse conteúdo, por favor utilize o link http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1902048-na-crise-parlamentarismo-volta-ao-debate.shtml ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos da Folha estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br). As regras têm como objetivo proteger o investimento que a Folha faz na qualidade de seu jornalismo. Se precisa copiar trecho de texto da Folha para uso privado, por favor logue-se como assinante ou cadastrado.
Paizote
Citada a fonte no unicio como determina legislção
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1902048-na-crise-parlamentarismo-volta-ao-debate.shtml
ResponderExcluir
ResponderExcluirCapítulo IV LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.
Das Limitações aos Direitos Autorais
Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
Paizote
Então. Não como Crítico, nem como Pesquisador, nem como Expert em temas Políticos, mas como Comentador; com a minha verdade, e minhas convicções, como cidadão, lhes pergunto, a Folha não é Esquerdista? Então explica suas opiniões! Apesar da Mídia ser formadora de opiniões, cada um de nós tem as suas! Polemicas são saudáveis! Sim.
ResponderExcluirAbs,
Heitor Volkart
Eu , como a maioria dos Brasileiros, pretendo ser de perfil centro-esquerda. Sendo esta a opção menos danosa aos meus conceitos ideológicos.
ExcluirA normalidade democrática, pressupõe o equilíbrio de ideologias para melhor representar as nações e seus povos.
Esta normalidade pode ser mitigada por partidos intermediários que mantem-se graças à ductilidade para sobreviver na maré de interesses políticos.
Nas beiradas ou extremos se alojam os mais radicais, que são em última instância a parte podre da política.
A extrema-esquerda prega uma submissão ao " governo/partido político". Submissão esta, integral da sociedade a uma ideologia revolucionária, enquanto a extrema-direita propõe a criminalização de toda a esquerda, a imposição da uniformidade moral e religiosa sob a bandeira de valores tradicionais, a transmutação de toda a sociedade numa militância patriótica obediente e disciplinada, incentivando a militarização da sociedade.
Ambas são péssimas!
Parte da população (principalmente os políticos) usa os conceitos ideológicos apenas para atacar adversários.
Qualquer que seja a posição pseudo-ideológica ao subirem ao poder se apropriam deste e ficam com seus conceitos maleáveis , ao sabor das marés de interesses, visando a perpetuação no poder,
Basta ver que mesmo a ditadura militar tinha em sua política, aspectos esquerdistas. Esta ditadura fez uso de políticas estatizantes, obviamente de esquerda, embora os esquerdistas recusem a paternidade integral.
Desde os tempos do ORKUT,eu uso uma expressão , demoniocracia" para definir nossa democracia capenga.
Uma democracia doentia que não consegue se alojar em ideologias.
Portanto, na minha opinião, direita ou esquerda são ângulos de um mesmo mal maior.
A política partidária!
E quando posicionadas nos extremos tornam-se danosas ao povo.
Discordo que as relações familiares ou de seres sociais com aspecto afetivo, sejam taxadas de relações políticas como se políticas fossem todas.
Relações familiares ou de cunho não político partidário ,são essencialmente sociais, considerando que ocorrem inclusive no âmbito dos seres e animais selvagens, e se enquadram melhor na sociologia e menos na política.
Este relacionamento envolve paixões e afetividade, além de se interessar mais pelos comportamentos do que pelas estruturas político-sociais, ela se define como mais condescendentes
Vamos encontrar numa das muitas ramificações da sociologia, uma especificamente dedicada a sociologia politica ,tendo por objeto a politicagem sua definição original.
Entendo por política tudo o que relaciona com a gestão do que é publico e portanto do interesse de um grupo social, inter-relacionando estes,com critérios essencialmente éticos .
A familia e os amigos extrapolam qualquer requisito basico.
Enfim para definição e enquadramento ideológogico pessoal . precisamos antes entender onde vão e o que são estas posições.
Senão correriamos o risco de nos enquadramos, também ao sabor das marés.
Precisamos ler muito, sempre buscando um aperfeiçoamento intelectual.
Eu recomendo uma leitura básica "O Mínimo que Você Precisa Saber Para Não Ser Um Idiota " .
E confesso humildemente que tive que me reposicionar, sou , na impossibilidade de ser anarquista, de centro esquerda democrata e inconformado.
Me faltam opções neste confuso e conturbado leque político falsamente ideológico.
E diria mais.muito mais!.
Paizote
Uma democracia doentia que não consegue se alojar em ideologias.
ResponderExcluirQUEM TEM IDEOLOGIAS DEVE LER AQUELES LIVRO SEU MIL VEZES.
FUI...
Sobre a ‘honestidade’. Se entendida no significado sobejamente difundido e assimilado, qual seja a de não se apropriar de bens de outrem, seja este qual seja ou o que for, concordo que possam haver ditadores ‘honestos’.
ResponderExcluirNo entanto, a Política, como a entendo e admiro, tem que ser HONESTA, em sentido amplo. O Político, o bom político é ‘honesto’, strictu sensu, aliás, característica mandatória se se pretende abraçar essa arte.
O Político não pode mentir, esconder, escamotear, caluniar e difamar o adversário.
Vejamos, Lula da Silva, mentiu, escondeu, escamoteou, especializou-se em caluniar e difamar seus adversários, instigando o ódio a todos “eles”, que são contra “nós”. Um criminoso político criminoso.
Paulo Paim, o senador lá do Sul, não consta que tenha se apropriado de bens de outrem. Mas é honesto? Não, ele não diz a verdade, ele mente, ele inventa. Ao sabor dos seus interesses pessoais e políticos; Alvaro Dias é honesto? Ora, ora, depois de ter andado em dois ou três partidos políticos, deu-lhe agora para cofundar o... Podemos. Curiosamente, a mesma razão social de um partido espanhol marxista... Seus eleitores votaram na ideologia do Podemos?
Ana Amélia Lemos, (ainda) do PP- Partido Progressista, foi sempre a favor do impeachment de Dilma, e atualmente é contrária à tentativa de impichar Michel Temer. E vai dizendo porquê. Não julgo que tenha, a qualquer momento, decepcionado os seus eleitores.
Outro político que julgo HONESTO: Jair Bolsonaro. Vai mostrando o que pensa sobre algumas questões nacionais. Até este momento, sem fazer concessões à malta ‘bem-pensante’.
Sim, generoso leitor, fazer demagogia, ceder a pressões ou ao noticiário, esconder o que pensa e porque assim pensa, é profundamente DESONESTO.
Assino em baixo, pois assim também penso.
ExcluirPREVARICOU, morra-se.
Assim como as definições de esquerda e direita se modificaram no tempo, hoje a POLÍTICA É MUITO MAIS A ÉTICA DAS RESPONSABILIDADES MORAIS E SOCIAIS, abrangendo praticamente tudo ao nosso redor desde a participação nesse blogue, ate a arte de colocar o cão para dormir.
OU SOMOS POLÍTICA, OU NÃO SOMOS NADA.
FUI
Tive um amigo que, você, Rochinha, deve ter conhecido: Marson. Foi comissário. Um grande marxista no seio do comissariado de voo, mas o seu sentido de humor era imparável. Sua esposa, também comissária de voo, que faleceu tragicamente, era empedernida marxista e feminista.
ExcluirNão, não me perdi.
Marson dizia que tudo na vida era um ato político, desde o choro da criança ao nascer...
Ah, sempre tivemos muito respeito e carinho, um pelo outro, estivemos baseados juntos, entre 1980 e 1981. Ambos vibrando pela Democracia vivida em Portugal. Ele, pelo PCP e outras forças políticas, eu pelo PSD e PPM...
ExcluirMarson era honestíssimo.
Peço desculpa aos demais e generosos comentadores por este momento 'bilateral'...
ExcluirSeria o Ricardo Marson?
ExcluirO nome de guerra era Marson; o nome completo: Luiz Wagner Marson
ExcluirO livro citado em versão internet acessivel a todos.
ResponderExcluirhttp://cnqzu.com/library/Philosophy/neoreaction/_extra%20authors/Carvalho,%20Olavo%20de/O%20minimo%20que%20voce%20precisa%20saber%20-%20Olavo%20de%20Carvalho.pdf
Fui fã de Olavo e hoje chamo de Olavinho do caralho.
ResponderExcluirDizia-se astrólogo e católico, quando durante anos estudo a idade média.
Depois estudou árabe e tem ate um livro publicado na Arábia Saudita, premiado, não publicado no Brasil sobre Maomé e o alcorão.
Diz-se católico mas que professaria, judaísmo ou islamismo de boa vontade.
Afirma que René Guénon é uma de suas influências culturais.
Então fica aqui meu registro para suas análises.
Foi da turma do Mariguela e hoje se vende anticomunista.
Na minha opinião fico com uma de um jornaleco qualquer que não me lembro:
Olavo de Carvalho está para a filosofia tanto quanto Paulo Coelho para o romancismo..