Decisão: O
Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen
Lúcia (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Impedidos os Ministros
Luiz Fux e Dias Toffoli. Ausente, neste julgamento, o Ministro Roberto Barroso,
que proferiu voto em assentada anterior. Plenário, 3.8.2017.
VP/CR
O Plenário do Supremo Tribunal
Federal (STF) concluiu, na sessão desta quinta-feira (3), o julgamento dos
embargos de declaração apresentados no Recurso Extraordinário (RE) 571969, por
meio do qual a União e o Ministério Público Federal (MPF) buscavam reverter decisão
que garantiu à Viação Aérea Rio-Grandense (Varig) o direito à indenização pelo
congelamento das tarifas aéreas ocorrido durante o Plano Cruzado, entre outubro
de 1985 e janeiro de 1992. Em março de 2014, o STF negou provimento ao recurso,
mantendo decisão das instâncias antecedentes que reconheceram a
responsabilidade da União quanto aos prejuízos suportados pela empresa em razão
de planos econômicos.
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Ministro Gilmar Mendes, STF, 3-8-2017, foto: reprodução Youtube |
Autor do pedido de vista, o
ministro Gilmar Mendes apresentou seu voto e acompanhou a relatora do recurso,
ministra Cármen Lúcia, pelo desprovimento dos embargos, por entender que o
objetivo da União não foi provocar qualquer esclarecimento do Plenário, mas sim
modificar o conteúdo do julgado, afastando sua responsabilidade pelos danos
causados. “Os embargos de declaração não constituem meio processual cabível
para a reforma do julgado, não sendo possível atribuir-lhes efeitos
infringentes, salvo em situações excepcionais, não vislumbradas no presente
caso”, afirmou.
No julgamento de mérito
ocorrido em 2014, o ministro Gilmar Mendes foi voto vencido, assim como o
ministro Joaquim Barbosa (aposentado). Na sessão de hoje, Mendes reafirmou seu
entendimento no sentido de que o objetivo do congelamento decorrente do plano
econômico foi conter o surto inflacionário, sendo que a severa medida afetou
indistintamente cidadãos e todos os setores da economia brasileira –
consumidores e produtores – e não somente o setor aéreo. Por esse motivo, em
seu entender, o setor foi privilegiado ao obter direito à indenização. Mendes
lembrou que o déficit da Varig já era crônico.
Após a apresentação do
voto-vista, votaram os ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e
Celso de Mello, acompanhando a relatora pela rejeição dos embargos
declaratórios. Embora não tenha participado do julgamento de mérito, Moraes
estudou os autos e destacou que, independentemente da tese de mérito, todos os
pontos suscitados pela União nos embargos foram enfrentados no julgamento de
mérito.
O ministro Lewandowski
reafirmou a tese discutida no julgamento de mérito de que é vedado à Suprema
Corte revolver fatos e provas sobre perícia convalidada nas instâncias
inferiores e analisada expressamente no acórdão do tribunal de origem. Além
disso, destacou que “a necessidade de intervenção do Estado no domínio
econômico, na hipótese de concessão de serviços de transporte aéreo, não pode
mitigar direitos e garantias fundamentais nem atenuar o instituto da
responsabilidade objetiva do Estado, previsto no artigo 37, parágrafo 6º, da
Constituição Federal”. O último voto pela rejeição dos embargos foi proferido
pelo decano do STF, ministro Celso de Mello.
Título e Texto: VP/CR, SupremoTribunal Federal, 3-8-2017
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Sim! "Meninos, eu vi".
ResponderExcluirAssisti ao vivo, foi exatamente o que aconteceu. Enfim, após 10 anos no STF este Caso é concluído!
Então, agora sim, temos uma moeda de troca, de peso, para chegarmos a um Acordo.
"Acordo Já!!"
Vamos em frente!
Não somos mais os jovens que fomos, e sim, estamos contando as cerejas do cesto.
Vamos nos unir em prol de um Acordo!!
Aleluia! Abraços Fraternos!
Heitor Volkart
Primeiro e decisivo passo para um possível acordo é a aprovação do PL 147 (https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=3947461 ) que autorizaria a AGU ,a negociar .
ExcluirNo momento esta na CAE (comissão de assuntos econômicos ) do senado.
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/96930
Com O Temer mandando no congresso , a aprovação é só uma questão de vontade política.
Segundo mas não menos importante, evitar pseudos representantes opinando. Oficialmente somente liquidante do Aerus nomeado pelo governo , poderia negociar.
Paizote
Pois é, pois é... bem trazido.
ExcluirSomos uma 'categoria' com mais 'representantes' por metro quadrado do Brasil, apesar de falidos e mal pagos.
Tem uns 'representantes' que, pessoalmente, não aceito, de jeito maneira.
Por exemplo: a CUT. Esteja ela disfarçada de mamãe Noël, de ‘representante dos aposentados do Aerus’, de ‘Comissão de Aposentados’...
10 ANOS?????????????
Excluir24 NA VERDADE
Recebi este vídeo:
ResponderExcluirhttps://youtu.be/Y-bn40ijaTc
Sinto que a a minha saúde vai pro c...! pressão arterial, batimento cardíaco, o mau colesterol, tudo ao mesmo tempo!
Ouvindo (os primeiros minutos) de uma política falando, proclamando "Nós".
Porra! O que Baggio, da CUT (e do PT) tem a ver ou, O QUE FEZ em favor da ação da Varig?
Nada, caralho! A não ser criticar o ex-presidente do AERUS quando ele já estava morto.
Essa gente é foda!
Quem era o representante dos trabalhadores no AERUS?
Merece um post!
Sim , Paizote , porém existe uma Sentença, agora a ser cumprida, com Acórdão definido. O Acordo também beneficia a União. Para nós é o mais importante, pois podem arrastar esta execução por muito tempo, custaria mais à União, mas podem, o que não nos interessa.
ResponderExcluirMuito bem colocado, tem gente que nem pertence ao Aerus, como a Fentac que é dos trabalhadores Ativos da Aviação - Cut e Petista, e criaram a tal Comissão-RS e outras, e é uma ex-SNA que se intitula representante do Aerus e está como se fosse nossa Representante oficial, como pode? Eu beneficiário, não a reconheço como minha representante. Sim, o Liquidante e as Associações, como Aprus e Amvvar, que também são legalmente legítimas, para negociar juntas com o Liquidante e a Previc. Espero que se mexam , e logo, e com Argumentos. Que vão ao Ministério do Planejamento, à AGU e onde mais necessário, em breve! Ponham uma Proposta na mesa. O Liquidante foi designado para proteger o Aerus, ou seja, ver o interesse de todos beneficiários. Vamos nos unir e vamos à um
Acordo Já! Abs,
Heitor Volkart .
Verdade ...Eu recomendo a leitura do PL 147 ,onde aponta fontes para obtenções de provaveis verbas .
ExcluirPaizote
À propósito, consta nos autos o indeferimento do julgador à petição dos sindicatos e da Fentac para ingressarem como parte da ação, quando tentaram isto.
ExcluirPortanto...
Espero que agora os responsáveis incluam todos os aposentados do Aerus. Afinal como todos sabemos, as mazelas causadas ao Aerus afetaram a todos os aposentados e não só aos aposentados da Varig. Tem que voltar a ser como na primeira resolução do Desembargador Daniel Paes Ribeiro, contemplar a todos os aposentados. Contribui para o Aerus por 26 anos (18 via Varig e 8 via Variglog quando me aposentei). Assim não é justo que eu seja excluído. Mesmo porque, Variglog, Rio Sul, Nordeste, etc.., pertenciam ao "Grupo Varig".
ResponderExcluirGelson Jung
É hora de “costurar” um ACORDO JÁ!
ResponderExcluirUrgente”! Antes que sumam com o dinheiro para os corredores de outras paragens.
Abraços,
Angela Arend
TOQUE E ARREMETIDA!
ResponderExcluirTemos que agir com cautela e com muita segurança. Não podemos perder essa ocasião para garantir a nossa tranquilidade. Vamos incentivar as associações para que todos avaliem os próximos passos que poderemos dar com base na decisão do STF.
Alberto José
Grande! Não podemos mais ficar de braços cruzados, com cautela sim, mas não podemos deixar que outros ocupem o que não lhes devido.
ExcluirA Aprus PRECISA se manifestar junto a seus Associados e tomar medidas que ela tem Direito a tomar.
Vamos em frente.
Heitor Rudolfo Volkart
Reveja a sessão de Julgamento do RE 571969, 3 de agosto de 2017
ResponderExcluirOk Jim
ResponderExcluirpaizote@gmail.com
Obrigado.
ExcluirTalvez não devesse ter solicitado essa informação por aqui...
Depois pensei, bobagem, são dezenas de maneiras e formas de evitar o spam na sua caixa de correio.
Dito isto, a imagem seguiu.
Abraços./-