domingo, 14 de outubro de 2018

O fim da liberdade

José António Rodrigues Carmo

O Comité internacional da Bempensância gramsciana entretém-se, nos últimos tempos, a berrar a sua imensa indignação moral pela deplorável intenção do povo brasileiro. Parece que mais de cinquenta milhões de subhumanos, como já li por aí, na boca de "defensores do povo", se aprestam para votar em um candidato que não agrada à esquerda "esclarecida", nem faz questão disso.

Bolsonaro considera que os comunistas são um irreconciliável inimigo da liberdade. Eu também, by the way.

Bolsonaro é crente e di-lo abertamente.

Bolsonaro parece acreditar em valores que situam o indivíduo acima de engenharia sociais.

Para além de outras coisas parvas que o acusam de ter dito, (e eu ignoro se disse ou não, cada vez acredito mesmo nos flautistas de Hamelin de uma imprensa escandalosamente enviesada) estas opiniões é que são mesmo intoleráveis e é por isso que o homem leva o tratamento completo: fascista, xenófobo, racista, homófobo, supremacista, neoliberal, machista, etc, etc.

Na semana passada era o Kavanaugh, na semana anterior a essa, o Salvini, daqui a duas semanas, haverá outro ogro verde, mau e imaginário a quem apontar o dedo, berrar, chamar nomes e rasgar as vestes de indignação, raiva, desprezo e ódio.

Vai ser o fim do mundo, vem aí a desgraça e o fim da liberdade.

Ora onde a liberdade está mesmo em perigo, não é nos EUA, nem na Hungria, nem na Itália, nem no Brasil, onde a vida democrática segue normal, apesar dos berros das Cassandras.

Onde ela está mortalmente ferida é na Venezuela, na China, em Cuba, na Nicarágua, na Coreia do Norte, etc.

Onde ela está em perigo é nos países onde o estado aplica políticas socialistas que colocam a população na dependência do estado, no "Caminho da Servidão" de que falava Hayek. A dependência, sabemo-lo todos, leve sempre à submissão e à obediência.

Onde está em perigo é em países como Portugal e Espanha, onde governam políticos que o povo objetivamente rejeitou.
Título e Texto: José António Rodrigues Carmo, Facebook, 14-10-2018

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