Reabertura dos estabelecimentos foi
permitida no último dia 2
Akemi Nitahara
Com perda de mais de 70% do
faturamento nos últimos 100 dias, devido ao fechamento ou restrições impostas
pela pandemia de covid-19, cerca de 50% dos bares e restaurantes do Rio de
Janeiro dizem não ter recursos para pagar os salários de julho e devem fazer
demissões em seus quadros de funcionários.
É o que mostra uma pesquisa
divulgada hoje (8) pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro
(SindRio). A reabertura dos estabelecimentos, com restrições de horário e
lotação, foi permitida no último dia 2.
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil |
Segundo o levantamento, 56,7%
dos empresários disseram ter perdido mais de 75% da receita nos últimos meses e
24,2% dos entrevistados tiveram redução entre 50% e 75%. Do total que respondeu
à pesquisa, 61,9% já fizeram demissões, sendo que 14,9% dos estabelecimentos
desligaram mais de 15 empregados.
Sobre a necessidade de medidas
emergenciais para ajudar o setor nesse momento de retomada dos negócios, 53,4%
dos empresários responderam que é fundamental ter acesso ao crédito
emergencial, enquanto 74,2% dos que buscaram novas linhas de crédito tiveram a
proposta recusada. Apenas 17% conseguiram financiamento.
Do total, 56,7% disseram não
ter certeza se conseguirão manter o estabelecimento aberto, 35% acreditam que
conseguirão manter o negócio e 8,2% afirmaram ter certeza quanto ao fechamento
definitivo.
De acordo com o presidente do
SindRio, Fernando Blower, a situação do setor é dramática, já que 51,1% dos
empresários acreditam ser necessário demitir trabalhadores no pós-pandemia e
85,1% afirmam precisar de crédito para o período. Ele destaca que, mesmo com a
reabertura, o movimento está muito fraco.
“O SindRio tem falado sobre
isso em todas as oportunidades e dialogado com o poder público para evitar que
mais demissões sejam realizadas, mais portas sejam fechadas e que a cidade
perca seu grande motor econômico cultural. Alguns restaurantes ainda não
conseguiram reabrir e o movimento para aqueles que reabriram é, de uma forma
geral, muito aquém do necessário para pagar as contas, o que acentua a
necessidade de crédito”.
Título e Texto: Akemi
Nitahara; Edição: Valéria Aguiar – Agência Brasil, 8-7-2020, 12h45
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