segunda-feira, 6 de julho de 2020

Sei não… mas parece que o Porto vai ser campeão

De volta ao Dragão, a armada azul e branca goleou o Belenenses por 5-0 e mostrou por que motivo é líder isolada do campeonato a quatro jornadas do final


O FC Porto regressou a casa e o marcador do Estádio do Dragão tornou a exibir uma superioridade ainda maior do que a alcançada na anterior jornada caseira, o dérbi da Invicta do passado dia 23 de junho. Frente ao Belenenses, o coletivo portista não se deixou desconcentrar pelo imenso apoio que recebeu na viagem prévia ao jogo, nem se deixou adormecer à sombra de uma liderança inabalável, fosse qual fosse o desfecho do embate deste domingo à noite. Os 5-0 com que os Dragões fecham a 30.ª ronda da Liga NOS fazem do conjunto de Sérgio Conceição o melhor ataque da prova e mantêm o líder do campeonato como a melhor defesa, seis golos à frente da do segundo classificado.

Frente a mais uma linha de cinco defesas, o FC Porto demorou a carburar e só à passagem do décimo minuto testou as luvas do solitário Koffi, único guardião convocado por Petit para a deslocação ao Norte de Portugal. Nos minutos que se seguiram, o Belenenses chegou perto da baliza de Marchesín em diversas ocasiões e Sérgio Conceição logo ordenou que Vítor Ferreira, Luis Díaz e Aboubakar iniciassem exercícios de ativação física.

Os titulares parecem ter visto os três suplentes a aquecer já que, a partir daí - e até ao final da primeira parte -, só deu FC Porto. Preferencialmente pela direita, os Dragões investiram sobre a baliza dos azuis do Jamor e, à meia hora de jogo, Soares teve cabeça e frieza para responder da melhor forma à chamada longínqua, mas certeira, de Otávio.

Cinco minutos depois, Uribe ainda fez o seu primeiro golo com a camisola portista, após tabelar com Marega e fintar a defesa visitante, porém a dupla de Oliveiras, o árbitro Rui e o VAR Manuel, escrutinaram o lance e, com imagens que mais ninguém terá visto, descobriram que a bola embateu no braço do colombiano antes de este se estrear a marcar de azul e branco. Estava anulado o segundo do FC Porto e, até ao apito para as cabines, apenas se destacou um potente remate da única novidade no onze de Sérgio Conceição. O homónimo Oliveira disparou rasteiro e potente, contudo a bola passou a centímetros do poste direito da baliza Norte do Estádio do Dragão.

Após o descanso, o FC Porto voltou ainda mais forte e não mais deixou o Belenenses aproximar-se da sua baliza com a mesma frequência. Aos doze minutos do segundo tempo, com a parte de fora do seu pé direito, Corona colocou a bola nas costas da defesa adversária e Marega só teve de fazer o que sabe melhor. Pela terceira vez, os Dragões atiravam para o fundo das redes do Belenenses, ainda que só duas tenham sido validadas.

A muito boa entrada da formação portuense na segunda parte teve continuidade numa série de boas jogadas de entendimento no ataque portista a semearem o pânico entre os visitantes. No último terço do encontro, Sérgio Conceição fez entrar Luis Díaz, retirou Corona - em perigo de exclusão caso fosse admoestado -, e o colombiano só precisou de três minutos para desmontar a defesa lisboeta e sofrer falta passível de grande penalidade.

Da marca dos onze metros, Alex Telles enganou Koffi e a partida começava a ganhar contornos de goleada. Contornos consumados aos 82 minutos, quando a primeira aposta do técnico azul e branco, Fábio Vieira, converteu exemplarmente um pontapé de livre direto, bem ao jeito do seu pé esquerdo, e fez o esférico beijar a malha lateral oposta da baliza do Belenenses. Com 4-0 no marcador, o líder do campeonato praticamente garantia a manutenção dos seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado e melhorava, ainda mais. os números relativos à diferença de golos.

Mas o melhor ainda estava para vir: dono da chave de ouro, Luis Díaz disparou, no último lance da contenda, um autêntico míssil entre três postes dos de Belém. O estrondo com que a bola embateu nas redes foi audível à distância e comprovativo da violência do tiro.

Na próxima quinta-feira, em Tondela, o emblema da Invicta volta a entrar em campo com um só objetivo: arrecadar mais três pontos rumo ao grande objetivo da época.
Texto: FC Porto, 6-7-2020, 0h27


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2 comentários:

  1. Ontem, quinta-feira, 9 de julho:
    CD Tondela 1 X FC Porto 3;
    Famalicão 1 X Benfica 1.

    Classificação:
    FC Porto 76;
    Benfica 68

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  2. Há uma equipa em Portugal que há poucos meses entrou em alguns jogos a dez pontos do primeiro classificado do campeonato e que hoje o lidera com oito pontos de vantagem sobre o segundo. É o nosso FC Porto, um exemplo notável de competência, qualidade e crença, que ontem venceu por 3-1 em Tondela e passou a ter o título à distância de um ponto.

    Danilo foi o primeiro, logo no início da segunda parte, a dar-nos motivos para festejar, quando abriu o marcador na sequência de um canto. Aos 64 minutos, o quarto golo de Marega nos últimos quatro jogos valeu o 2-0. O 3-1 final surgiu já depois dos 90, a partir do pé esquerdo de Fábio Vieira, na conversão de um penálti.

    Como todos os portistas, Sérgio Conceição era um homem feliz no momento de analisar “um jogo que não foi espetacular, mas foi bem disputado”. A atitude dos jogadores, sublinhou, “foi fantástica”, o que não pode ser considerado uma surpresa, uma vez que “a equipa do FC Porto tem sido a mais completa do campeonato”.

    É inevitável, numa altura destas, pensar nas contas do título, mas o treinador não altera a postura que tem adotado nas últimas semanas e aposta numa abordagem muito simples: “Dependemos do nosso trabalho e das nossas vitórias para sermos campeões”. E todos trabalharão “juntos até ao fim”, garantiu Tecatito Corona.

    Esse trabalho começa já daqui a pouco, às 11h30, quando a equipa se reunir no Olival para começar a preparar o clássico com o Sporting. A primeira das quatro finais que ainda há por disputar esta época está agendada para quarta-feira, às 21h30, no Estádio do Dragão.
    Dragões Diário, 10-7-2020

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