De volta ao Dragão, a armada azul e branca
goleou o Belenenses por 5-0 e mostrou por que motivo é líder isolada do
campeonato a quatro jornadas do final
O FC Porto regressou a casa e
o marcador do Estádio do Dragão tornou a exibir uma superioridade ainda maior
do que a alcançada na anterior jornada caseira, o dérbi da Invicta do passado
dia 23 de junho. Frente ao Belenenses, o coletivo portista não se deixou
desconcentrar pelo imenso apoio que recebeu na viagem prévia ao jogo, nem se
deixou adormecer à sombra de uma liderança inabalável, fosse qual fosse o
desfecho do embate deste domingo à noite. Os 5-0 com que os Dragões fecham a
30.ª ronda da Liga NOS fazem do conjunto de Sérgio Conceição o melhor ataque da
prova e mantêm o líder do campeonato como a melhor defesa, seis golos à frente
da do segundo classificado.
Frente a mais uma linha de
cinco defesas, o FC Porto demorou a carburar e só à passagem do décimo minuto
testou as luvas do solitário Koffi, único guardião convocado por Petit para a
deslocação ao Norte de Portugal. Nos minutos que se seguiram, o Belenenses
chegou perto da baliza de Marchesín em diversas ocasiões e Sérgio Conceição
logo ordenou que Vítor Ferreira, Luis Díaz e Aboubakar iniciassem exercícios de
ativação física.
Os titulares parecem ter visto
os três suplentes a aquecer já que, a partir daí - e até ao final da primeira
parte -, só deu FC Porto. Preferencialmente pela direita, os Dragões investiram
sobre a baliza dos azuis do Jamor e, à meia hora de jogo, Soares teve cabeça e
frieza para responder da melhor forma à chamada longínqua, mas certeira, de
Otávio.
Cinco minutos depois, Uribe
ainda fez o seu primeiro golo com a camisola portista, após tabelar com Marega
e fintar a defesa visitante, porém a dupla de Oliveiras, o árbitro Rui e o VAR
Manuel, escrutinaram o lance e, com imagens que mais ninguém terá visto,
descobriram que a bola embateu no braço do colombiano antes de este se estrear
a marcar de azul e branco. Estava anulado o segundo do FC Porto e, até ao apito
para as cabines, apenas se destacou um potente remate da única novidade no onze
de Sérgio Conceição. O homónimo Oliveira disparou rasteiro e potente, contudo a
bola passou a centímetros do poste direito da baliza Norte do Estádio do
Dragão.
Após o descanso, o FC Porto
voltou ainda mais forte e não mais deixou o Belenenses aproximar-se da sua
baliza com a mesma frequência. Aos doze minutos do segundo tempo, com a parte
de fora do seu pé direito, Corona colocou a bola nas costas da defesa
adversária e Marega só teve de fazer o que sabe melhor. Pela terceira vez, os Dragões
atiravam para o fundo das redes do Belenenses, ainda que só duas tenham sido
validadas.
A muito boa entrada da
formação portuense na segunda parte teve continuidade numa série de boas
jogadas de entendimento no ataque portista a semearem o pânico entre os
visitantes. No último terço do encontro, Sérgio Conceição fez entrar Luis Díaz,
retirou Corona - em perigo de exclusão caso fosse admoestado -, e o colombiano
só precisou de três minutos para desmontar a defesa lisboeta e sofrer falta
passível de grande penalidade.
Da marca dos onze metros, Alex
Telles enganou Koffi e a partida começava a ganhar contornos de goleada.
Contornos consumados aos 82 minutos, quando a primeira aposta do técnico azul e
branco, Fábio Vieira, converteu exemplarmente um pontapé de livre direto, bem
ao jeito do seu pé esquerdo, e fez o esférico beijar a malha lateral oposta da
baliza do Belenenses. Com 4-0 no marcador, o líder do campeonato praticamente
garantia a manutenção dos seis pontos de vantagem sobre o segundo classificado
e melhorava, ainda mais. os números relativos à diferença de golos.
Mas o melhor ainda estava para
vir: dono da chave de ouro, Luis Díaz disparou, no último lance da contenda, um
autêntico míssil entre três postes dos de Belém. O estrondo com que a bola embateu
nas redes foi audível à distância e comprovativo da violência do tiro.
Na próxima quinta-feira, em
Tondela, o emblema da Invicta volta a entrar em campo com um só objetivo:
arrecadar mais três pontos rumo ao grande objetivo da época.
Texto: FC Porto, 6-7-2020, 0h27
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Ontem, quinta-feira, 9 de julho:
ResponderExcluirCD Tondela 1 X FC Porto 3;
Famalicão 1 X Benfica 1.
Classificação:
FC Porto 76;
Benfica 68
Há uma equipa em Portugal que há poucos meses entrou em alguns jogos a dez pontos do primeiro classificado do campeonato e que hoje o lidera com oito pontos de vantagem sobre o segundo. É o nosso FC Porto, um exemplo notável de competência, qualidade e crença, que ontem venceu por 3-1 em Tondela e passou a ter o título à distância de um ponto.
ResponderExcluirDanilo foi o primeiro, logo no início da segunda parte, a dar-nos motivos para festejar, quando abriu o marcador na sequência de um canto. Aos 64 minutos, o quarto golo de Marega nos últimos quatro jogos valeu o 2-0. O 3-1 final surgiu já depois dos 90, a partir do pé esquerdo de Fábio Vieira, na conversão de um penálti.
Como todos os portistas, Sérgio Conceição era um homem feliz no momento de analisar “um jogo que não foi espetacular, mas foi bem disputado”. A atitude dos jogadores, sublinhou, “foi fantástica”, o que não pode ser considerado uma surpresa, uma vez que “a equipa do FC Porto tem sido a mais completa do campeonato”.
É inevitável, numa altura destas, pensar nas contas do título, mas o treinador não altera a postura que tem adotado nas últimas semanas e aposta numa abordagem muito simples: “Dependemos do nosso trabalho e das nossas vitórias para sermos campeões”. E todos trabalharão “juntos até ao fim”, garantiu Tecatito Corona.
Esse trabalho começa já daqui a pouco, às 11h30, quando a equipa se reunir no Olival para começar a preparar o clássico com o Sporting. A primeira das quatro finais que ainda há por disputar esta época está agendada para quarta-feira, às 21h30, no Estádio do Dragão.
Dragões Diário, 10-7-2020