Leandro Ruschel
É difícil imaginar a dor desse jovem que perdeu a esposa de 27 anos, com quem teve uma filha de 7 meses, por conta de um tiroteio.
Enquanto isso, policiais estão
proibidos de fazer operações em favelas por ordem da mais alta corte do país...
Esse é o principal motivo pelo
qual eu saí do Brasil há 10 anos. Não há a mínima condição de vida civilizada
com esse grau de violência.
Aqui nos EUA, moro numa casa
de frente para a rua, sem muro nem grade nas janelas, e me sinto seguro. Faz 5
anos que estou nessa vizinhança, e não há um relato sequer de crime violento.
Nunca ouvi um relato de alguém
que tenha sido assaltado à mão armada ou que tenha sofrido algo como um
sequestro relâmpago. Nem mesmo de algum roubo de celular.
Claro que há alguma violência, como em qualquer grande centro, e sempre há a possibilidade de ocorrer alguma fatalidade. Mas não chega nem perto do nível de criminalidade das cidades brasileiras.
A violência deveria ser a
prioridade número um da sociedade brasileira. Infelizmente, as pessoas se
acostumaram a viver numa verdadeira guerra civil não declarada, como naquela
história do sapo cozido lentamente na panela.
Quando eu vivia no Brasil, já
ficava muito incomodado com essa realidade. Mas apenas uma experiência fora
pode dar a exata dimensão da brutalidade vivenciada diariamente pelos
brasileiros.
Título e Texto: Leandro
Ruschel, X,
18-6-2024, 18h19
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