terça-feira, 25 de junho de 2024

Traição após traição: Meloni fecha a porta do ECR a Orbán para poder namorar com os globalistas do Parlamento Europeu.

A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni continua a trair a sua plataforma populista, virando as costas ao húngaro Viktor Orbán após as eleições para o Parlamento Europeu

Paulo Hasse Paixão 

Orbán, que está a assumir a presidência rotativa da União Europeia (UE) sob o lema de inspiração populista “Make Europe Great Again”, está a tentar unir forças com Meloni no Parlamento Europeu. Os Fratelli d’Italia (FdI), de Meloni, e o Fidesz, de Orbán, ganharam as eleições europeias nos seus respectivos países, e os populistas obtiveram, em geral, uma representação mais forte do que nunca. 

No entanto, Meloni está a rejeitar as propostas de Orbán para que os seus deputados eleitos para o Parlamento Europeu se juntem ao eurogrupo dito “populista” dos Conservadores e Reformistas Europeus (ECR), que ela domina. E isto porque a traidora profissional está a tentar obter favores do Grupo do Partido Popular Europeu (PPE), no qual reinam os globalistas franceses e alemães.

No entanto, Meloni não parece estar a receber qualquer recompensa pelo seu comportamento prostituto. O PPE, os Socialistas e Democratas (S&D) e os Liberais estão a preparar-se para dividir entre si os cargos de topo do bloco, deixando a italiana de mãos vazias.

Antes de vencer as eleições em 2022, Meloni e o seu partido foram comparados a Marine Le Pen e ao Rassemblement National em França, com grande parte da imprensa a denunciá-la como a líder de “extrema-direita” do país e estabelecendo paralelos disparatados com Benito Mussolini.

No entanto, logo que  subiu ao poder executivo, a senhora abandonou a plataforma anti-migração em massa com que tinha feito campanha, concentrando-se em apoiar o regime Zelensky e a guerra por procuração do Ocidente contra a Rússia. O número de migrantes ilegais que atravessam o Mediterrâneo para dar à costa em Itália aumentou substancialmente sob o seu mandato e o governo também aprovou o aumento da imigração legal, repetindo a narrativa globalista de que “a Europa e a Itália precisam de imigração”.

Em vez de se mostrar solidária com colegiais populistas como Viktor Orbán, Meloni cultivou as relações com liberais de esquerda como Joe Biden e von Der Lyen.

O socialista alemão Martin Schulz, antigo presidente do Parlamento Europeu, gabou-se recentemente de a UE ter sido capaz de “disciplinar” Meloni, de forma a submetê-la ao regime globalista.

E não é que a gabarolice seja despropositada.

Meloni não é, porém, a única líder à direita a impedir uma forte coligação de populistas no Parlamento Europeu. Marine Le Pen também recusou ao AfD a entrada no grupo que lidera, o ID, impossibilitando assim que os populistas alemães façam valer o seu estrondoso resultado eleitoral na assembleia legislativa da UE.

Título, Imagem e Texto: Paulo Hasse Paixão, ContraCultura, 25-6-2024

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