terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os empresários filhos de Lula

The New York Times

Informam José Ernesto Credendio e Andreza Matais na Folha desta terça:
Dois dos filhos do presidente Lula, Fábio Luís e Luís Cláudio, abriram em 16 de agosto deste ano duas holdings - sociedades criadas para administrar grupos de empresas -, a LLCS Participações e a LLF Participações. Ao final de oito anos de mandato do pai, Lulinha e Luís Cláudio figuram como sócios em seis empresas. A Folha constatou, porém, que apenas uma delas, a Gamecorp, tem sede própria e corpo de funcionários. Seu faturamento em 2009 foi de R$ 11,8 milhões, e seu capital registrado é de R$ 5,2 milhões. Ela tem como sócia a empresa de telefonia Oi, que controla 35%. As demais cinco empresas não funcionam nos endereços informados pelos filhos de Lula à Junta Comercial de São Paulo. São, por assim dizer, empreendimentos que ainda não saíram do papel.
As seis empresas dos filhos de Lula atuam ou se preparam para atuar nos ramos de entretenimento, tecnologia da informação e promoção de eventos esportivos. São segmentos em alta na economia, que ganharam impulso do governo federal - Lula, por exemplo, foi padrinho das candidaturas vitoriosas do Brasil para organizar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Na maioria desses negócios, Lulinha e Luís Cláudio têm como sócios pessoas próximas de Lula. Um dos mais novos empreendimentos da dupla, a holding LLCS, por exemplo, foi registrada no endereço da empresa Bilmaker 600, na qual os dois não têm participação societária.
(…)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Ataque terrorista ao Cemitério Novo (13º capítulo)

Morava no bairro da Madame Berman, na Estrada do Catete, em frente à FTU – Fabricante de cigarros de então. Tinha aulas de catecismo na capela do Cemitério Novo.

Na noite de 3 para 4 de Fevereiro de 1961 houveram sublevações em prisões e ataque armado à Esquadra da Brigada Móvel, que ficava no início da Estrada do Catete. Morreram, salvo melhor informação histórica, 7 policiais. (Essa data é atualmente comemorada em Angola; penso que deva ser feriado nacional. Afinal, o aeroporto de Luanda tem esse nome).

Pois bem, dias depois, ou foi no dia seguinte, domingo, 5 de Fevereiro? A minha sensação é a de que se passaram alguns dias… Mas, consultando a história, verifico que o enterro desses policiais foi no dia seguinte.

 Não consegui identificar a autoria da foto.

Servir champanhe com a taça inclinada dá sabor à bebida

Com a taça inclinada o champanhe cai mais lentamente e conserva duas vezes mais as borbulhas, que transferem o gosto da bebida
Foto: Getty Images
Servir champanhe bem gelado numa taça inclinada é a melhor maneira de conservar sua efervescência e preservar todo o sabor da bebida, segundo estudo realizado por cientistas franceses.
O estudo, coordenado pelo enologista, o químico Gérard Liger-Belair, da Universidade de Reims Champagne-Ardenne, confirmou cientificamente a importância de servir o champanhe bem frio - a temperatura ideal é 4 graus - e com a taça inclinada.
Os cientistas, que publicaram seus trabalhos na mais recente edição do Journal of American Agricultural and Food Chemistry da Sociedade Americana de Química, determinaram que as borbulhas são a essência do champanhe, do vinho espumante e da cerveja.

Abyei, Sudão, urgente

Temos mais vocação para apagar fogos do que para fazer o trabalho de prevenção
É muito provável que o leitor não saiba onde fica a região de Abyei. Também é quase certo que, em breve, passará a saber. Pelas razões erradas, como tantas vezes acontece. Abyei é uma crise que se anuncia. Um rastilho que pode levar o Sudão a uma nova guerra civil. Se assim acontecer, a comunidade internacional, incluindo a União Europeia (UE), terá perdido, uma vez mais, a oportunidade de agir antes do drama. Esta é, aliás, uma constante das relações internacionais: temos mais vocação para apagar fogos do que para fazer o trabalho de prevenção. Dito de modo diferente, quando falta clarividência, sentido das prioridades e coragem à diplomacia, torna-se necessário, com o tempo, chamar os bombeiros e os outros serviços de emergência humanitária. Até agora, mencionar o Sudão, o maior país de África e um Estado-charneira nas relações entre as culturas africanas de base islâmica e as de inspiração animista e cristã, trazia à lembrança o mandado de captura contra o Presidente Omar al-Bashir e a catástrofe do Darfur.
Omar Hassan Ahmad al-Bashir.  U.S. Navy photo by Mass Communication Specialist 2nd Class Jesse B. Awalt/Released
Abyei está à beira de se tornar o próximo título de primeira página. Na zona de fronteira entre o Norte e o Sul, o território deveria decidir, na mesma altura em que o Sul vai votar sobre o seu futuro, a 9 de janeiro, a que parte do país se quer juntar. É, por afinidade étnica e pela história, uma região do Sul. Assim foi decidido, em 2009, pelo Tribunal Permanente de Arbitragem, de Haia. Ora, as suas fronteiras não foram delimitadas, porque Cartum e Juba, a capital do Sul, não se entenderam. O recenseamento eleitoral, concluído há dias nas outras terras do Sul, não foi possível em Abyei. Sem listas eleitorais não haverá consulta e sem referendo e um compromisso firme que defina o destino da região, abre-se a porta ao conflito armado e ao sofrimento.

Governo naftalina e outras



Charges de Sponholz

Nem Assange nem os outros


Nunca gostei de radicais. Têm sempre o mau hábito de impor as suas ideias aos outros. Mas com isto não apago a denúncia de um mundo cada vez mais podre

Julian Assange
De um momento para o outro descobrimos que existe um big brother mais poderoso do que todos os outros que se sabe existirem. Um big brother capaz de fazer manchetes sucessivas em inúmeros países do mundo. Capaz de dividir, ou deixar sem resposta, pensadores e políticos de todo o planeta.
O Wikileaks mantém o mundo em suspenso dia após dia, sempre na expectativa da próxima bronca que divulgará: sobre os comportamentos embaraçosos da diplomacia americana ou sobre as movimentações de políticos e empresas de países tão periféricos e insignificantes no xadrez político quanto Portugal. O Wikileaks denuncia o que deve ser denunciado: as violações de direitos humanos e políticos, os atentados contra a vida, as práticas de empresas e governos que andam no limite da legalidade e da ética, ou mesmo muito para lá destas fronteiras. Mas faz também muito mais que isso.
Sejamos claros: toda a gente gosta de dar uma espreitadela pelo buraco da fechadura, ou escutar uma conversa picante que não era suposto estar a ouvir. Toda a gente delira com este género de coisas, até ao dia em que elas acontecem connosco. Porque é este o ponto: o que está o Wikileaks a fazer? É um bastião da transparência ou é ele próprio mais um agente de uso abusivo de poder, um agente que ultrapassou aquela tal fronteira, nem sempre clara, entre o interesse público e o simples voyeurismo, entre uma denúncia de indiscutível interesse público e um comportamento absolutamente irresponsável.

Aumentos: Deputados - 62%; Aposentados - 7,72%

Aumento Real só 1,58% em treze anos
Almir Papalardo
Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2010. Foto: Paulo Resende
Ao encerrar-se o ano de 2010 considere-se como  o terceiro ano seguido de lutas para aposentados e pensionistas. Período que pouco ou nada conseguimos na minimização de defasagens acumuladas na aposentadoria. Defasagens estas que já ultrapassam a casa dos 61%, percentual que por estranha coincidência e ironia é igualzinho ao reajuste dos parlamentares para janeiro de 2011.
Continuaram as ferrenhas obstruções criadas pela base de apoio do governo que extrapolaram a razoabilidade, impedindo que avançássemos no intento justo e legítimo de recuperar direitos levianamente tirados. Para eles congressistas, tudo; para nós aposentados, nada!
Muitas artimanhas foram arquitetadas para impedir que projetos que nos fazem justiça tivessem pelo menos seu destino decidido em votações transparentes, como acontece com todos os outros demais projetos. O Executivo subjugando às ações do Legislativo, não permite que eles constem nem nas pautas de votação.
Conseguimos em 2010 após três anos de pressão, um mísero aumento real de 1,58% (do PIB), o primeiro e único aumento real em 13 anos,  que acrescido ao índice de 6,14% da inflação, alcançou o percentual total de 7,72%. Ainda assim inferior à correção do salário mínimo que foi de 9,67%, recebido por dois terços de aposentados. Ficamos sem entender porque até hoje são usados dois percentuais diferentes na correção dos benefícios! Porque 18 milhões de aposentados recebem a reposição da inflação mais o PIB, enquanto os outros 8 milhões só ganham a reposição da inflação, se todos os aposentados são cadastrados no mesmo regime? Que barbárie!

Europa descalça

Quando, em Maio, a Grécia foi resgatada por um pacote de ajuda conjunto da zona euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), era óbvio que isso constituía apenas um alívio temporário.

Agora, está completamente descalça. Com os problemas da Irlanda a ameaçarem estender-se a Portugal, Espanha e, até, à Itália, está na altura de se repensar a viabilidade da união monetária da Europa.
Isto não é fácil de dizer, já que eu não sou um eurocéptico. Ao contrário de outras pessoas - como, por exemplo, o meu colega de Harvard Martin Feldstein, que defende que a Europa não é uma zona monetária natural -, eu acredito que a união monetária fez todo o sentido no contexto de um projecto europeu mais alargado que salientava - como ainda o faz - a construção de instituições políticas a par da integração económica.
O azar da Europa foi ter sido atingida pela pior crise financeira desde os anos 1930 enquanto estava ainda a meio caminho do seu processo de integração. A zona euro estava demasiado integrada para que efeitos transfronteiriços não causassem mossa nas economias nacionais, mas não suficientemente integrada para ter a necessária capacidade institucional para gerir a crise.

Haiti, dúvida brasileira

Sombra. Foto: Fernando Gabeira
Um brasileiro foi afastado da missão da OEA no Haiti porque deu entrevista criticando o papel das forças internacionais e dizendo que o Brasil não deve ser o guardião do cemitério. Seu nome é Ricardo Seitenfus, um homem corpulento que veio da mesma região do ministro Jobim e inclusive se parece fisicamente com ele.
Seitenfus foi o grande interlocutor que encontrei, quando criticava a ida do Brasil ao Haiti. Era e ainda é um defensor apaixonado da ajuda àquele pobre país. Minha questão era mais histórica: se tanto franceses como americanos estiveram no Haiti, porque as intervenções nunca dão certo ali? Lendo “Os Comediantes”, romance de Graham Greene, escrito nos anos 50, vemos referências a estradas construídas por americanos e que foram destruídas apos sua saída. No texto de Regis Debray, escrito para o governo francês, há também uma eloqüente inquietação sobre a possibilidade de construir no Haiti.

Ações e reações do governo Lula

Aja como se suas atitudes fizessem diferença. Porque elas fazem.
Dalai Lama
Reaja inteligentemente mesmo a um tratamento não inteligente.
Lao-Tsé


Dias atrás recebi um e-mail de um artigo sobre meio ambiente que continha as duas preciosidades acima citadas. Tanto podia ser pensado, repensado e aprendido através dessas frases geniais, que nem sabia por qual tema começar.
Podia ser político, educacional, de relacionamentos, comercial, amoroso, e nem poderia aqui enumerar os mais diversos sentidos para os quais as mesmas poderiam me arremeter em pensamentos. A poucos dias da posse da nova Presidente da República, a eleita Dilma Rousseff, resolvi enfocar o aspecto político destas.
Logo me peguei rindo, sozinho, ao me lembrar de diversos fatos ocorridos durante o governo do atual Presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, que facilmente poderiam ser classificados como palhaçadas, como suas bebedeiras, sua divulgação insistente da não necessidade de estudo para ser presidente, da sua declaração de ser filho de uma mãe que nasceu analfabeta, e da poluição só existir porque a Terra é redonda.
Suas intromissões em assuntos internos de outros países, como o apoio e guarida na embaixada brasileira do chapeludo Manuel Zelaya, de Honduras, ou a não intromissão quando esses países eram dirigidos por “companheiros”, como no caso da negativa de apoio aos prisioneiros políticos de Cuba, em greve de fome quando de sua visita ao país caribenho.

A exploração aética e indecorosa

Ainda aquela foto. Então vamos falar tudo; tudo mesmo! Ou: além do sentimento, a estética também é de segunda mão


Critiquei com dureza a divulgação das fotos da visita de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff à UTI do Hospital Sírio-Libanês, onde está internado José Alencar, vice-presidente da República. A propósito: antigamente, esses ambientes eram restritos a médicos, e eu continuo a achar que aquele era o bom procedimento. A petralhada ficou furiosa: “Olhem como o Reinaldo critica até isso! Que absurdo! Então Lula e Dilma não podem ter sentimentos? Então eles não podem agir como pessoas comuns?”
E desde quando um fotógrafo oficial da Presidência da República acompanha uma pessoa comum em visita a uma UTI? Pra começo de conversa, pessoas comuns não costumam entrar em UTIs, não é mesmo?
Indecente, sim!
Indecoroso, sim!
Imoral, sim!
Aético, sim!

"Os brasileiros vão pagar muito caro pela atitude perdulária do governo Lula"

Guto Cassiano
Francisco Khouri, explica o que a imensa maioria dos cidadãos brasileiros não sabe...
Quem, afinal, vai deixar a verdadeira herança maldita?


Enviado por Tita

domingo, 26 de dezembro de 2010

Já tive Natais...

Estou com 60 anos. Portanto, já passei sessenta natais.
E os tive de todos “tamanhos e feitios”.
No calor e no frio, na África, na Europa e nas Américas do Norte e do Sul.
Em família ou longe dela.
Com muita gente, pouca gente, sozinho.
Sempre gostei do Natal, acreditando ou não no Papai Noel/Pai Natal.
A exploração comercial nunca me incomodou – já ofereci muitos presentes, já tive natais em que nada pude oferecer. Outros em que nada recebi.
Todos esses sessenta natais foram alegres. Jamais passei tristeza em nenhum deles.
1980: Parede, Portugal
1980: Parede, Portugal

Arrumando as malas

Charge de Humberto, no Jornal do Comércio, Pernambuco

Primeiro, o neto. Agora, "explora" a doença do vice-presidente...

Ou esta solidariedade é privada, ou a ternura desta foto esconde a falta de decoro
Já que interrompi, por alguns instantes, o meu descanso deixo aqui um registro: lamentável a divulgação, pela equipe da presidente eleita, Dilma Rousseff, das fotos em que ela aparece, no hospital, ao lado do vice-presidente da República, José Alencar. Na mais eloqüente delas, Dilma beija a testa de Alencar, mão esquerda na face direita do doente, a outra posta sobre a sua cabeça. Ele estava acordado — tanto é assim que somos informados que elogiou a composição do ministério (!) —, mas parece estar dormindo ou inconsciente, com os olhos cerrados.
Dilma visita José Alencar no hospital, em foto oficial de Ricardo Stuckert: a solidariedade para consumo das massas
Trata-se, obviamente, de um apelo de caráter emocional, espetacularizando nem tanto a doença dele — a sua luta é meritória —, mas a afetividade dela. Trata-se de uma óbvia desnecessidade. A solidariedade, a verdadeira (e não descarto que ela exista), dispensa esse tipo de divulgação, ainda que tenha contado, e certamente contou, com a concordância de Alencar e de sua família.
A cena expressa ternura? Sem dúvida! Só por isso foi oferecida ao consumo. Não há escapatória, meus caros: se o que importa ali é o gesto humano, fraterno, carinhoso, então isso não diz respeito a mais ninguém. Posta a imagem para circular, estamos diante de um discurso que já é político. E isso só nos diz como os políticos brasileiros são primitivos no que concerne ao decoro. Assim não, Dilma Rousseff!
Dilma visita José Alencar no hospital, em foto oficial de Ricardo Stuckert: a solidariedade para consumo das massas.
Reinaldo Azevedo

"Entre Aspas": Dilma enfrenta primeiro grande teste com a definição do seu ministério

A maioria dos ministros já fazia parte da equipe e apenas troca de endereço
Na discreta transição para a nova gestão, as nomeações confirmam o que fora dito por Dilma em sua campanha: um governo de continuidade. A destacar, apenas a volta de Antonio Palocci como chefe da Casa Civil e a indicação de Alexandre Tombini, um funcionário de carreira, para a presidência do Banco Central. Para falar da montagem do novo ministério, o primeiro teste da presidente eleita, o Entre Aspas recebe dois jornalistas de política: Paulo Moreira Leite, da Revista Época, e Reinaldo Azevedo, colunista da Revista Veja.

À espera de Dilma

Esperando... foto: AD
O que esperar do novo governo de Dilma Rousseff? Em tudo e por tudo teremos o continuísmo petista, juntamente com seus aliados. Mas o movimento em espiral descendente continuará no rumo aos ideais jacobinos dos revolucionários, pois estes jamais se satisfazem com a mera chegada ao poder. Precisam implantar sua ordem revolucionária.
Dois indicadores foram dados a público, sublinhando essa realidade terrífica. Em entrevista dada à Folha de São Paulo no último domingo o futuro ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, que é o secretário geral do PT, disse que a primeira ação da pasta sob seu comando será fazer a reforma política. Falou pouco em que consistiria essa reforma, enfatizando apenas o aspecto do financiamento público das campanhas. Nas suas palavras: 
“Ela é imprescindível para o país e é a tendência da presidente eleita, Dilma Rousseff. Tenho uma série de convicções a respeito, mas, como ministro da Justiça, vou construir o que for possível. Estou absolutamente convencido de que o governo sozinho, sem diálogo com o Congresso e a sociedade, jamais fará uma reforma política. É tarefa inadiável. Defendo com vigor o financiamento público”.

25 de novembro de 1975


Capa da Visão História, julho de 2010
25 de Novembro de 1975: a maior parte dos leitores jovens desta breve crónica talvez não saiba sequer do que se trata. E, no entanto, é, na história contemporânea de Portugal, uma data tão importante, para a afirmação da democracia pluralista, pluripartidária e civilista que hoje temos, como a Revolução dos Cravos.

Não tenho nenhum gosto de levantar polémicas passadas. Mas a verdade é que a memória histórica não deve ser esquecida. Sobretudo, quando os responsáveis de termos estado à beira da guerra civil, o Partido Comunista e a Esquerda radical - lembremo-nos dos SUVs e do Poder Popular - nunca fizeram uma autocrítica a sério do seu comportamento passado, como lhes competia.

Pelo contrário, continuam a pensar - e às vezes a dizer - que o 25 de Novembro foi uma contrarrevolução que impediu que Portugal fosse uma Cuba europeia. Onde estariam hoje esses responsáveis - e os seus herdeiros - se tivessem ganho? Seguramente não viveriam tão bem e em paz como hoje, felizmente, vivem.

General Ramalho Eanes, Coronel Jaime Neves, Vitor Lourenço, Comandante Militar da Região de Lisboa, novembro 1975. Foto: DA

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Parlamento russo aprova tratado de desarmamento nuclear START

Apesar de desacordo com interpretação dos EUA
A Duma, câmara baixa do Parlamento russo, deu hoje luz verde em primeira leitura ao tratado de redução de armas estratégicas START, com 350 votos favoráveis e 58 contra.

Sede do Parlamento Russo, foto: Valor Económico
A aprovação acontece depois de na passada quarta-feira o Senado dos Estados Unidos ter também ratificado o tratado assinado em Abril pelos Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e pelo seu homólogo norte-americano, Barack Obama, que o consideraram como “histórico”. Medvedev afirmou mesmo, citado pela Reuters, que o documento permitirá a “manutenção da segurança nos próximos anos”.

No entanto, a Rússia já alertou que vai apensar uma declaração de voto ao documento, em resposta às condições que foram acrescentadas pelos norte-americanos e que no entender da Duma estão em contradição com o espírito do texto. Esta segunda leitura deverá ser apresentada aos deputados já em Janeiro, segundo o chefe da comissão de Negócios Estrangeiros, Konstantin Kossatchev.

PAS DE BOL - Ecrasé par des clients, vol de dons, licenciements massifs, les pires histoires de Noël 2010 (”TIME”)

Le blog “It’s Your Money” du magazine américain Time publie une sélection des faits divers les plus stupides et savoureux de cette période de Noël.
Parmi eux, on retiendra la folie du shopping et cette histoire qui a mal tourné pour un client du magasin Target à Buffalo qui a failli mourir étouffé par la foule se pressant pour entrer dans le magasin aux aurores, alors qu’il était lui-même tombé dans l’entrée. “Je pense que ça ne vaut pas la peine d’attendre là toute la nuit pour ensuite se faire piétiner”, a-t-il ensuite déclaré, philosophe.
Moins calme, une jeune femme a dû être arrêtée après avoir menacé de tirer sur des clients mécontents qu’elle les ait doublés dans une file d’attente.
Time s’attriste aussi de la mauvaise idée d’un voleur ayant cambriolé un magasin de jouets. Il a volé tous les jouets destinés à une œuvre de charité.

Indignação

"Em protesto contra o reajuste nos salários dos parlamentares, o bispo Manuel Edimilson da Cruz recusou nesta terça-feira a comenda "Direitos Humanos Dom Helder Câmara" oferecida pelo Senado ao religioso e autoridades que se destacaram em favor dos direitos humanos. Dom Manuel, bispo de Limoeiro (CE), recusou a homenagem em discurso no plenário da Casa, num discurso com ataques ao Legislativo."

Graças a Deus, lavei a minha alma!
Nelson Schuler

Brasileiros e Brasileiras,
O “Salário Mínimo Nacional” é uma merreca ajustado com percentuais vergonhosos, hoje aprovados pela Comissão Mista de Orçamento para R$ 540,00 (Quinhentos e Quarenta Reais) mensais.
Nós, aposentados e pensionistas, ainda sofremos mais com o achatamento dos nossos benefícios do INSS e aí os congressistas legislam em causa própria aumentando os salários dos deputados e senadores, do presidente, do vice e dos ministros de Estado para R$ 26,7 mil. O aumento valerá a partir de fevereiro de 2011.
 O novo valor é o mesmo dos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal, que serve como teto do funcionalismo público. Hoje, deputados e senadores ganham R$ 16,5 mil (reajuste de 61,8%), o presidente da República, R$ 11,4 mil (133,9%), e o vice e os ministros, R$ 10,7 mil (148,6%).

Ilusões

João Bosco Leal

Quando jovens, todos possuímos muitas e variadas ilusões. São ilusões com carreiras, dinheiro, viagens, maridos ou esposas, dentre tantas outras. Alguns querem ser ricos e bem sucedidos, outros, se considerando gênios, têm convicção de que fundarão uma nova e milionária empresa, assim como fez Bill Gates.

Há os que desejam conquistar astros de cinema ou televisão, como Tom Cruise, Robert Redford, Jennifer Lopez, Luiza Brunet ou Ana Paula Arósio, dependendo do sexo ou da preferência de quem tem a ilusão.

Com o passar do tempo, começamos a perceber que todos esses astros já não são assim tão bonitos, que já possuem rugas, engordaram, que estão envelhecendo. Passamos então a admirar a beleza de outros, mais jovens, e, aos poucos, vamos nos esquecendo dos anteriores e nosso símbolo de beleza passa a ser outro.

Senador Alvaro Dias no "Jogo do Poder"

Senador Alvaro Dias: "Ontem à noite foi ao ar a entrevista no "Jogo do Poder" da CNT. O tema principal foi a atuação da oposiçao no pós Lula. Fui entrevistado pelos jornalistas Alon Feurewerker e José Marcelo."


Do blogue do Senador Alvaro Dias