segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Assad diz que seus amigos atingirão os EUA e seus aliados, caso seja atacado

O líder sírio diz que se for atacado, os agressores podem ‘esperar tudo’ e não necessariamente de Damasco. Também não descarta o uso de armas químicas.

Declarações do ditador sírio foram ao ar hoje de manhã pela CBS.
Francisco Vianna
CBS News pôs no ar, na manhã de hoje a imagem do ditador sírio Bashar al Assad que foi vista em todos os EUA a advertir o país e seus aliados de que “qualquer ataque do Ocidente à Síria poderá resultar em múltiplas formas de retaliação”, incluindo até o uso de armas químicas”.

Numa entrevista concedida ao jornalista americano Charlie Rose em Damasco, disse que “a Síria não é o único protagonista em ação na região” e que, caso ocorra um ataque, americano ou da OTAN, tanto os EUA como os seus aliados “não perdem por esperar praticamente tudo como represália e não apenas necessariamente do governo da Síria”.

Reafirmando que são os insurgentes que estão usando armas químicas contra a população, exatamente com a finalidade de jogar a opinião pública mundial contra o seu regime, o ditador alauíta da Síria disse que “há agora diversos partidos e diversas facções religiosas atuando na região e isso leva a adoção de diversas ideologias”. Assad esteve se referindo aos seus aliados, o Irã e o Hezbollah, além de sugerir seus apoiadores à distância, a Rússia e a China.

Quando lhe foi perguntado se tais represálias incluiriam o uso de armas químicas por seu governo, ele foi enfático: “meu governo não tem e não usa armas químicas, mas acredito que muitos grupos rebeldes que as têm e estão usando contra o seu próprio povo poderão continuar a usá-las até indiscriminadamente. Não tenho o poder de prever o future, mas nossos soldados já foram atacados por armas químicas tendo sofrido inúmeras baixas, mas apesar disso, não revidamos com o mesmo expediente e todas as fotos, vídeos e imagens apresentadas pelos insurgentes, em momento algum aparecem nossas forças, nossa polícia, nossas instituições. É como se não existíssemos. Como se pode acusar assim o nosso governo se não mostram qualquer evidência de que tal barbaridade tenha sido cometida por nós?”  

A íntegra da entrevista irá ao ar hoje às 7 da noite no programa da PBS “Charlie Rose Show” nos EUA, de modo que, quem puder sintonizar o canal da CBS poderá assisti-la. Por sua vez, a ex-emissora americana de notícias CNN (vendida para um grupo de Hong Kong – China) noticiou, há pouco, que a Rússia declarou que Bashar al-Assad deveria dar mais credibilidade às suas alegações de inocência, colocando seu arsenal químico sob controle irrestrito da ONU.

Em Israel, há uma expectativa cautelosa, com o governo tentando acalmara a populacao em face do que poderá acontecer se houver um ataque americano à Síria sob o argumento de que há pouca chance de o grupo terrorista Hezbollah do sul do Líbano, atacar Israel como retaliação e que, mesmo assim, as forças armadas israelenses estão de prontidão para o que der e vier.

Turquia e Jordânia também iniciaram as medidas militares de prontidão em face de uma possível ação militar americana. Nos últimos dois dias, o exército turco parece ter estacionado baterias antimísseis ao longo da fronteira síria, segundo informou a Rádio Israel.

O possível ataque americano à Síria seria perpetrado como resposta do Ocidente ao ataque químico alegadamente perpetrado pelo regime de Bashar al Assad no fim de agosto e que causou a morte de cerca de 1.400 pessoas, segundo fontes da ONU. Obama espera conseguir o sinal verde do Capitólio até o fim dessa semana para uma “resposta limitada punitiva” ao regime de Assad.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia internacional), 09-9-2013

A Rússia acaba de avançar com uma proposição de colocar as armas químicas sob supervisão internacional. Os EUA declaram-se céticos.

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