O líder sírio diz que se for atacado, os agressores podem ‘esperar
tudo’ e não necessariamente de Damasco. Também não descarta o uso de armas
químicas.
CBS News pôs no ar, na manhã
de hoje a imagem do ditador sírio Bashar al Assad que foi vista em todos os EUA
a advertir o país e seus aliados de que “qualquer ataque do Ocidente à Síria
poderá resultar em múltiplas formas de retaliação”, incluindo até o uso de
armas químicas”.
Numa entrevista concedida ao
jornalista americano Charlie Rose em Damasco, disse que “a Síria não é o único
protagonista em ação na região” e que, caso ocorra um ataque, americano ou da
OTAN, tanto os EUA como os seus aliados “não perdem por esperar praticamente
tudo como represália e não apenas necessariamente do governo da Síria”.
Reafirmando que são os
insurgentes que estão usando armas químicas contra a população, exatamente com
a finalidade de jogar a opinião pública mundial contra o seu regime, o ditador
alauíta da Síria disse que “há agora diversos partidos e diversas facções
religiosas atuando na região e isso leva a adoção de diversas ideologias”.
Assad esteve se referindo aos seus aliados, o Irã e o Hezbollah, além de sugerir
seus apoiadores à distância, a Rússia e a China.
Quando lhe foi perguntado se
tais represálias incluiriam o uso de armas químicas por seu governo, ele foi
enfático: “meu governo não tem e não usa armas químicas, mas acredito que
muitos grupos rebeldes que as têm e estão usando contra o seu próprio povo
poderão continuar a usá-las até indiscriminadamente. Não tenho o poder de
prever o future, mas nossos soldados já foram atacados por armas químicas tendo
sofrido inúmeras baixas, mas apesar disso, não revidamos com o mesmo expediente
e todas as fotos, vídeos e imagens apresentadas pelos insurgentes, em momento
algum aparecem nossas forças, nossa polícia, nossas instituições. É como se não
existíssemos. Como se pode acusar assim o nosso governo se não mostram qualquer
evidência de que tal barbaridade tenha sido cometida por nós?”
A íntegra da entrevista irá ao
ar hoje às 7 da noite no programa da PBS “Charlie Rose Show” nos EUA, de modo
que, quem puder sintonizar o canal da CBS poderá assisti-la. Por sua vez, a
ex-emissora americana de notícias CNN (vendida para um grupo de Hong Kong –
China) noticiou, há pouco, que a Rússia declarou que Bashar al-Assad deveria
dar mais credibilidade às suas alegações de inocência, colocando seu arsenal
químico sob controle irrestrito da ONU.
Em Israel, há uma expectativa
cautelosa, com o governo tentando acalmara a populacao em face do que poderá
acontecer se houver um ataque americano à Síria sob o argumento de que há pouca
chance de o grupo terrorista Hezbollah do sul do Líbano, atacar Israel como
retaliação e que, mesmo assim, as forças armadas israelenses estão de prontidão
para o que der e vier.
Turquia e Jordânia também
iniciaram as medidas militares de prontidão em face de uma possível ação
militar americana. Nos últimos dois dias, o exército turco parece ter
estacionado baterias antimísseis ao longo da fronteira síria, segundo informou
a Rádio Israel.
O possível ataque americano à
Síria seria perpetrado como resposta do Ocidente ao ataque químico alegadamente
perpetrado pelo regime de Bashar al Assad no fim de agosto e que causou a morte
de cerca de 1.400 pessoas, segundo fontes da ONU. Obama espera conseguir o
sinal verde do Capitólio até o fim dessa semana para uma “resposta limitada
punitiva” ao regime de Assad.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 09-9-2013
A Rússia acaba de avançar com
uma proposição de colocar as armas químicas sob supervisão internacional. Os EUA
declaram-se céticos.
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