Nelson Teixeira
Somar é a primeira operação
matemática que se aprende, a que temos mais facilidade e de que gostamos mais.
Primeiro, a gente gosta de
somar várias vezes palitos e gizes, depois, brinquedos e roupas da moda, depois,
somar dinheiro, depois, somar carros e casas, e sempre somar alegria e
felicidade.
Isto já é multiplicação, que
também é fácil de aprender, é só somar várias vezes a mesma coisa.
A segunda operação que
aprendemos é a subtração.
Aí começa a ficar estranho.
Principalmente quando tem que
pedir emprestado na casa do vizinho, digo, casa decimal ao lado. Ninguém gosta
mais de diminuir do que somar.
Quando chega na divisão é
quase um desespero, ainda mais quando sobra um resto.
É que ninguém entende aonde ou
pra quem vai ficar o resto.
Até no cotidiano ninguém gosta
de dividir nada.
A dificuldade no aprendizado
não parece à toa, o homem rejeita essa prática.
Quando o homem aprender a
dividir corretamente e saber onde deve ficar o resto, entenderá que é o mesmo
que somar para alguns, mantendo a quantidade de outros, sem necessariamente
subtrair de alguém, ou seja, é o mesmo que somar igual para todos.
Entenderá também que somando
os restos teremos mais um inteiro divisível, fazendo outros felizes.
O resultado final também é uma
soma, a soma da felicidade geral.
Poderíamos até chamar esta
operação de soma distribuída.
Com esta visão, com certeza a
matemática daria mais resultados, talvez fosse dispensável aprender contas de
dividir, e os homens continuariam felizes a somar palitos, brinquedos,
dinheiros, carros, casas e felicidade, porém, não somente para si.
Quem sabe?
Título e Texto: Nelson Teixeira, Gotas de Paz,
5-11-2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-