Cristina Miranda
Comecemos pelo princípio:
ninguém votou nesta aliança governativa. Isto nem vale a pena argumentar. Fomos
a votos. Escolhemos PS, PAF, PCP, BE, PAN, VERDES. Ganhou com maioria relativa
a PAF. O que se sucedeu a seguir foi um culminar de peripécias para juntar três
derrotados na governação. A coligação vencedora faz parte dessa aliança pós-eleitoral?
Não. Então podemos dizer claramente que quem está a governar não
representa a vontade dos eleitores. É inquestionável. Assim, não é
da responsabilidade dos eleitores esta mediocridade que nos governa, mas sim,
de quem os traiu nas urnas: António Costa.
Ninguém quis Costa como
primeiro-ministro. A derrota com que o brindaram era bem clara. Mas ele
seguiu sua ambição à revelia e fez governo dando a mão aos extremistas. Já aqui
era clara a sua prioridade: ELE. Por isso, porque se espantam por ele ir de
férias enquanto o Estado colapsa nas áreas mais fundamentais se ele ainda só
governou nos 2 anos em prol da sua gente de elite? Porque se espantam por ele
ir a correr pedir um “Focus Group” à sua popularidade em vez de assumir os
erros graves que afetavam a Nação? Sejamos realistas. Esperar liderança num
chico esperto, que já tinha traído José Seguro e que só quer safar-se uns
aninhos na política para ficar bem na vida, é pura fantasia.
Portugal foi alvo de uma
tragédia em Pedrógão. NUNCA ANTES VISTA. Ainda não lhe chamamos calamidade
porque o cronómetro PAROU nas 64 vítimas mortais. Verdade! Olha só que sorte!
Bastava mais uma e era considerado calamidade pública, mas… estranhamente as
mais de 134 hospitalizadas algumas em estado muito grave, sobreviveram todas.
Dizem. Mas as funerárias da região enterraram mais corpos do que os anunciados.
Dizem. E os cerca de 20 desaparecidos? Onde param? A dúvida ainda existe, mas
será por pouco tempo. A sociedade civil já está em campo à procura
da verdade (Movimento Cívico Não Nos Calamos!). Que
fazem os governantes desta aliança magnífica que nos foi imposta? Ora, PS
continua apesar de já desmentido por TODOS que se tratou de causas naturais (é
preciso ter lata!); o BE grita pelas responsabilidades, mas não move qualquer ação
para EXIGI-LAS e ainda relativiza; o PCP ficou surdo, cego e mudo mas teve
tempo, antes do coma, de atribuir culpas ao antigo executivo. Lindo! E Marcelo?
Bem esse perdeu o pio.
Quase 20 dias depois vem o
assalto a Tancos. O maior de que há memória em armamento de guerra. Que fazem
os tipos que nos governam? Relativizam, claro está. Ora, toda a gente sabe que
“estas cenas” acontecem também noutros países, certo? Logo, tudo perfeitamente
normal na Tugolândia. Pois é. Mas a comunidade internacional tem outra opinião (grande
azar) e de repente passamos a ser chacota muito bem merecida. Ora como é
possível minimizar um roubo de arsenal militar que sai descontraidamente dum
paiol por um buraquito na rede? Só mesmo políticos medíocres.
Com estes dois “eventos
mediáticos” houve algum ministro responsável deposto? Não. A mediocridade é
para manter. Se nas empresas uma chefia que lidera com prejuízo é substituída,
aqui é mantida. Porquê? Ora, todos sabemos que as demissões não resolvem os
problemas, certo? (ai! se resolve! acabam os prejuízos! recupera-se a
confiança! quando se tem uma liderança séria!) Pelo menos quando é o PS que
está no governo. Porque estando na oposição, é isto:
“PS pediu a demissão de Paulo
Portas (19/9/02).
PS pede a demissão do ministro
da Economia, Álvaro Santos Pereira (11/1/13).
PS pede demissão de
Relvas e diz que Passos deve seguir o mesmo caminho (4/4/13).
PS pede demissão de ministra
das Finanças por “razões éticas” (17/9/13).
PS, isolado, pede demissão de
Teixeira da Cruz (11/9/14).
PS pede demissão de Crato
(7/10/14).
PS pede demissão de Paulo
Núncio (25/3/15).
Se não resolvem, porque as pediram no passado? Entretanto noutros países a conduta é muito diferente. Claro.
Mas se acha que a mediocridade
só destruiu a segurança nacional, engana-se. O ensino que estava no topo graças
a Maria de Lurdes e Crato, foi totalmente revertido para facilitar as passagens
de ano com 7 “negas” em prol da felicidade. Investir em futuros ignorantes é uma aposta ganha para que nunca falte eleitorado às geringonças.
As finanças do país estão em colapso com uma dívida galopante que não pára de
crescer e as agora descobertas cativações que revelam o que estou farta de denunciar: um défice fabricado. As Instituições do Estado em ruptura financeira ameaçando
a vida das pessoas. E os fogos? Depois dos raios que não existiram eles
continuam de vento em popa às centenas pelo país. Alguém se preocupa com as
causas? Claro que não. Mão criminosa é coisa para tribunal NÃO resolver.
A mediocridade de Costa e seus
ajudantes está a custar-nos caro nas finanças, na segurança nacional, no
ensino, na saúde, na economia, na confiança internacional. É a destruição do
Estado em curso. De forma consciente e voluntária. Porque quem conhece todas as
falhas, mas insiste nelas sem nunca as corrigir, tem intenção que tudo falhe
para justificar atribuindo culpas ao “azar”.
Mas azar fabricado é criminoso
e paga-se caro.
Título e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
7-7-2017
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